Relevo

Cerca de 60 frases e pensamentos: Relevo

As figuras imaginárias têm mais relevo e verdade que as reais.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Pois é preciso que gritemos tão alto a verdade, que demos tal relevo à verdade que os surdos a ouçam e os próprios cegos a vejam.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp

[...] às vezes a exposição incompleta, como em relevo, de um pensamento, de toda uma filosofia, é mais eficaz que a explicação exaustiva [...]

Todo o homem de hoje, em quem a estatura moral e o relevo intelectual não sejam de pigmeu ou de charro, ama, quando ama, com o amor romântico. O amor romântico é um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã; e, tanto quanto à sua substância, como quanto à sequência do seu desenvolvimento, pode ser dado a conhecer a quem não o perceba comparando-o com uma veste, ou traje, que a alma ou a imaginação fabriquem para com ele vestir as criaturas, que acaso apareçam, e o espírito ache que lhes cabe.

Mas todo o traje, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em quem o vestimos.

O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 267p.

Todo o homem de hoje, em quem a estatura moral e o relevo intelectual não sejam de pigmeu ou de charro, ama, quando ama, com o amor romântico. O amor romântico é um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã; e, tanto quanto à sua substância, como quanto à sequência do seu desenvolvimento, pode ser dado a conhecer a quem não o perceba comparando-o com uma veste, ou traje, que a alma ou a imaginação fabriquem para com ele vestir as criaturas, que acaso apareçam, e o espírito ache que lhes cabe. Mas todo o traje, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em quem o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Inserida por DouglasLemos

E esse desejo sufocador de presença, eu também senti. Eu sinto; eu relevo e às vezes ignoro por defesa. Eu já pedi, implorei, fiz novena, quase sucumbi; chorei até me sentir seca por dentro. Mas compreendi que sentimento verdadeiro plantado na alma da gente quando não floresce cria raízes. Desse jeito! Remédio, cura ou algo parecido? Esqueça! Respire fundo e aguarde o tempo certo das coisas.

RELEVO SENTIMENTAL


Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.

Eu relevo as coisas e é por isso que eu desperto o rancor, a raiva, a emoção através da música. Sei que quem gosta sentirá o mesmo ouvindo quando ouvem o que canto.

Lágrima
Insistindo neste suave deslizar
contorna o caminho marcado
Na depressão do relevo castigado,
por ação mais forte que o caminhar

Marcas como fissuras encaminham
o líquido que brota no olhar
Penugens são obstáculos que figuram
na face que não quer se mostrar

Agora não está mais só
Na trilha por ela deixada
seguem réplicas sem dó
irrigando a paisagem ressecada

Em terra pelo tempo esquecida
esta irrigação é matéria prima
da semente nela embevecida
pelo escorrer da lágrima

Está bem! Está bem! Eu o desculpo, relevo, perdoo e esqueço o que me fez. Mas isso não o salva de ouvir umas verdades!

CORPOGRAFIA

Na geografia do teu corpo
exploro
planícies, recôncavos,
v
a
l
e
s

e

m
o
n
t
e
s
Na vegetação macia da tua pele
me banho de sol e de lua
e descubro incríveis
tesouros orvalhados
de água e de terra,
de árvore e de folha,
de fruto e de flor
constantemente renovados.
Nada relevo das tuas vertentes,
corpografia de lua e sol ardente,
cachoeira de sombra e água fresca
que corre, escorre e sacia,
deixando tua grafia
na rústica terra do meu corpo.

Moldura do teu rosto

Desenhei o teu rosto no centro do meu peito
Em alto relevo escrevi o teu nome
Versejando sua beleza de homem em extinção
Que brilha através dos meus olhos
Em meu olhar está a pureza do amor que transpira em meus poros
A cada instante que vejo seu rosto tatuado em mim
É a certeza que será sempre meu amor de menina em coração de mulher

Autora:Simone Lelis

Poema Auto Relevo - Michelle Ribeiro
Na minha alma busco constantemente sua presença oculta
Disfarço e me refaço em um espaço
Tentando conter meus ensaios
Se me pinto de louco, sou profano
Minha face se desnudou, em que parte me perdi do espelho
De um passado bem aventurado
Quando me calo, sou ausente
Reviram-me de um lado para o outro,
a fim de poder me colocar em um leito,
Minhas feridas e magoas colocam as longe do peito
Me tornei idoso, me tornei esquecida
Minha pele que já nao mais brilha,
mas ainda se renova e floresce
ainda que um pouco a cada dia,
Por mais que não me vejam,
ainda possuo uma alma e um coração alegre e quente.

⁠" Se a área do *relevo* for erógena, as características daquele que as toca, não interessam. "

Amor cura
Florestas são pintadas em meus pulmões.
Relevo.

Na doença do amor, a cura é um milagre — eu creio.
Não estou doente,
apenas me perdi entre os arbustos da vida
e já não consigo ver as estrelas.

A lua não vem,
e a brisa passa leve,
para não me machucar ainda mais.

Na verdade, estreei tarde em sua vida.

Gritar não adianta.
A vida é uma estância,
mas poeiras e tempestades causam tristeza,
e memórias se dissolvem ao vento,
lembrando que remendos nunca são inteiros.

Fecho os olhos,
e meu coração derrete
como fogo em plástico,
nas chamas altas e líquidas
diante de meus olhos —
e se desfaz.

Há anos relevo muitas coisas, só que chega num ponto que faz mal. E tudo que a gente quer é se afastar de tudo isso. Cansei de ouvir: "Finge que não vê, finge que não ouve." Como posso fingir não vê se não sou cega? Como posso fingir não ouvir se não sou surda? Impossível deletar coisas da cabeça sobre um simples comando meu. Bom seria se fosse tão simples assim. E quer saber, não é nada fácil viver num ambiente em que tudo é contrário a você. Cansei. Cansei de ser paciente, de tentar entender coisas imcabiveis no conceito de dignidade. Cansei de me encher de raiva por pessoas que não valem a pena. Logo estou tão só. Uma decisão pensada e talvez tardia que teve tempo de me ferir. Em busca da cura, de pessoas que não me decepcione.

Inserida por GabrielaStacul

Analise o Relevo para ver se pinta um clima.

Inserida por clovisf

Meu querido Monstro

Sua pele amarela mal cobria o relevo dos músculos e das artérias que jaziam por baixo; seus cabelos eram corrido e de um negro lustoso; seus dentes eram alvos como pérolas. Todas essas exuberâcias, porém, não formavam senão um contraste horrível com seus olhos desmaiados, quase da mesma cor acinzentada das órbitas onde se cravavam, e com a pele encarquilhada e os lábios negros, retos e finos.

Inserida por VodcaComHalls

Sabes como escrevo, me descrevo, altero, me revelo e relevo?
É assim oh, jogo ideias como alento de vento no catavento dos
Sentimentos ao relento no pensamento, e vejo que viram ofício
Sem sacrifício, que me levam serenamente ao hospício ou será
Que sou eu que revelo, nivelo e elevo a minha pretensa, inteira
E intensa filosofia de propensa poesia sem me dar conta disto?
Não sei, só sinto que é a minha verdade mais verdadeiramente
Verdadeira e a expressão mais perfeitamente perfeita da minha
Impressão, intenção e extensão do meu tão imperfeito coração!

Guria da Poesia Gaúcha

Inserida por PoesiaGuria