Revolução
Existem duas formas de nos relacionarmos com aquilo que chamamos de tempo: ou seguimos as revoluções do relógio, ou nos inserimos no eterno retorno da vida. Em outras palavras: ou para nós o tempo é o carrasco que vai ceifar nossas vidas, ou é um professor que nos habilita para a eternidade. Vejamos como isto funciona.
Todas as calamidades – revoluções, guerras, perseguições – provêm de um equívoco inscrito sobre uma bandeira.
Aqueles que condenam grandes revoluções são os mesmos capazes de apagar com um sopro as velas, que surgem como clarividência da individualidade.
"O ser e o estar se embasam através de (r)evoluções; uma crise, emersa daquilo que evolui, pode corresponder ao (re)nascimento de oportunidades."
Os grandes heróis das revoluções só tinham uma coisa em comum: jamais aceitaram o conformismo da ideologia que combatiam.
Mártir
Não conte comigo para suas revoluções,
Cansei de lutar falsas batalhas e de ferir-me em espinhos de rosas artificiais.
Estou cheio de discursos ilusórios, olhe ao seu redor,
São essas as pessoas que você quer salvar?
Lembre-se de quantos sacrifícios vãos foram feitos até aqui,
Os tempos mudaram porem as pessoas são as mesmas.
Antes de o exaltarem eles o apedrejam, torturam, cospem em seus ideais.
E finalmente quando destroem o seu espírito, o promovem a mártir.
As revoluções são nada mais que fases em que o ser humano pensa e age. Os revolucionarios em muitas vezes são apenas peões que acham que pensam, mas agem sem pensar.
É tão fácil planejar revoluções na hora de dormir; prometer derrotar os inimigos, largar os vícios... Mas quando amanhece o dia, tudo muda.
A revolta já gerou algumas revoluções na nossa história religiosa. Já transformou ideologias negativas em positivas. A revolta pode ser um pontapé para um avivamento. Mas cuidado! Ela também pode ser um pontapé para a desobediência. Com todos os fatos a cerca da revolta, tenho receio por tal sentimento. Tudo que é demasiado é prejudicial à causa e/ou à razão. Por isso, se for revoltado, que seja contra o pecado, a falta de perdão e amor, contra cada impulso que te torna passivo ao mal dentro de você. Mantenha-se moderado. Cuidado com a revolta pois ela pode se revoltar contra você.
A chegada da era moderna impulsionada pelas Revoluções Francesa e Industrial no séc. XIX, bem como a ascendência da vida urbana, mais rapidez nos deslocamentos e a mudança na quantificação do tempo para unidades métricas (uma forma de facilitar as relações comerciais, que antes se baseavam em trocas) trouxeram para os artistas um paradoxo que os acompanha até a contemporaneidade.
Até então as artes eram restritas em sua grande maioria ás obras religiosas e para nobreza, tratavam-se não de criações propriamente ditas, mas de atender pedidos dos seus clientes. Com a revolução burguesa, abriu- se um novo leque de potenciais compradores; agora quem pudesse pagar pelo trabalho artístico (basicamente burgueses e comerciantes) faziam a encomenda diretamente com os artistas.
Á cerne da questão está em, quem produzia arte agora é o que chamamos hoje de “freelancer”, à medida que não estavam mais exclusivamente atrelados aos antigos consumidores de seus trabalhos. Entretanto para vender-los precisavam agradar a clientela, temos o seguinte quadro: Artistas “livres” para produzir e vender para quem quer que seja (desde que tenha como lhe pagar), mas que precisam seguir parâmetros que o mercado e gosto popular indicam (geralmente bem inferior ao que os artistas consideram bons), a fim de se sustentarem financeiramente, uma tremenda contrariedade que circunda esses profissionais. Como trabalhar seu portfólio, sem perder a identidade que o levou a ser artista, que move suas inspirações e conseguir sustento econômico que lhe traga retorno satisfatório (vale lembrar que arquitetos, pintores, escultores etc, estudam consideravelmente para entregar um produto de alto nível).
Nesta linha tênue que todos os anos surgem novos profissionais da área de Artes Visuais e escritas cheios de energia e vontade de deixarem seus nomes eternizados no rol de memoráveis que o mundo já conheceu e acabam batendo de frente com um mercado que acaba cortando muitas assas e formatando-os na mesma fôrma, independentes do como chegaram até ali.
Contudo, o que por vezes faz com que surja um desses milhares que ande na contramão esta na possibilidade de “ascensão artística”, que faz com este se destaque dos demais e alcance “A luz no fim do túnel” para aqueles que não abrem mão da identidade artística que consiste em ultrapassar a barreira dos “reles mortal” dependentes de agradar os compradores e alcançarem o patamar de “lenda” que independente de outros fatores pode usar de toda sua inspiração para ficar marcado na história das artes, reverenciais como Oscar Niemeyer, Zara Hadid, Gaudí, Beethoven, Shakespeare chegaram a um nível que já não importava o conteúdo produzido, simplesmente por serem eles já é considerado marcante, claro que nas obras desses artistas, uma ou outra se fossem assinadas por algum recém formado não seria tão badaladas, a questão é independentemente da maneira que chegaram a este status, estão lá eternizados na memória e estudo da arte, com todo mérito que tem direito. Esta talvez seja a única saída para aqueles que não abrem mão de todo sentimento e identidade.
É inevitável viver essa contradição na vida de quem trabalha com arte, o que muda é a forma de encarar esta situação. Se adaptar ao mercado somente? Agarrar com todas as forças sua corrente artística até que o reconhecimento chegue (se chegar)? Tentar se equilibrar entre um e outro? A resposta está na mente de cada um dos que dia pós dia adentram no magnífico mundo das Artes.
Vejamos que o mundo, antes das revoluções tecnológicas na
área da comunicação e em outras, ainda era definido por fronteiras
estabelecidas por acordos políticos, por tratados, ou delimitações territoriais e
pelas descobertas feitas nas áreas das ciências e da navegação.
"Não espere o sucesso sem suor. A História é feita de Revoluções, e não vai ser diferente pra você. Evolução é essencial."
Algumas revoluções mudam o mundo em um dia. Outras levam décadas, séculos ou mais, e outras não se concretizam. A minha começou com um momento e uma escolha.
As grandes árvores requerem raízes profundas,assim como as revoluções sociais clamam por razões profundas.
