Quietude
Escuridão
E nestes dias de quietude
Meu coração se agita, minha mente suplica
Toda imensidão que nos é vedada
Aos poucos, posso ver-lhe desmascarada
E naquela noite ao adentrar-me pude sentir
A tristeza, o calafrio e um poder vieram me induzir
A sair daquele lugar que insana me mantém
A deixar de fingir que estou vivendo e ir além
Preciso me livrar desta angústia
Estão acabando comigo
A cada momento, a cada ato, não me sinto, não respiro
Tento não absorver tão grande mal
Mas como vencer? Como superar e elevar o astral?
E nesta confusão meus planos se dissipam
Toda esperança e serenidade se anulam
Como se nunca houvessem existido.
Há dois tipos de beleza. Uma nos inspira reverência, quietude. Outra nos provoca suspiros, inquietação. A primeira mergulha em nós, nos perpassa, a ainda assim, mantem-se transcendente, inalcançável, revelando a sua sacralidade. A segunda se insinua, convidando-nos a mergulhar nela, a perpassá-la, a possuí-la, a experimentar a sua profanidade. Uma nos liberta. A outra nos torna reféns.
“Enquanto algumas gritam para serem vistas, outras, na sua quietude, atraem homens que enxergam além.”
Encontrar a paz não é ausência de lutas, mas uma quietude na alma, fruto da segurança e certeza da vitória.
Sou centelha do Infinito, Sopro da Luz que não se apaga. Na quietude, Te escuto. Na alegria, Te reconheço. Na meditação, Te abraço E assim me tornei inteira.
A DESCANSAR NO SONO DOS JUSTOS
No navegar da quietude dos justos,
Uma mente a se levantar sempre para o alto,
Para alegria do Senhor.
E no regozijar do aconchego dos protegidos,
E flutuar no remanso do esteio a prole,
Na valorização do espírito, e desapego ao material,
Caminhar sob a luz divina,
Em direção à verdadeira sabedoria.
E em meio às tentações
Do fomentar da ira e da discórdia,
Um espírito a se levantar,
E uma voz a se fazer sempre presente,
Ao indignar de uma paixão fugaz,
Os atos a contrariar,
E a resistir com a indiferença dos iluminados,
Fazer acalmar coração e mente,
Da tristeza, do ódio e dos ressentimentos,
A voltar-se sempre para o bem,
E a suscitar calmaria e paz,
E então, lograr digno repouso,
No sono dos justos.
E depois de terminado o ciclo da existência,
E a deixar somente valores morais e afetivos,
Poder, enfim, caminhar sem temor algum, em direção à morada do Senhor.
O recolhimento interior, o silêncio, a solitude; nos traz quietude para encontrar o caminho que devemos seguir.
AetA🙏🏽✨
Suave música ao fundo
Só a quietude destoa
Baixas vozes melódicas
Aguçam estranhas manias
De empurrar o mundo.
Vento cantando
Sopra feito solidão
Voz única e violão
O mundo se move
Nesta canção.
Canto teus encantos
Repetindo o intérprete
Canto-te em mim
Na minha voz falsete.
Foi-se a meia noite,
A vida, a esta hora,
É o próprio silêncio
Que a gente cala.
A quietude profunda que tanto buscamos não surge porque o mundo está parado ou porque a mente está serena. A quietude é alimentada quando permitimos que as coisas sejam como são, no momento em que estamos. Momento a momento e respiração a respiração.
Cada batida por padecer,
nos eleva a quietude da brisa ao amanhecer
Cada espaço com sua dor,
ramificam os anseios onipresente de um simples amor.
