Rio
O Rio Urussanga
precisa voltar a viver,
como aquela alegria
genuína que a gente
sentia sem mais
e nenhum o porquê.
Nas águas do rio
a gente também
encontra águas
de banhar e de benzer,
se a água está boa dá
para plantar e colher;
por isso deixe a mata
na beirada crescer.
Todo mundo gosta
de comer peixe e ter
água para beber,
não posso fazer nada
a não ser escrever,
porque sei da dor
do pescador de querer
continuar a sobreviver.
Eu rio quando me dá vontade, e até quando não me dá.
Eu não controlo o meu ânimo, quem mais poderá?
É Impulsivo.
Não recolho as palavras que saem da minha boca, mas apenas as que entram na minha mente.
Eu salvo e guardo no subconsciente.
Isso pode me dar ânsias?
Eu guardo muito.
Prefiro a safra da laranja que a de manga.
Há um gosto ruim nisso.
Chorar na chuva esconde as lágrimas.
Prefiro música triste.
Não gosto de praia.
Queria que chovesse
A algazarra das araras
na memória do nome do rio
nem mesmo o tempo
apagou como foi escrito.
Os tempos mudaram
e ainda insisto na recusa
pela última dança
nas correntezas do destino:
O quê falaram ou faltaram
está ali tudo o quê pode ser visto.
A ginga que levou continua
a mesma de barco de pesca
que dança no rio ou no mar,
Por isso vou por onde desemboca,
encontra e naquilo que toca
e a esperança ninguém sufoca
e tem a grandeza do Atlântico Sul:
(Carrego o quê há ora verde e ora azul
do Rio Araranguá do Extremo Sul).
Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires
Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.
Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.
Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.
Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.
— Gilson de Paula Pires
“A vida é um rio: às vezes calmo, às vezes turbulento, mas sempre seguindo seu curso. Cabe aprendermos a navegar e apreciarmos a paisagem ao longo do caminho.”
Agir mais, falar menos...
A vida é um rio; silencioso, sinuoso e cheio de imprevistos...
Parece não fazer sentido, mas no final tudo fica claro...
O final é dolorido, mas a página vai virar...
Nasce igual o Sol e a Lua
aqui em Santa Catarina
o rio do nosso destino
na Serra da Boa Vista:
o amoroso Rio Tijucas.
Com o nome de água
de mangue que mantém
vivo o pulmão do mar:
é preciso fazer de tudo
um pouco para ele durar.
O medo do absurdo
e o medo do futuro
não irão sequer esbarrar
enquanto ele e cada rio
forem com o mar se encontrar.
Cerca grande do destino
na Serra das Congonhas,
O Rio Biguaçu é nascido
com o seu curso bonito.
Não se navega em partes
porque ele tem cicatrizes,
O Rio Biguaçu tal como
a gente também têm limites.
Tudo aquilo que fazemos
deve ser feito para durar
para viver e sempre navegar.
Além do Rio Biguaçu cada
verso é para lembrar rios
de importância para a vida.
Até o curso de um rio
fora de um momento
não se desafia em nome
do seu próprio tempo.
O Rio da Madre ensina
até quando se lida
com gente é preciso
sempre aguardar na vida.
Desafiar não é a opção
em nome do imprevisível
que podermos contar.
Amar e o tempo respeitar
seja para ir de barco, canoa
ou até mesmo para nadar.
Filho das encostas orientais
de três serras que dá vida
à nossa terra assim tem sido
o Rio Cubatão do Sul.
Sob o Sol, a Lua e as estrelas
do Hemisfério Sul não pode
mais sentir o quê tem faltado,
ele precisa ser acarinhado.
Como rio tudo de si tem dado,
e para que dure ser retribuído,
porque da nossa parte é o mínimo.
Haverá vida, riso e paraíso
enquanto deixarmos o rio
cumprir o curso do seu destino.
Sombras do Amor Traído
Que lágrima é essa que teima e desce,
como um rio que já conhece seu fim?
Seus olhos me negam o ódio que mereces,
mas o coração, fraco, ainda te quer em mim.
Grito ao vento tua mentira amarga,
teu nome ecoa como faca na alma,
mas se o mundo exige que eu te renegue,
só sei te chamar, só sei te dar calma.
Que castigo é esse, cruel e sem nome,
que me faz te amar quando só há dor?
Deveria te odiar, queimar teu rastro,
mas em mim só existe o mesmo amor.
Se a traição é sentença que tudo mata,
por que teus passos ainda busco ver?
Se a tua boca desfez promessas,
por que meu peito ainda quer te crer?
"Mergulhar no Rio Aqueronte, aqui, é descer ao ventre da própria existência — onde a alma se despedaça para, enfim, se reconhecer na escuridão."
"Dois Mundos na Mesma Cidade"
Na mesma cidade, separados apenas por um rio, viviam dois jovens de mundos completamente diferentes. De um lado, morava Lucas, filho de uma família humilde, acostumado desde pequeno a trabalhar para ajudar em casa. Vendia balas no sinal, fazia pequenos serviços, sempre com um sorriso no rosto, mesmo sabendo das dificuldades que sua família enfrentava todos os dias. A casa era simples, os móveis antigos, e o futuro, incerto. Mas ele tinha sonhos: queria estudar, viajar, mudar de vida.
