Retrato de Velho
Apesar de tudo, trago comigo uma certeza, fiz o meu melhor, dentro que foi possível fazer, e espero que no próximo ano,🦸♀️ eu possa fazer um pouquinho mais.🙇♀️
Que venha 2022, 2023, 2024... 🙇♀️
Sandra Brazil
E lá se foi o Ano Velho!
Para o Ano Novo?
Quero de presente, entender o presente antes que se torne passado...
Nada é eterno, somos velhos.
Como nosso amor poderia ser tão belo?
Cemitério, a quanto tempo eu te espero.
Meu amor como eu te quero, espero que um dia seja eterno.
É duro um homem desistir de todos os seus prazeres, mesmo quando eles não lhe dão mais nenhum prazer.
Músicas ao vento
Aquele velho comedido, já conhecido,
se deixa tocar n’alma pela música.
Enquanto aquele jovem, vida lúdica,
aprecia o vento e procura seu sentido.
Vento e música mesclados em um,
maestria entorpecente, quase tangível.
Que no tocante da alma sensível
alegra, acalenta, matina algo incomum.
Nesse mundo inimaginável, desfraldado,
somos ases das nossas conquistas,
derrotas,desejos, mente estulta.
Os acordes seguem concatenados.
O vento agora é o musicista.
Se não me acalento, mea culpa.
Haja vista o jovem, néscio.
Contempla a vida, sedento idílio.
Sonha ser lesto andarilho,
orvalhado regato régio.
Haja vista o velho, comedido.
Esboroado mestre do imaturo.
Marcado pelo tempo, é astuto.
Velho sem voz, de olhar vivido.
Jovem e velho tomam a senda
à passos combinados e firmes
de espíritos milenares.
Mesclados, que se entenda
vivem em mim livres
à renovar meus ares.
Quanto mais velho fico mais forte fica minha Missão: incentivar uma atitude mais saudável na Vida das pessoas. Por isso não tenho medo do tempo, pois ele me fortalece.
O ser só envelhece quando fica, constantemente pensando na velhice. Aquele que se mantém ativo e atuante, com sua vida normal é sempre jovem.
Você só pode acreditar na tua sombra, porque o sol tá raiando em cima de você, ai você sabe onde é que tá a sua sombra. Fora disso, você não vai acreditar mais em ninguém.
Deitou-se remendo de pano novo em vestido velho, vinho novo em odres velhos, sem que o vestido se rompesse nem o odre rebentasse.
...
À medida que desemburramos com o tempo, substituímos o viço da mocidade pela autenticidade das marcas de expressão.
Descobrimos uma riqueza que nenhum dinheiro pode comprar, o processo extraordinário em que você se torna a pessoa que sempre deveria ter sido.
Aí passamos a invejar o vigor dos jovens, e percebemos que os mancebos não estão preocupados com a nossa austeridade. Eis que surge mais um esculacho da vida: uns conhecem o que perderam, outros desconhecem o que lhes falta.
Ainda posso trocar a inveja pela consciência de perceber este movimento tão natural.
Sei muito bem que estou velho e fraco. Mesmo assim, quero tentar. Tudo bem se eu não conseguir. Quero pelo menos tentar.
