Rancor
A melhor coisa que aprendi no Cristianismo é a não guardar rancor de ninguém.
Quando projetei a minha estrada e decidi trilhar esse caminho as pessoas que me decepcionaram não faziam parte do meu itinerário portanto não vou continuar carregando elas através de mágoas e ressentimentos.
A cada decepção confirmada, percebo que preciso aprender mais.
A cada amizade estabelecida, descubro que doei o melhor de mim para alguém.
Não adianta dizer que amas ou perdoas se no fundo odeias e guarda rancor, pois nada fica obscuro e impune aos olhos do Pai.
A Terra é redonda, o mundo é pequeno e a vida é muito curta para sentir rancor ou guardar mágoas das pessoas. Esqueça tudo e vamos viver!
Por mais que eu tenha sofrido decepções meu coração está muito longe de sentirr ódio ou rancor.
Não quero me tranformar em uma pessoa amarga e sem aura.
Tenho em minhas mãos sementes de árvores centenárias para plantar e cuidar, e mesmo que eu não a veja florir , sei que algum dia alguém vai saborear dos frutos que certamente dela colherá.
Que minhas mãos estejam sempre prontas para abençoar..
RANCOR
Quanto tempo pode durar uma magoa?
alguns dias, uma semana, um ano talvez?
mas se durar tanto tempo, esse sentimento
não será magoa, mas sim, rancorosa estupidez
Ele diz não guardar raiva ou ressentimentos
mas seu temperamento denota a insensatez
manda embora, não deseja entendimento
ignora quem dizia amar com embriaguez
O tempo não passou arrematado em espinhos
foram os sonhos que passaram pois não existiram
libidos devassas movimentavam-lhe o moinho
Falava de amor, coração, emoção e mesma estrada
como consegue ter paz, atrás de atos que mentiam?
Atitudes frias e vão-se os dias...Não resta mais nada!
O sorriso não é apenas sinônimo de alegria
Ele disfarça vários sentimentos
Dentre eles o rancor, o ódio, a dor.
Vejo que os que se comovem
vêm como que se não tivessem rancor
comovidos se veem como vidros
vidrados: olvidam das vicissitudes
provocados: esbanjam flavor
Quando sós perdem o solo
preferem pirata ao trono
serenata ao sono
companhia à solidão
voz, vinho e violão
Esqueça a preocupação. Esqueça o rancor. Esqueça a raiva. Esqueça a dor. Esqueça as futilidades. Ninguém pode ser feliz quardando coisas ruins dentro de si.
Estava sozinho em um mundo onde a singularidade era vista com rancor e ódio e nem a morte mais o desejava.
Não posso deixar a alegria ir embora, mas tenho um espaço para a tristeza e o rancor e no momento, é o rancor que faz parte de mim.
Sofrer
Sofrer por amor
Por dor
Por rancor
Por magoa
Por nada
Por tudo
Por ninguém
Por alguém
Sofrer
Sofrer
Sofrer
Sofrer é viver
Viver é sofrer
Sofrer a perda de um amor
Mas um amor se perde?
Se se perde era amor?
Se é amor não se perde
Será?
Mas amor diminui
Ou se apaga
Se apaga?
A chama do amor nunca se apaga
Então o que acaba quando acaba o amor?
Acaba o respeito
A vontade de estar com o alguém
A vontade de se entregar
A vontade de beijar
De acariciar
De suportar
De permanecer
Quando o outro se vai
A dor fica
O coração sangra
A alma se desespera
A mente se confunde
E a dor se infunde
No mais profundo do ser sofredor
Agora os pés gelados
As mãos sem outras mãos
A boca seca
A pele já não se arrepia
Os pelos já não se ouriçam
Os ouvidos já não ouve mais palavras doces
De amor e de carinho
A cabeça roda confusa
E a alma
Ah a alma
Essa fica toda desestruturada
E vazia
Sem vida
Sem cor
Sem nada
A não ser
O nada.
O nada preenche toda a alma
E toda a existência
De quem um dia amou
E ainda ama
Mas a amada não está
Foi-se
Partiu
E com ela levou toda a vida
Não pedi que me levasse a dor, o rancor e o temor. Não respeitaram, me levaram. Eu tentei não escrever. Prometi a mim mesma que esse seria o ultimo texto falando sobre você, mas prometo a cada página que olho e logo está com o teu nome… Ah, não, essa é a minha letra. Não posso prometer, devo parar. Há um tempo eu não prometia o que não poderia cumprir, estava esgotada. Mas hoje… Ta, não quero falar sobre hoje, nem sobre ontem e nem sobre o amanhã. E quem vai querer me ler, me diz? Não me importo, na verdade, não entendo essa minha fome pela escrita. Às vezes eu queria escrever bem, para mostrar que sirvo em alguma coisa, e dessa vez, alguma coisa que eu ame. Pouco me importo, ando me importando pouco demais. Devo parar de reclamar quando passo dos limites em algo, mas penso que estou certa, pois nada demasiado é bom. Aprender a viver na medidinha certa está sendo um sacrifício. Sinto-te longe, mas é onde estás…, longe de mim. Queria saber se tu te lembras de algum pequeno gesto meu que conseguia te fazer sorrir. Fico assim, querendo saber, me excedo e invado o “demais” que tanto eu queria excluir. Afundo novamente na saudade, no apelo, nos pesadelos. Não posso sufocar a vontade de querer, de te querer. Sei que possuo o que me consome, sei que corro atrás do que me corrói. Afogar-me em seus sonhos sem nem fazer parte deles é uma tortura. Queria torná-los reais. Observa, novamente eu querendo demais.