Do outro lado do rio, morava Helena, filha única de uma família rica, cercada de conforto e oportunidades. Tinha os melhores professores, viajava nas férias, nunca se preocupava se teria comida na mesa. Mas, mesmo com tudo isso, sentia um vazio que não sabia explicar. Vivia presa em compromissos que não escolhia, em padrões que não entendia.
Os dois se conheceram por acaso, quando Helena perdeu um colar de família enquanto caminhava pelo parque perto do rio. Lucas encontrou a joia e, sem pensar duas vezes, correu atrás dela para devolver. Ela ficou surpresa com o gesto e, aos poucos, os encontros foram se repetindo: conversavam, riam, falavam sobre a cidade, sobre o futuro.
Helena nunca tinha parado para pensar na vida que Lucas levava, nas dificuldades, na luta diária. E Lucas nunca tinha visto de perto como era a vida do outro lado: os privilégios, mas também as pressões escondidas. Começaram a perceber que, apesar das diferenças, tinham muito em comum — sonhos, medos, vontade de ser feliz.
Com o tempo, criaram um laço forte, mas sabiam que o mundo ao redor não via aquela amizade com bons olhos. Helena ouvia os pais falarem com desprezo de quem morava "do outro lado do rio", e Lucas sabia que muitos do seu bairro não acreditavam que os ricos pudessem se importar de verdade.
A história deles não foi de conto de fadas. Não acabaram juntos, nem mudaram o mundo. Mas mudaram a si mesmos: Helena passou a olhar a cidade com outros olhos, entendendo que a vida é feita de desigualdades profundas que não podem ser ignoradas. E Lucas, mesmo seguindo sua luta diária, ganhou confiança para continuar estudando e buscando seus sonhos, sabendo que, apesar das barreiras, há sempre pontes invisíveis que podem unir os mundos mais distantes.
E assim, em uma cidade dividida, eles descobriram que as diferenças entre as classes sociais não deveriam afastar as pessoas, mas provocar a reflexão e, quem sabe, o desejo de construir uma sociedade mais justa.
A indústria do Carnaval do Rio de Janeiro, ainda não entendeu que pode ser fonte de ensino especializado, trabalho diferenciado, estudo e registro popular, turismo no ano inteiro. A vocação carioca é a festa e infelizmente as politicas publicas sociais e culturais, tanto estadual e municipais, sempre preferem o privado. Privilegiando poucos em detrimento de toda população carioca.
O amor incondicional é como um rio infinito, cujas águas deslizam suavemente pela eternidade, sem jamais secar. Ele não conhece fronteiras, nem se curva ao tempo ou às mudanças; simplesmente existe, puro e imutável. Não anseia por aplausos, nem mendiga reconhecimentos, pois sua essência não reside na recompensa, mas na entrega genuína de ser e permanecer.
Na travessia da vida, tantas vezes confundimos amor com o reflexo de nossos desejos, expectativas e sonhos projetados em outro alguém. Amamos, não a alma autêntica que repousa diante de nós, mas a imagem delicada que forjamos dela—aquela visão cristalina e frágil, como o vidro de um espelho, que se estilhaça ao menor embate com a realidade. E quando a estrada do afeto chega ao fim, quando a amizade se dissolve na névoa da despedida, a verdade nos envolve como um sussurro melancólico: o que amávamos não era a pessoa, mas a ilusão que criamos dela.
Ah, mas o amor incondicional… Ele é outra história, um verso escrito com a tinta da eternidade. Não se altera porque não se apega a idealizações, não se desfaz porque não se ergue sobre ilusões passageiras. Amar sem condições é contemplar o outro na plenitude de sua luz e sombra, na delicada harmonia de seus defeitos e virtudes, sem a ânsia de moldá-lo à nossa vontade. É um gesto de aceitação que transcende o efêmero, um olhar que acolhe sem exigir transformação.
Este amor sobrevive ao tempo porque não pertence a ele. Resiste à ausência, à distância, até mesmo ao adeus, pois não se curva às oscilações da vida. Onde floresce, também germinam a compreensão e o perdão, que o sustentam como raízes profundas em um solo fértil.
O amor incondicional é farol na tempestade, guia silencioso que ilumina sem pedir nada em troca. É chama eterna que aquece sem se consumir, um sopro de generosidade pura, ecoando pela imensidão da alma humana.
Tudo é movimento
a água vira vapor,
vira gelo que espera,
vira rio que leva e lava,
vira chuva que cai e rega.
tudo é transformação.
fases,
estados,
o mesmo corpo em transição.
a matéria muda —
não se perde,
se refaz.
a essência escorre
pra nunca mais
ser igual.
Sentimento de amar é culpa, porque amar tão intensamente é afundar no rio de lágrimas. Amá-lo é deixar-se sentir tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe.
A vida é um rio que segue de diversas formas, com trechos lentos ou rápidos, com águas barrentas ou limpas, as vezes parece interrompido e nos obriga a encontrar o mar, nosso destino lindo e vasto.
DEMOCRACIA E PODER
O povo é o rio que traça o seu próprio curso; é largo, imprevisível e vivo. Os partidos são as margens que devem conduzi-lo, não aprisioná-lo. Quando se tornam rochas inflexíveis, negando o fluxo que os alimenta, já não são leito, mas barreira. E o que é uma democracia senão o direito do rio a correr, mesmo que suas águas desgastem os obstáculos que ousam petrificar o seu movimento?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp