Ritmo
Nem sempre o meu tempo é guiado pelos ponteiros do relógio. É a vida que dita o seu ritmo e eu apenas obedeço. Às vezes, vivo eternidades em um momento, outras vezes, a vida se arrasta lenta, vazia, impulsionada só pelo tic tac do relógio.
DESALINHADO
Versos descompassados
Distantes do letrado
Sem ritmo, embrulhados
Jeito estabanado
Olhando pro lado
Vizinho gramado
Certinho, alinhado
Deveria estar calado
Pra não ficar falado
Ideia arranha céu
Sobrou: sobrado!
Diante do mar
Oh, mar, enorme mar, coração feroz
de ritmo desigual, coração mau,
eu sou mais tenra que esse pobre pau
que, prisioneiro, apodrece nas tuas vagas.
Oh, mar, dá-me a tua cólera tremenda,
eu passei a vida a perdoar,
porque entendia, mar, eu me fui dando:
"Piedade, piedade para o que mais ofenda".
Vulgaridade, vulgaridade que me acossa.
Ah, compraram-me a cidade e o homem.
Faz-me ter a tua cólera sem nome:
já me cansa esta missão de rosa.
Vês o vulgar? Esse vulgar faz-me pena,
falta-me o ar e onde falta fico.
Quem me dera não compreender, mas não posso:
é a vulgaridade que me envenena.
Empobreci porque entender aflige,
empobreci porque entender sufoca,
abençoada seja a força da rocha!
Eu tenho o coração como a espuma.
Mar, eu sonhava ser como tu és,
além nas tardes em que a minha vida
sob as horas cálidas se abria...
Ah, eu sonhava ser como tu és.
Olha para mim, aqui, pequena, miserável,
com toda a dor que me vence, com o sonho todos;
mar, dá-me, dá-me o inefável empenho
de tornar-me soberba, inacessível.
Dá-me o teu sal, o teu iodo, a tua ferocidade,
Ar do mar!... Oh, tempestade! Oh, enfado!
Pobre de mim, sou um recife
E morro, mar, sucumbo na minha pobreza.
E a minha alma é como o mar, é isso,
ah, a cidade apodrece-a engana-a;
pequena vida que dor provoca,
quem me dera libertar-me do seu peso!
Que voe o meu empenho, que voe a minha esperança...
A minha vida deve ter sido horrível,
deve ter sido uma artéria incontível
e é apenas cicatriz que sempre dói.
Ritmo
Na porta as folhas se juntam
O maestro vento rege a orquestra
É um pra lá e pra cá
Sem ninguém para atrapalhar
E a festa continua...
Na rua o silêncio predomina
O único barulho é esse,
que bate-bate como chocalho
dentro de mim
Oh, a lua tocando meus olhos
Ou meus olhos tocando a lua
O mundo continua girando,
no tic-tac do velho relógio
As horas vão se acertando
E o bem se aproximando
Até que enfim se desenrola,
a corda do balanço
A vida segue e a banda
continua tocando
Precisamos do silêncio,
para dar sentido as incertezas
que vem chegando
Feito passarinho
que viaja para outro continente,
no começo de outono
Na vida chove sem saber
porquês
O rio transborda só quando está muito cheio
Então chorar às vezes é inevitável,
para quem precisa florescer
Poema autora: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 06/04/2020 às 23:00 horas
Manter créditos de autoria original #Andrea_Domingues
Seu ritmo prende!
E o mundo não nos preparou
para crescer... Ô Gaga, somos galinhas hormonizadas, prestes a crescer para morrer depenadas.
Sei que você se tornou
a garota do sistema.
E o dinheiro não blindou a sua alma. Trocou o seu dom, por uma rápida e passageira, encruzilhada.
BN1996
13/04/2020
Ritmo sincero
Cadê você que ia virar minha cabeça, jantar a 2 na mesa, pura beleza, gentileza gera safadeza.
A dois, nós dois, eu e você mais um pra quê, se tenho você.
Cadê você afastadora de tristeza, que ia passar a noite comigo contando estrela.
