Que Saudade dos meus 15 anos
Costurei-me de um tecido blindado, mas sei me rasgar quando necessito. Conheço todos os meus remendos e costuras tortas e jogo fora o que não me serve de uso. Minhas linhas têm cerol e ferem quem tenta me quebrar, porque eu aprendi a costurar meus caminhos desde cedo."
Assinado, eu...
Papai Noel, se passar por aqui, por favor, traga uma agenda para eu marcar meus dias e quando crescer, lembrar das minhas aventuras na época do natal.
Se por alguma razão, não puder trazer este presente para mim, não tem importância, só não esqueça das crianças que esperam um sorriso nesta data tão bonita.
Sentados à mesa, há milhões de pequenos como eu, lembrando que outros tantos milhões, não possuem mesa e tampouco, o que comer.
Assinado, eu.
by/erotildes vittoria
Mornidão.
Uma das coisas que me assustam é a mornidão; a palavra em si soa estranhamente nos meus ouvidos.
Começa com uma coisa simples que cresce como um vírus contaminando todos os aspectos de sua vida.
Seu dia caminha bem e quando alguém te pergunta: “Como foi seu dia?” você responde: “normal”.
Seu dia caminha mal e quando alguém diz: “Aconteceu alguma coisa?” Você responde: “Nada, estou bem”!
Aos poucos nos tornamos imparciais em tudo que opinamos, pois não queremos que ninguém nos julgue precipitadamente por nossas crenças.
O muro vira uma constante, tentamos descer para a direita, mas a frieza dos nossos problemas nos impede.
Tentamos a esquerda, entretanto o calor da sociedade, a luta diária da sobrevivência nos repele para a zona de segurança que criamos para continuarmos no jogo sem perdas ou ganhos.
Parece que nada mais é intenso quanto já foi e o óbvio domina sua mente, não nos permitimos a buscar o ápice da nossa capacidade e muito menos afundarmos no mais profundo de nossa decadência.
Em cada olhar vejo uma chama que tem medo de se apagar, vejo também um medo intenso de queimar como uma luz que nunca se apaga.
Todos dizem: “Viva intensamente”, mas não entende o real sentido de tais palavras.
Mornidão é o abismo que te prende no limbo entre a satisfação e a insatisfação.
Não tenha medo do luar, não tenha medo do solar, não tenha medo de esquentar ou esfriar.
Pensar, opinar, lutar, amar, desejar e acreditar acima de tudo sem temer o morrer e o viver pleno.
Nesse jogo de aparências,
sempre guardo meus segredos.
Pois não tenho competência,
para expor os meus medos.
Nada no mundo me entristece,
me excita trabalhar meus medos,
o similar me enlouquece...
Me encontrei no lado avesso!
Na escuridão dos meus pensamentos
sinto a luz me sufocar não me dei desculpas
quem serviu o veneno foi teu coração
nossos pesadelos são mesmo
não acordei antes de te ver morrer
nos braços de outro e curti ver seu sangue
como nos meus sonhos gritou
ate morrer, me deu prazer
como nunca havia sentido...
meus olhos saltará de felicidade
em um prazer desigual
beber teu sangue seria irreal
os seus gritos me acordaram
de um bom seu sangue esta
vertendo com doçura de um vinho.
deixei meus extintos mais primitivos
consumir meu coração
quando vi teu espírito morrer.
Por Celso Roberto Nadilo
Eu sinto que tudo em mim se perdeu. Todos os meus sentimentos, valores e coisas boas... tudo se foi! Eu sinto a loucura que é a vida, e sinto como é ser louco por alguns instantes. E digo-te, querido leitor, é horrível!
Nem tudo que penso devo escrever, apenas alguns de meus pensamentos inusitados diários gostaria de compartilhar com vocês.
Sou um cara persistente, procuro manter o foco, luto pelos meus ideais. Troquei a palavra "sonhos" pela palavra "objetivos". Dizem que sou um homem de fé... sabe lá. Esta tem sido minha benção e minha maldição.
Medos
Meus medos afloram
Quando mais me sinto forte
Vasculham minhas gavetas
Em busca da minha fragilidade
Busco na luz de meus parâmetros
A identidade da coragem
Que sou forçada a ter
Para sobreviver
A escuridão se faz
Em pleno sol do dia
Mas a lanterna do destino
Clareia meu caminho
Finjo não sentí-los (os medos)
Enquanto eles teimam em me assombrar
É preciso ignorá-los
Cubro a cabeça...
Mas a noite escura e quente
Me faz sentir calafrios
Tento respirar bem devagar
Para eles (os medos) não me encontrarem
Meus medos afloram
Quando mais preciso ser forte
Eu finjo...finjo...finjo
E sobrevivo
(Nane-08/12/2014)
Os meus pés de frutas
Lembro da minha casa de varanda
lá pelas terras do Conforto,
onde eu brincava na rua
e minha maior preocupação
era me livrar das "correadas"
(que naquela época eram permitidas),
que minha mãe, por certo me daria
depois de mais uma traquinagem.
Era uma casa bem grande e com quintal,
onde um pé de manga e um abacateiro
também faziam morada. Mas a goiabeira...
essa morava no quintal da vizinha
e me obrigava a "trepar" no muro
para roubá-las.
Um dia...
depois de ler "O meu pé de laranja lima",
quis ser seu protagonista (amei a ideia dele)
e amarrei uma cobra(de brinquedo) no cordão.
Me julgava mais esperta que o Zezé,
só não sabia que minha mãe também o era.
Os vergões das lambadas (e não era a dança)
ornamentaram meus "gravetos" e meu bumbum
por um bom e dolorido tempo.
São tempos idos e encantadores
que de vez em quando me puxam pro passado
e me levam de volta para a minha casa de varanda
lá pelas terras do Conforto...
(Nane-09/12/2014)
Cansei de teus julgamentos
Só eu sei o que passei
Não viveu os meus momentos
Nem andou por onde andei
O sorriso que carrego
Pouco a pouco conquistei
Sou Feliz, eu não me nego
Pois o deserto atravessei
Não sei mais do meu passado
O que foi bom até guardei
O meu caminho é bem trilhado
Foi com Deus que eu sonhei
De onde vens, que trazes consigo esse
poder imenso de roubar meus sentidos
e fazer me inteiramente tua?!
Aguardo ansiosamente o fim dos meus sentimentos mútuos. Por um lado, seria ótimo poder sentir uma emoção de cada vez. Por outro, seria estranho pois, não seria eu.
O mundo em que eu vivo realmente e considerado grande, mas os meus pensamentos sao maiores dentro desse mundo....
Voz que canta a minha
Canto voz que canta a minha
Olho olhos que olham os meus.
Beijo os labios que beijam os meus.
Acaríssio as carrissias que acarríam as minhas.
Choro por quem por mim chora.
Amo quem mi ama.
Amor verdadeiro e aquele que nao espera o outro morrer para ser herdeiro.
