Rio
Lição do rio, bailado de águas
Bom e salutar olhar o rio,
imaginar a imensa vazão que se derrete e escorre
exibindo seu maravilhoso espetáculo, de beleza e grandeza... showww!
O rio, corre em direção ao mar,
no trajeto desfila seu ensinamento de lições de vida.
Não afronta o obstáculo contorna, contorse,
segue livre e solto rumo à maré mansa.
Na planície descansa,
suas água caminham lentamente,
parece espelho que refletem imagens que passam,
que vaidosas lhe sorriem agradecidas.
Nesta calma há o convite à reflexão e introspecção,
verdadeiro encontro com a essência humana em comunhão com a natureza, viva e presente.
No declive apressa o passo,
fica furioso e se torna perigoso, aconselhando que se mantenha distância.
Parece mais um bailado frenético,
para produzir o som da própria dança.
Lindo mesmo é vê-lo "saltar no vazio do abismo" sob a forma de cachoeira,
olhos se arregalam e bocas se abrem
provocando ecos de explosão e admiração
ante tal visão ou satisfação.
Rio é vida!
Verdadeira expressão da obra divina, que brota da face da terra,
escorre sob a forma liquida, transmuda-se em gás,
sobe ao céu para agradecer e retorna sob a forma de chuva,
verdadeiro ingrediente de renovação e vida nova na terra!
Me lembro da música de Luiz Gonzaga...
"Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há"
(Apologia de súplica do homem do campo que sofre sob a seca no Nordeste e
a chuva que chega sem clemência)
Tudo parece fluir como a nascente de um rio, quando na verdade não está passando apenas de um mar morto.
“Você já viu algum rio disciplinado? Rios alternam suas direções. O curso natural das águas seguem leste, seguem norte. Seu ciclo passeia sem tomar caminhos retos. Seu fluxo meneia nada parcimonioso. Não é um ente geométrico da menor distância entre dois pontos. Ele vai e não sabe para onde está largando. Tortuoso rio, vai porque vai. Vai com alento infinito rio alcança. Semelhante ao rio, a vida não é um canal arquitetado pelo homem. Rio planejado não é rio. Rio é liberdade última.”
“O rio não possuí livre-arbítrio. É uma falsa liberdade que supera obstáculos.”
“Tal qual a vida.”
“A vida é um rio subindo a montanha.”
“A vida não apresentam suficiência por si?”
“Óbvio. Validação é necessária. O ouro é ouro porque brilha?”
“Validar por fantasia? Cooptações sociais? Conceitos mutantes?”
“Quilates mudam conforme a sociedade? Penso que não. A Conferência Geral de Pesos e Medidas não é baseada em um padrão?”
“Não. É algo adotado. Passível de mutação porque a satisfação causada pela pureza do ouro pode ser mutável. “
"É presunçoso querer escolher meu caminho, porque não posso dizer qual caminho é melhor para mim. Devo deixar ao rio para que seja feita a vontade do acaso?"
“Você pode fazer o que bem entender, mas não pode determinar o que determinará fazer.”
Oxossi mandou chamar
A nega do rio tá lá
Me traga aqui o bebê
Que eu tenho o que dar de comer
Oxossi mandou dizer
Nem todos há de benzer
Quem não dança com fé o luar
Quem se fantasia de seu Orixá
A palavra dos setes facas
Tá prometida na encrusilhada
Despeje no rio ou no mar
Toda doença que você for pensar
Uma vela vermelha pra amarrar
Um esquilo no lombo do burro faz calmar
Senhor Lázaro te espera
Bota pra fora o que desespera
Iansã se apresentou
Como aquela que penera
Tudo quanto é incerteza nas areias da tua natureza
Iansã me disse outra vez
Não é a mãe de quem tú esperas
Ela é mais uma Maria
Da qual o nome te faz compania
Cuidado com tuas palavras
Estão cheias de homens mortos
Que com certeza vão te encontrar assim que você repousar
O Poema
(texto V)
Expande-se o fogo da montanha
quando o poema cresce álacre como um rio
de verdes águas e banha as paredes do tempo
com o orvalho duma primavera extasiada.
Adimos beleza ao verso mesmo que seja
negra a fonte onde se bebe
o fulgor da luz se os dedos prenhes
de palavras plantarem a magia da noite
no lugar onde engravidam as frias glicínias.
Beija-se a boca na boca da noite
se a noite sangra
gentis flores selvagens flores que
aos dedos dão o sabor dos sonhos
e às mãos o fervor da incandescente luz.
Coalha o luar frio no alto céu
se na terra se ergue a flecha no lugar da flor.
O nome desse rio é vida.
Esse rio corre sem parar.
Esse rio tem coração, tem
Alma. Esse rio tem nome.
Esse rio nasce e desaguá
No mesmo lugar.
Esse rio é doce é salgado.
Esse rio tem sede.
Esse rio tem lá suas marcas.
Esse rio é passageiro.
Esse rio, que me banha.
Esse rio que me lanha.
Esse rio que me afoga a dor.
Esse rio que é pureza e amor.