Juro que desenhei você, que pedi pra existir, que um toque de realialidade, fiz você real pra mim.
Me entrelaço nesse compasso doido, de mil beijos e vários amassos, calma respira, eu sei que ler isso da agonia, vontade de me ligar...
Alô amor da minha vida está ?
( Anthony Sanches)
Nossas vozes ressoam
Em ritmo suave do silêncio
As nossas canetas gritam
Quando versos são escritos
Nossos "Eu - líricos" se agitam
A eternidade das palavras
Nascem junta, com os verbos
Brasileiras são curvas,
dessas pra afrontar,
no balanço dos quadris,
que vão ao ritmo do mar.
São bossa e samba,
são miscigenação.
Têm a leveza de um grão de areia,
são damas de coração.
São sereias, são litoral,
daquele que te banha a ilusão.
No ritmo universal
do nosso íntimo
refúgio silencioso,
nos possuímos
em nossa galáxia,
nós que temos
a certeza do infinito
Nos identificamos
e não importamos
quando chamam
a gente de lunáticos
Na crença sideral
que cultivamos,
somos os exilados
de um mundo triste
que não liga
mais para o futuro
Nos encontramos
e nós dois confiamos
no que há de etéreo
sublime e mais eterno
No espírito igual
ao da Lua alinhada
com a querência
de morar na delícia
da tua quentura
não me permitirei
outra coisa na vida fazer.
Estamos dançando no ritmo da música que compomos, a música que escolhemos foi essa, de lutarmos com quem nem conseguimos ver, morrer sem nem saber o porque , lutar e lutar e parecer que não saímos do lugar, parar de ler noticias e fingir que tudo está bem, sentir a brisa da manhã no rosto enquanto pensamos quando tudo vai normalizar, momento de realmente valorizarmos algo que mais importante pata todos, que estava muito esquecido para muitos….. A VIDA.
A vida tem cor, ritmo, sabor e magia
Se um dia não foi bom não se preocupe
Logo, surgirá um novo dia
E esta em suas mãos te- lo de tristeza ou de alegria.
O Ritmo da Vida
Criança
Infância
Bonança
Lembrança
Crescer
Sofrer
Aprender
Entender
Trabalhar
Casar
Procriar
Endividar
Envelhecer
Esquecer
Viver
Morrer
Eu escrevo para não me tornar um escravo delas, pois as palavras fluem por minha cabeça em um ritmo enlouquecedor, talvez seja por isso que de vez enquando escrevo sobre dor, essa rotina a monotonia me irrita, mas será ou deverás? não sei!.., e o que posso fazer, pois me tornei escravo de minha consciência que se manifesta em um ser, somente por que sabemos um ou dois versos bonitos de ser escrever, ou sera que nao era para ser escrito, pois como tudo começou: tudo se acaba onde começou, com pensamento nas alturas!?
O sucesso não é mensurado pela quantidade ou ritmo de trabalho, mas sim pela qualidade e inteligência dos processos executados.
Meu corpo contorce no ritmo da cantiga, percebo meus dedos esfarelar e virar pó, meu rosto é um oco sem fim, eu não tenho nome, sou apenas uma parte deste mundo sem voz, partículas do meu ser são grandes constelações, estou lá e cá, sou a insignificância de uma pedra na altura atmosférica, sou o canto do bosque, tenho fome de sede e sede de fome, vivência enganosa, cá sem querer, querer sem poder, apenas respirando, nas profundezas do meu ser, sem salvamento e sem esperança, só quero me libertar e voar tão alto onde sei que posso chegar, viver conturbadamente viva.
Canção de Amor e Paixão
Quero ouvir o ritmo da tua voz,
Sentir o tom das tuas palavras,
Me encantar com as notas da tua história
E delirar nas batidas do teu coração
Vem comigo escrever uma bela canção
Que fala de uma vida regada
De amor e paixão.
Ela é uma poesia aconchegante mais brutal, também é simplicidade, eu sou o ritmo rude da rua a gravura da arte em pessoa.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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