Quietude
Noite de insônia
Na penumbra do quarto, mergulhado na quietude da noite que se estende infinita, encontro-me deitado, imerso na insônia que me visita como uma companheira indesejada. O silêncio que me cerca é quase palpável, preenchendo cada canto do ambiente com uma densidade sufocante, como se fosse possível ouvir o eco dos meus próprios pensamentos reverberando nas paredes.
Meu corpo repousa sobre o colchão macio, mas minha mente se recusa a encontrar o repouso tão desejado. Em vez disso, ela se lança em uma jornada intrincada pelos recantos mais profundos do meu ser, explorando os labirintos da minha alma em busca de respostas que parecem sempre se esquivar de mim.
O amor, esse sentimento complexo e inescrutável, surge como uma miragem no horizonte da minha consciência, evocando uma mistura tumultuosa de emoções que oscilam entre a paixão ardente e a desilusão amarga. É como se estivesse preso em um redemoinho de sentimentos contraditórios, incapaz de encontrar um ponto de equilíbrio entre o desejo avassalador e a frieza da realidade.
E a vida, essa jornada tumultuada e imprevisível, revela-se como um labirinto intrincado de caminhos entrelaçados, onde cada escolha é um passo em direção ao desconhecido. Caminho sem rumo pelas encruzilhadas da existência, sem saber ao certo se estou seguindo o curso certo ou se estou condenado a me perder nas trilhas sombrias da incerteza.
A crença, essa âncora frágil que nos sustenta em meio à tempestade da vida, ergue-se diante de mim como um farol na escuridão da noite. É ela que me dá esperança nos momentos de desespero, que me conforta nas horas de aflição, e que me faz acreditar que há um propósito por trás de cada provação, uma razão para continuar seguindo em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar ao meu redor.
Assim, nesta noite de insônia que se estende interminável diante de mim, deixo-me levar pelas correntezas turbulentas dos meus pensamentos, navegando pelos mares tempestuosos da minha mente em busca do sentido que se esconde nas entrelinhas do universo. E enquanto o tempo passa lentamente, como se estivesse se arrastando sob o peso da minha própria angústia, permaneço deitado, contemplando os mistérios da vida, do amor, da crença e de tudo o mais que habita os recantos mais profundos da minha alma.
A agitação da alma, a recusa à quietude e a incompletude, características inerentes à condição humana, foram amplificadas pela pós-modernidade, através de suas rápidas mudanças sociais, culturais e tecnológicas.
Nas trilhas solitárias da vida, em momentos de quietude e reflexão, Percebo que a solidão é uma companheira valiosa em minha jornada. Em seus braços, descubro um oásis de autoconhecimento e serenidade, Onde os pensamentos florescem e os sentimentos encontram liberdade.
Carrego comigo a leveza dos ventos,
que sussurram para a alma: há beleza
na espera e na quietude.
Que possamos ser como as flores do
campo, simplesmente florescendo
e deixando para trás o que
não nos serve mais.
- Edna de Andrade
TRILHAS DO TEMPO
Com o tempo, surge um quietude que não é vazia, mas plena—uma ponte entre o que deixamos para trás e o que nos tornamos.
Aos 60 sentimos o afastamento chegar devagar. O espaço que antes fervilhava com nossas ideias agora parece habitado por vozes que não nos chamam mais. Não é desprezo—é apenas a vida seguindo seu curso. É quando aprendemos que nosso valor não está no agora, mas no que semeamos pelo caminho.
Aos 65 enxergamos que o mundo do trabalho, antes tão urgente, é um rio que corre sem olhar para as margens.
Não importa o que construímos—as águas seguem. Não é derrota, é alívio. Chega a hora de olhar para dentro, deixar de lado as vaidades e abraçar a calma. Já não se trata de provar, mas de compartilhar, de orientar, de iluminar. A maior vitória não está no que se exibe, mas no que permanece nos outros.
Aos 70 o mundo parece nos esquecer—ou será que nos convida a ver o que realmente vale? Os mais novos não conhecem nossas histórias, e isso é uma graça: agora podemos ser apenas nós mesmos. Sem cargos, sem máscaras, só o que somos de verdade. Os companheiros de sempre, os que perguntam ‘como você está” e não ‘o que você foi” tornam-se dádivas, estrelas que brilham no cair da tarde.
E quando os 80 ou 90 chegarem, a família, em seu ritmo, se afasta um pouco. Mas é então que a compreensão nos envolve. Vemos que amar não é segurar—é deixar ir. Filhos e netos seguem seus rumos, como um dia seguimos os nossos. A distância não enfraquece o amor; mostra que ele é maior quando livre.*
Quando chegar a hora de partir, não há temor. É apenas o último movimento de uma dança antiga, o fechar de uma história escrita em alegrias, desafios e lembranças. Mas o que fica, o que nada apaga, são os traços que deixamos nas almas que cruzaram nosso caminho.
Por isso, enquanto há fôlego, enquanto o coração bate, viva com inteireza. Acolha os encontros, ria sem medo, guarde cada momento simples ou grandioso. Regue as amizades como quem nutre uma planta rara. Porque, no final, não ficam os feitos, os nomes ou os aplausos. Ficam os abraços, as conversas, a claridade que deixamos passar por nós.
Seja essa luz, seja essa lembrança, e você nunca se acabará.
Para todos que entendem: o tempo não some—apenas se transforma.
🤗 Aproveite cada instante que a vida lhe oferece, pois mesmo a mais longa jornada é breve.🤝
Roberval Pedro Culpi
O despertar da consciência espiritualnos remete aquietude interior repleta de amorosidade enos capacita a perceber asquestões inerentes a nossa persona, nos libertando paulatinamente das dores e frustrações geradas pelo apego e pelas ilusões das demandas emocionais do ego.
A partir do reconhecimento de quesomos, em essência, Energia de Amor podemos promover mudanças na forma como conduzimos a nossa vida neste planeta que transitoriamente habitamos.
Afinal, qual o sentido de nossa existência neste planeta Terra?
DESPERTAR
VARANDO A MADRUGADA
No tic tac do teu respirar
A angústia de meu suspirar
Na quietude do teu pensar
A serenidade do meu olhar...
mel - ((*_*))
QUIETUDE
Tem instantes em que nada me é mais adequado,
que os rumores de um silêncio,acordando certos
sentidos,como um clarão,no obscuro de dentro.
É uma sutileza que me amansa,essa pausa de
nada ouvir,onde tudo me ordena.
Há calma. Quietude de dias enlouquecidos por vinho barato. Há desatino. Há de haver sonho depositado num saco a caminho do nada. Há caminho?
QUIETUDE
Está tudo tão quieto!
Tão silente... É a vida da gente
que está se esvaindo na vida dos outros
que indo primeiro, preparando o terreiro.
Não temos escolhas
é a fila que anda
silenciosamente
para não acordar
os que jagem e dormem
na quietude da vida
sem despedida!
Tão silente... É a vida da gente!
BOA NOITE 🌙
Que a quietude e a serenidade da noite, te acalme os pensamentos, te faça um carinho na alma.
Que Deus alcance o seu coração com a suavidade da esperança e te floresça uma paz gostosa e linda de se sentir! ♡
Aqui na quietude do momento presente, a minha mente voluntariamente submete ao meu coração. Com cada respiração eu me tomo consciente do amor fluir através de mim. Eu sentido unidade com toda a criação e a bondade que me rodeiam. Sussurros de gratidão escapar dos meus lábios e correr para o silêncio. Minha alma está em paz.
Um dos modos de permanecer na quietude divina é esperarmos na paz do Senhor, aguardando a Sua intervenção a nosso favor.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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