Quem Perdeu um Ente Querido
*O ente do querer *
Sentira a dor através daqueles olhos
Tão verdes, transpareciam o ente
Do querer
Crente de que tudo, não era só o que se via
De que nem tudo, era apenas uma doce ilusão
Na ternura do olhar cansado, oprimido
Cheio dos sentidos, idos e vindos
O olhar do desejo, da liberdade
Queria ter o poder, de lhe tirar a dor
O poder, entregar-lhe a vida
Onde nada faz mais sentido
Recuperar-lhe todos os sentidos
Que se perdera com toda a confusão
Restaurar-lhe a poesia, a fantasia
Um dia jaz sentida e existida.
APENAS?
SE você é daqueles que pensam “é apenas um filme ou uma brincadeira”, você também deve entender as expressões ”apenas um amigo”, “apenas um dia”, “apenas uma promessa”, "apenas uma mentira", etc…
Sabemos que existe um lugar especial onde estão todos os nossos ente queridos. Mas custa olhar para o lugar e ver um vazio.... Um vazio que ninguém mais ocupará....
Até entendo que não há definição pro amor
Porém falar o que significa
Faz-nos acreditar ser entendedores da dor
Já que é tão única, não é?
Um ente muito violento
Talvez a segurança da sociedade não consegue deter.
O dinheiro violando as leis da integridade.
Ele faz estrago e modifica as emoções.
Acaba com casamento e corrompe corações.
A maluca e desastrosa briga pelo dinheiro.
É ele que dirige o mundo inteiro.
Todo os dias mais loucos nesse terreiro.
O poder, a ganância, a ambição, muita ignorância.
O preconceito, a desigualdade, a intolerância.
O dinheiro é a própria matança.
O lar, as ruas, os estádios, teatros da vida.
Seduzidos pela fama da atrevida.
A mala, o cofre, a conta devida.
É sim o dinheiro a causa de todos males.
Raízes malditas, o sorriso de satanás.
Deus perdoe me pronunciar essa desgraça.
Mas é no dinheiro que ele disfarça.
Todo sentimento de truculência e orgulho.
Nas águas da dor o mergulho.
No caixão, dinheiro vai ser entulho.
Através dessas palavras procuro alento.
Levar uma simples poesia e tento.
Digo que o dinheiro é um ente violento.
Giovane Silva Santos
Algumas pessoas lembram tarde demais das outras.
Quando se derem conta, já foram esquecidas e enterradas.
Não viva achando que os outros vão estar sempre no mesmo lugar e disponível quando você quiser.
Muitos se cansam de só servir.
Ter paciência às vezes também cansa e se esgota.
Quando tudo ficar claro para alguém, você é quem mais irá perder.
Não descubra isso tarde demais.
A revolta das águas!
A humanidade não ouviu
nem os avisos, muito menos gritos
Avisos não foram entendidos
e, os pedidos de socorro, muito menos
foram simplesmente ouvidos
Enviamos tsunamis, maremotos, ressacas
e até provocamos derramamento de óleo
Quantas décadas, anos e meses
os oceanos, mares e rios
além da vida marinha sentíamos o sufoco
o descaso da humanidade, todo o lixo
os barcos, iates, navios, jetskis,
toda sujeira espalhada indiscriminadamente
por esse povo humano, dito evoluído
O pulmão da Terra, os microrganismos,
todos agradecem a esse vírus
Que deu um basta, mesmo que provisório
mesmo que por um tempo a nós
Agora quem sabe nos sentiremos livres
mais uma vez, este é um aviso
Assinada esta declaração pelas águas
tanto a doce, quanto a salgada
e todos os seus milhares de micro, macro
todos os seus organismos!
(DiCello, 22/03/2020)
domingo , 22 de março- Dia Mundial da Água
E de tanto insistir no erro, na sua cabeça o errado virou certo e o certo se tornou errado! Vai entender né...
Se for deixar seguir
Ela nunca mais vai te ver sorrir
Deixa ela ir embora
Que agora não te cabe entender
O porque que as coisas se vão
[...]poeta é um ente que da palavra senti inteiramente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020 – Triângulo Mineiro
Não adianta você ser sábio, ou ser o mais inocente, o coração não tem patrão, ele faz o que bem entendi.
Já o tentei controlar, grande a minha inocência, achar que podia controlar o que desafia a ciência.