Esse rio não morrerás .
Eternizar-se-á em sua
Passagem.
Sexta-feira à tarde, 20/01/12 nas margens do Rio Grande, MG
Adoro quando uma chuva branda,
anuncia a sua chegadaa
com o farfalhar das folhas
a discussão das galhadas,
as águas do rio se alterando
formando ondas alertas...
É como um aviso dizendo
se recolha e fique esperto
quando eu atravessar o rio
minha força não saberei,
até chegar ao ao coberto
você eu já molhei...
mel - ((*_*))
"Você é fogo que me inflama e me faz viva,
É rio que acalma e conduz, sem me deixar à deriva
Uma tormenta que necessária se faz, sempre e quando o 'tudo' consome-me em aridez:
Faz-me sentir grande, toda vez que o mundo devora-me à uma sombra pequenez
Esse verso fiz pra te merecer
Pensando que, não importa o que irá acontecer
Estarei sim, embora soe antiquado, amado ... não atrás, nem à frente mas ao teu lado:
Descobri que as cores que hoje sou capaz enxergar, as descobri através do teu olhar "
O Diabo é perto, mas Deus é longe
Depois de meses chego a ti
E eu choro e rio maravilhado
Tua cor, calor em mim
Tua brisa
E o caminho do teu coração
Meu cavalo sabe de cor
Nem que morra
Me leva, eu vou até o final
Você sabe, eu vou
COISAS DE RIO
Riu, riu, muito, dou gargalhadas
rio água, rio deságua, rio apaga...
Água doce, água límpida,
corre fria e vai desaguar no mar...
Conheço peixes que dão rabanadas
em sua correnteza,
em suas águas... E peixes...
Que vão lá, p'ra delirar.
Rio, rio... E aqueles meninos
que de seus barrancos
correm no pique, dão salto?
Pulam em ti... E saem felizes,
existe dando braçadas,
sem nunca ter tempo de ensaiar.
É rio... As suas margens
são flores de raras belezas...
São encanto em sua fortaleza,
encantando o nosso olhar...
O revoar das borboletas
em sua beirada...
O chilrear dos pássaros,
os pássaros em sua volta...
são fortalezas, de vida
que só você pode propagar.
Lá vai o canoeiro em sua canoa,
em seu leito, levando gente boa
a garça com sua alvura,
se assenta na proa...
Manhãs de neblina, tarde de garoa
o mundo se move uma vez e outra chove.
Em sua volta, você sem porta aporta
tudo que por ti pode passar...
Em suas águas, passou boi, cavalo boiada
passou reza, procissão,
cortejos... Certidão de casamento
beijo suspiro paixão...
Noiva concretizando sonhos,
sonhos sonhando do coração.
Antonio Montes
"MEU RIO GRANDE MEU CHÂO"
Campos verdejantes
Minha terra meu pampa
Vales e montes
Estão na estampa
Do meu Rio Grande meu Chão
A hospitalidade do seu povo
É a essência do rincão
O amargo do mate
Esquenta a alma
A saudade me bate
Me tirando a calma
Saudade campeira
O rancho rondando
E a solidão traiçoeira
Vem se acomodando
Ainda há brasas no fogão
E o sono tá chegando
Já chega de chimarrão
O minuano tá golpeando
Com fúria o galpão
E já estou me ajeitando
Pra sair daqui quando se apagar o último tição.
Nossas vidas são córregos que correm para o mesmo rio, de encontro ao paraíso que existe após a névoa da cachoeira.
Amo-te no tempo e fora do tempo,
ancorei minhas raízes em tua alma.
Deixei levar-me neste rio de alegria.
Descobri-me vivo, lúcido e poeta.
Atravessei vales, escalei abismos,
Subi na árvore mais alta para (es)colher-te.
Realizei sonhos, derrubei muralhas.
Descobri-me vivo, forte e gigante.
Inventei cantigas, chorei e sorri.
Teu amor curou-me, libertou-me, aventurou-me.
Teu amor moveu em mim um assombro de paz.
Descobri-me vivo, inteiro e coração.
A VIDA
A Vida é como um rio. Segue seu curso, atravessando caminhos pedregoso, onde as águas se tornam caudalosas. A frente as quedas levam nós as profundezas do abismo. Mas mesmo assim, o Rio da vida segue seu curso. Assim é o caminho que Deus trilhou para mim! Nem as pedras, nem as quedas, puderam mudar o curso da minha trajetória. Mas o momento das águas tranquilas chegou! Chegou o momento dos propósitos e principalmente dos valores reais aos olhos de Deus, se cumprir. As águas seguiram seu curso, agora em correnteza tranquila. Por que para tudo há um propósito debaixo do sol. E seja qual for o percurso que hoje seu rio esteja passando, saiba que Deus sempre esteve e estará no controle! O Rio chamado vida, a Ele pertence. Obrigado Deus por ser o meu guia!
...há um rio a correr entre duas margens distintas, uma é nossa íntima catedral e a outra nossa esperada revelação. Precisamos encontrar a ponte que desde sempre existe...
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