Reflexão de Vela
Um vento forte pode apagar uma vela, mas ele servirá de alimento para o tempestuoso fogo na floresta. As provações da vida revelam qual tipo de chama somos.
Somos mestres de nossas escolhas. Nossas decisões são o leme de um barco. Nossa vontade é a vela. O vento é o presente. Quando aprendemos a manejar o leme, nenhum vento é desperdiçado. Nós nos tornamos lúcidos e sábios em nossos caminhos. Velejamos por novos horizontes e sorrimos ao encontrar águas conhecidas. Umas evitamos por saber de suas turbulências, mas outras, essas apontamos nossos lemes e erguemos todas as velas em suas direções. Pois, oque é bom, sempre vale a pena visitar.
- PauloHSSantana -
ELISA...
Na imensidão dos teus olhos,
navego em todos os mares...
sou “poesia a vela”...
No teu riso, todos os “rios”...
sou toda risos... sem riscos...
Em teus bracinhos, todos os abraços e laços...
em tuas pernas, todos os meus passos...
Na sua doçura, toda a literatura se aninha...
Na tua ingenuidade, não temos idade...
Na tua inocência, toda essência...
magia... poesia...
No teu incessante faz de conta,
todas as contas e elos a desenhar e amar...
No teu coraçãozinho,
somos todos
“coração”... em oração...
Elisa, és céu
no chão das nossas vidas....
Teu pai Gregório ri no teu riso
e vive e revive no teu universo
cheio de versos...
Às vezes, me sinto exausto, como uma vela queimada ao fim de seu pavio, mas poucos conseguem compreender o peso dessa fadiga. Como Khalil Gibran, encontro-me perdido em meio a uma multidão que desconhece o turbilhão silencioso que habita minha alma. O cansaço que carrego não é meramente físico, é uma exaustão que transcende as fronteiras do corpo e permeia todos os cantos do meu ser. É uma carga invisível, uma batalha interna que escapa aos olhos distraídos dos que me cercam. É uma tristeza que me abraça sutilmente, envolvendo-me em seus braços melancólicos. Aqueles que caminham ao meu lado veem apenas a máscara que uso, a superfície que tento manter intacta, sem compreender a verdadeira extensão da minha exaustão. Como as palavras de Gibran, sou um enigma envolto em enigmas, e meu cansaço profundo é um capítulo oculto que só poucos ousam explorar. Apenas quando nos aprofundamos além das aparências, além das palavras superficiais, é que somos capazes de vislumbrar a vastidão do meu cansaço e estender uma mão compassiva. A compreensão não vem fácil para aqueles que se detêm apenas à superfície da vida, mas para aqueles dispostos a mergulhar nas profundezas da existência humana, eles encontrarão o abraço acolhedor da empatia, prontos para compartilhar a carga do cansaço que carrego.
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
Onde quer que você esteja, acenda uma vela pra mim, olhe pra Órion no céu à noite, e você vai saber.
Amar a Amazônia, como ela é muito alem de como conseguimos vê-la... me alertava meu querido amigo, mestre o artista e intelectual amazonense Moacir Andrade. Amar verdadeiramente selvagem para entende-la.
A idade se revela como um medidor de experiências vividas e não como garantia de aprendizagens vívidas.
Lute por uma causa nobre, ainda que leve a vida inteira, porque depois vê-la cumprida sua conquista provará que valeu a pena.
DOCE ILUSÃO
Mesmo que eu não volte a vê-la
Na luz das estrela irei lhe encontrar
Mesmo que a lua se apague
Eu sei, voce sabe, não deixarei de lhe amar.
Mesmo que as dores do mundo
Se instale no fundo do meu coração
O meu amor com certeza
Viverá a beleza dessa doce ilusão.
Aprendi a duras penas que: A vida é como um velho barco, o coração é a vela, mas a bússola tem que ser a razão.
Contemplação
Acordei mais cedo hoje só para vê-la despertar.
E aos pouco, num bocejo preguiçoso o brilho dos teus olhos eu pude contemplar.