As vezes olhamos é não enxergamos,
As vezes ouvimos é não escutamos,
As vezes nós falam é não entendemos,
As vezes estamos presente mais a alma estar ausente.
“Deus é uma criação dos humanos, eles a usam para explicar as coisas que ainda não conseguiram entender”
Triângulos num quadrilátero,
Tateando o teto do domicilio,
Aquele ente não tinha parente,
Originaram da quinta dose dupla.
Outrora Sóbrio
Triângulos num quadrilátero,
Tateando o teto do domicilio,
Aquele ente não tinha parente,
Originaram da quinta dose dupla.
Dente careado, banguela, cadente,
Embaralhado pelo odor da aguardente,
Palato nublado,
Brumoso, enevoado,
Nevoento,
Nubiloso.
Esterilizando com bafo o reboco,
Um bocado poroso.
Faria sentido,
Se o sentido não ficasse ofendido,
Com aquilo que tivesse ficado
Fincado de insignificado.
Se a cachaça não alterasse a perspectiva,
Certamente garimparia a definitiva
Identificação com a confissão
De que este causador fora
Outrora sóbrio.
Quem sou realmente para criticar o outro ente?
Julgar suas acções e rotular a sua mente
Dizer o que fazer, como deve proceder
Aconselhar a escolher, o que plantar, o que colher
Sou um Teórico aprendiz do discípulo sem mestre
Acredito no que ele diz e visto o que ele veste
Sentimentos superficiais robotizados por sua escrita
Acções artificias consoante o que ele acredita
Tenho preguiça em pensar, em reflectir até no espelho
Fico horas a meditar em frente a um aparelho
Música suave a tocar, «scroll» do rato a rodar
Dicionário para consultar e água para hidratar
Conheço a vida na teoria, na visão do escritor
Como viver com alegria, como amenizar a dor
Sei os passos para o sucesso, as etapas e o processo
Sei teorias em excesso, da criação do universo
Conceitos do amor e ódio, da paixão, da obsessão
Do caminho ao pódio, à primeira classificação
Técnicas de expressão vocal perante uma multidão
Da linguagem corporal de um bom anfitrião
Muita coisa sei que aprendi do livro
Mas nada pratiquei pois da fobia não me livro
Apenas li e memorizei para ser activo nas conversas
No princípio se empolguei, até lia as pressas
Agora eis-me aqui com teorias na cabeça
Pareço um manequim que não age mas pensa
A vida é mesmo assim (Sempre falta-te uma peça)
Não é diferente para mim, estamos juntos nessa.
Diferente de poucos, igual a muitos
Concordo com os outros em vários assuntos
Ente activo na prática, arrisco, por vezes petisco
Mentalidade eufórica (se respiro, logo existo)
Confesso que odeio folhear até uma revista
Livros pouco leio, cansam-me logo a vista
Sou vulgar, sou normal, sou anti-perfecionista
Mas o meu maior mal é ser um seguidista
Sou objecto de monopólio sem opinião formalizada
Como poços de petróleo (sou uma alma explorada)
Até que ando informado, embora não seja nada
O que me deixa preocupado é ter a vida automatizada
Apesar das minhas acções reflectirem as decisões
Fruto de reflexões, ainda colho desilusões
São estas situações que servem-me de licções
E despertam-me visões para ver a três dimensões
Eu insisto e persisto em tudo que cismo
Sem resultados não desisto, meu «ísmo» é o «Continuísmo»
Passivo a leitura, prático sem metodologia
Com garras e bravura enfrento a luta dia-a-dia
Não tenho cabeça dura, só não sou de teoria
Vivo a vida dura e supero-a sem anestesia
Pode até parecer loucura mas é a minha filosofia
(Da cama à sepultura, serei meu próprio guia)
Não será a literatura do Oriente, do Ocidente
Nem a sua cultura que fará a minha mente
Embora pareça miniatura perante a essa gente
Minha autonomia e envergadura
É que tornam-me excelente.
Sou responsável pelo oque eu digo ,
e pelo oque eu faço .
Não me responsabilizo por oque você entende ;
Oque você entende ou pensa de mim é problema seu .
A pior dor que alguém pode viver é ver algum ente amado partir. A impotência diante da morte é o que nos faz lembrar que somos humanos, e nos darmos conta de como a vida é frágil. Portanto, ame os seus em VIDA.
O homem que não procura aprender e se aperfeiçoar é como a criança na tenra idade, que sem bem entender a linguagem adulta aceita o que ouve pacificamente.
