Reflexoes de Olga Benario

Ter ou não ter útero muda a forma de encarar a vida; ignorar essa realidade é desconsiderar questões biológicas essenciais na convivência em sociedade.

⁠Sempre ausente, quando aparece, cobra o que nunca oferece.

⁠Uns ajudam por compaixão; outros, por competição, pra mostrar que, sem eles, não há solução.

⁠A caridade que busca aplausos é vaidade vestida de bondade.

⁠Ajuda movida por sentimento ou por busca de reconhecimento?

⁠Não basta fazer o bem, tem que desfazer de alguém.

⁠Faz o bem por bondade ou para mostrar que o outro é incapaz?

⁠O maior segredo para alcançar a felicidade é ter gratidão por tudo que se tem.

⁠Um dia, todos seremos levados. O que importa é o que fizemos com os dias que nos foram dados.

⁠Em cada palavra que ensinou, a professora Silvaneide semeou dignidade; que sua partida não seja silenciada pela rotina cruel do descaso, mas ecoe como um grito por justiça e respeito àqueles que sustentam a educação com o próprio corpo.

POeMA DE SEGUNDA

A semana começa.
O dia termina.
O tempo voa.

Sexta chegou —
e o tempo foi pouco.
Sábado passou,
domingo é sala de espera pra segunda.

Tudo recomeça.
A roda gira:
tempo, trabalho, tropeço e o vôo.

E a vida?
Bilhete de ida
pra um tempo qualquer
Pra uns, curto.
Pra outros, um pouco mais.

No fim,
somos só isso:
passageiros do tempo,
com hora marcada.

⁠Tudo volta, menos o tempo.

⁠Não tenho a pretensão alguma de escrever o gosto, minha literatura nada mais nada menos é, tudo o que mais me dói.

⁠Uma boa escrita; é um bom laboratório de filosofia.

⁠Eu sou mais forte que o medo que habita em mim.

⁠Eu serei um eterno mosaico de todos aqueles que um dia amei.

⁠Quando o coração fala, a alma responde.

⁠Eu sou a madrugada de cada instante vivido.

⁠Há várias maneiras de se chegar até Deus, e uma delas começa pelos livros.

Nem sempre a distância fortalece os laços, ás vezes, naturalmente se eles quebram. ⁠