Num olhar discreto e um sorriso meio sem graça lançou teus olhos sobre mim,
Feita enamorada surpreendida pelo amado no embaraço de um tímido desarranjo.
Ajeitou-se como pode e arrumou no improviso os cabelos.
Deixou nossos lenções e envolveu-se em uma toalha já de saída para as águas matinais.
Desejei entrar contigo no chuveiro, mas aquele momento era só de contemplação.
E no anseio ao seu retorno eu quase enlouqueci quando a vi voltar.
A toalha, já umedecida, ditava os contornos do teu lindo corpo.
De fronte ao closet lançou mão do que lhe cobria atiçando em mim o instinto mais carnal,
E um a um, ia sobrepondo as vestes ao teu corpo.
De cada escolha, voltava-se para mim como quem busca minha aprovação.
Enquanto eu ainda a admirava,
Lentamente dirigiu-se para a penteadeira e lançou mão da caixinha de cores e batons.
Em suaves movimentos circulares, levemente, cobriu de tons sua pele clara e macia,
E como se pudesse, esforçava-se em embelezar-se ainda mais.
Num toque final, contornou de maneira suave e provocante os lábios com batom.
E para mim, embora a tua beleza natural dispensasse acessórios, outra face ali se fez,
Quase tão bela quanta aquela que encantou os meus olhos ao amanhecer.
Nem por um instante desviei meu olhar de você.
Despediu-se com um beijo e partiu levando consigo meu coração.
Edney Valentim Araújo
Eu sigo contra-marê, velejo o meu barco a vela contra o vento, desmento de tudo e concordo com tão pouco da imensidão do que já vi e ouvi. Eu sou Oásis no deserto, eu sou cidade em imensa mata Amazônica, eu sou você negando ser mim mesmo, eu sou o que não sou porque não sei o que realmente sou.
1minuto de pensamento
Uma vela não perde nada por acender uma outra vela. Uma vida com altos e baixos é melhor do que uma vida plana ou uma que anda em círculos.
A cartografia do pensamento,
é subjugada pelo vento!
o ego é vela que leva ao erro!
elipse que forma o centrismo,
de egoísmos enfáticos,
esbravejam motins,
espasmos anafiláticos,
onde ideias descabidas já não cabem,
nas ações obesas e sedentárias,
repletas de gula e mesquinharia,
Maquiavel já sabia!
que psicose e psique são amigas,
da genialidade dos excessos,
que transbordam legítimos gestos,
de auto-mutilação!
é dissecação ou dissertação?
eis o martírio da interpretação:o inconclusivo!
Quando o adjetivo cai bem ao sujeito,
até mesmo o leigo,
sabe conjugar o que é título,
e o que é titular!
o que é reserva,
e o que é singular!
o que é diagonal e perpendicular!
a inteireza não está no adjetivo,
e sim no sujeito,
e este mesmo,
classifica a si mesmo,
ou o rebaixa,
independente da sintática,
do predicado ou da sílaba tônica,
a vida é um poema,
dividida entre as estrofes,
da conotativa e da perspectiva,
e qualquer recidiva,
é apelação da rima,
querendo fazer música,
das entonações!
será o coração metódico,
ou melódico?
nenhum adjetivo lhe cai tão bem,
como a sujeição,sim é sujeito,
sujeito a tudo que você desejar!
O que você chama de utopia,
é só a sua miopia,
e a sua falta de projeção!
a alegria é reflexo,
do abstrato,
o palpável é cenário,
da ilusão!
a realidade é tablado,
o noticiário é palco,
de simulações!
a maior ficção do homem,
é ignorar a realidade do outro!
O poeta usa a retórica,
como ignição!
a combustão é a reflexão do leitor,
todo leitor tem o poder de usar a marcha ré,
ou pisar no acelerador!
será que emperrou?
de jeito nenhum!
não é o trajeto que conta,
e sim escolher onde estacionar,
não queremos ser o carona,
e sim pilotar!
pé na tábua!
a leitura é o combustível,
para alcançar horizontes,
sem sair da rodovia da imaginação!
respeite o tráfego de ideias!
algumas delas,
nem fazem ideia,
aonde vão!