Que Saudades eu tenho da Aurora da minha Vida

É saudável que, constantemente, eu me lembre da minha doença, porque ela me faz querer ainda mais a cura.

Longe de ti eu não existo, minha declaração e apenas viver e pensar em ti.

Eu só queria que alguma hora, assim sem saber exatamente porque, você batesse aqui na minha porta e perguntasse se podia ficar.

Sabe, a minha esperança foi esfaqueada, estrupada, assassinada e depois cremada... E eu peguei as cinzas dela, coloquei num potinho, e disse: VOCE AINDA EXISTE.

Eu sou autoridade máxima do meu corpo e da minha mente. Não posso exigir do outro o mesmo que quero pra mim, mas posso exigir de mim um comportamento santo e assim o outro pode seguir o mesmo passo.

Eu devo ser o clone de minha própria solidão... Do nada começo a enfraquecer, e me pergunto: pra quê eu sou conhecido?

Eu chorei por muito tempo pensando nas inumeras coisas que você jogava na minha cara
Eu me matei várias noites com a culpa que você insistia em colocar em meus ombros
Eu ainda continuava a prostituir minhas esperas, sempre correspondendo quando você me procurava.
Eu fui morrendo, cada dia em que a ti me entregava.
Eu fui tirando cada parte de você, em cada encontro.
Não sabia mais porque, mas eu continuava a insistir que queria você !
Mas eu sabia que um dia, diferente de todos eu não iria discutir como todas as outras vezes...
Eu sabia que iria dizer um até breve, ao invés de todos os Adeus convictos que insistia em dizer.
E um belo dia eu acordei ainda te amando, mas decidi que quem ama chega sem avisar.
Joga fora o calendário e o meio da semana faz estrassalhar...
Então foi nesse dia que vi, que aquele até breve sem brigas foi o melhor adeus que eu poderia lhe dar .

Minha história eu sei de co
Só não me ensinaram a ficar só
Errei bastante no nosso amor...
Era jovem, imaturo, inseguro, arredio
Joguei pela janela nosso amor
Sem ao menos perguntá-lo se queria ir
Hoje me resta a esperança de um dia
Você me deixar estar ao seu lado novamente
Talvez tentar reparar o que eu fiz
Só peço para não desistir
Não faça por mim, mas por nosso amor
Pelo que vivemos, e pelo que eu possa te dar
Sim, pelo que eu possa te dar
Porque não estou em condições de fazer exigências
Só te peço que se te fiz feliz um dia, confie em mim
Para que eu possa te recompensar
Pelo que eu te fiz
Quero pagar minha desinteligência com amor
Tente... Só mais uma vez.

Esse meu eu

Essa quase depressão
Que me segura pela mão
É culpa sua
É culpa minha
Essa fossa
É culpa nossa

Pensei em tanto pra te dizer
Mas só de ver- te
Eu me calo
Na boca com o gosto amargo do ciúme
Me retraio

E quando me pergunta com seu jeitinho
Por que eu estou tão quietinho
Quase desmaio
Em teus braços

E a dor que ainda existe
Me faz cada vez mais triste
Por não ver como mudar

Ah esse meu eu
Já que não posso entender
Cabe-me somente aprender
Sobre esse meu eu em você

Foi assim que eu morri.

Pedacinho por pedacinho.

Minha existência foi sendo destruída, dilacerada, esmagada.

Foi uma morte lenta e dolorosa.

Quando me dei conta já estava vazia; um corpo inerte, vivendo sem sentido algum.

Algo ou alguém destruiu meus sonhos e refaze-los foi impossível.

Pelo menos, ainda tenho esta caneta e este papel.

E, enquanto este texto nascia, eu fui morrendo...

Pedacinho por pedacinho.







Inerte

Cansei de ser a vitima e ter pena de mim. Agora eu faço minha história

Tudo que eu faço resume mentalmente no verbo ESCREVER.Toda ação me faz escrever um texto na minha própria cabeça,algo totalmente no automático.Escrever pra mim é uma ação involuntária como respirar.Porém,nem sempre coloco pensamentos em papéis.Eu não quero,eles são meus e a maioria eu prezo para que realmente sejam somente meus.Por isso os escondo e trapaceio.Não ache que isso é um pensamento meu totalmente explícito,por que não é.Minha cabeça não tem paredes de vidros,e sim,tenho ciumes deles.

No fundo...Mesmo no fundo da minha alma e conciência...
Eu sinto que nunca amei de verdade.

Obrigado Senhor por nos colocar limites. Se eu fizesse só metade das coisas que eu gostaria minha alma já estaria no inferno.

Eu escrevo porque cada frase, cada pensamento que passa pela minha mente, age em mim, faz de mim o que bem quer e, vooa e se vai como se nunca tivesse estado aqui!

Se eu não soubesse minha idade, acreditaria que estou perto dos quarenta...

Antes de querer calar minha voz, tente anular o que eu sou em meus pensamentos.

Eu não desisto, continuo com a cabeça erguida sempre porque eu sei que minha hora vai chegar

Minha religião é a sua cabeça.
Eu só pedi um abraço, e a sua cabeça dentro de uma caixa pra mim de presente. Obsessão não mede tempo nem limite, eu apenas queria qualquer parte dele pra dormir abraçada na cama. E com toda humildade do mundo, eu perguntei pras pessoas com os olhos vermelhos e meio enlouquecida de cabelo bagunçado e joelhos doloridos, é pedir muito a cabeça dele? Depois eu páro pra pensar na insanidade que é desejar mais ter parte de alguém do que ser inteira, e choro encolhida no canto do sofá por todas as minhas demências e neuroses. Chamando de amor a fome daquilo que eu recebi um dia como hóstia emocional, sua mão no meu cabelo no caminho do seu apartamento. Eu só pedia pra ficar mais um pouco porque tirar os olhos de você era perder a fé na vida. Nossa noite era a minha missa, e todos santos dos pôsteres de rock do seu quarto, e todos meus amigos imáginários fanáticos pelo nosso milagre, imploravam pra que eu amasse mais um pouco, enlouquecesse mais um pouco, e te crucifasse junto comigo como prova de veracidade. Eu só pedi mais uma chance, uma arma na sua cabeça em frente a sua faculdade, eu sou a próxima, meu anjo, esse é o meu final feliz. Louca de pedra, eu só quero que você me abrasse e me leve pra jantar no domingo ás oito. Mas se você não quer assim, custa muito me dar a sua cabeça?

Não se confunda com minha aparência, eu sou um personagem e eu estou em cena.