Quase Morto

⁠Comentaristas de futebol pensam o jogo quase tão bem quanto os próprios jogadores poderiam pensar, se dispusessem, como eles dispõem, de duas ou mais horas pra refletir sobre cada jogada, depois de assisti-las dezenas de vezes, do alto e em câmera lenta, por cinco ângulos diferentes.

⁠As vezes como um ato quase que por insistência eu sou feliz. Eu sou feliz só de sacanagem.

⁠Sim, suas palavras me feriram muito, mas ironicamente foi o seu maldito silêncio que quase me matou

⁠" É fácil ver os defeitos , mas as qualidades quase ninguém enxerga ."

⁠Tu seguravas uma linha em tuas mãos,
Um barbante simples, quase imperceptível,
Mas algo em mim pulsava, acelerava,
Uma chama ardente, algo indescritível.

Logo me vi envolto em uma teia de fios,
Um emaranhado de sutis conexões,
O algodão macio, sutil carícia aos sentidos,
Envolveu-me em laços de mil emoções.

De forma enigmática, o destino parecia sorrir,
A linha da pipa, uma flecha precisa,
Mirando direto ao âmago do existir.

Naquele momento, agarrei-me àquela linha,
Olhando para o céu, com olhos de esperança,
Senti a convicção avassaladora, tão genuína,
Que eu seria a outra metade, a nobre aliança.

Não era um simples capricho, meu amor,
Mas uma autenticidade que transborda,
Uma gentileza que emana com fervor,
Um laço que o tempo jamais desborda.

Tu, com tua linha, e eu, com meu ser,
Fundidos em uma conexão profunda,
Construindo um enredo além do que se vê,
Uma história única, sublime e fecunda.

A linha, símbolo de união e harmonia,
Tece nossa trajetória com arte e beleza,
E assim, juntos, trilhamos nossa sinfonia,
Caminhando lado a lado, em pura grandeza.

As coisas nem sempre são tão ruins quanto parecem. Mas quase sempre são.

⁠Cada pessoa enfrenta a “morte” de maneira diferente. Porém, as fases são quase as mesmas para todos.

⁠"Não confundamos a verdade essência do amor com desejos e satisfações, pois amor é quase sempre suportar o que nos faz sofrer para satisfação de outrem"

Estranho te revisitar, mas isso é algo que ainda faço, por motivos distintos, às vezes, mas quase sempre são pelos mesmo⁠s. Estranho pensar no que não passa, no que não some e nas coisas que insistem em pulsar, mesmo que o tempo não tenha sido nosso melhor amigo. Estranho ter conversas estranhas com você, estranho querer sempre mais, estranho não querer parar, embora saiba que preciso. Estranho o que não foi e mais ainda, o que ainda é.

⁠Horizonte infernal

Do ônibus eu mirava o horizonte
Ainda era outono, quase inverno
Viajar ao lado de uma janela tem esse efeito
Nos faz refletir sobre as coisas
Até então eu pensava no presente
Em como as coisas estavam indo de mal a pior
Ao olhar pela janela, com o sol já quase posto
O céu tinha um tom vermelho sangue
Onde ainda os últimos raios teimavam em permanecer
Pensei que aquela cena parecia um vislumbre da atmosfera do inferno
Do presente passei para o futuro
Mais precisamente das desgraças que estão a me esperar
Então fiquei com medo e com medo permaneci

Pessoas não são objeto de satisfação momentânea, quase ninguém quer responsabilidade afetiva, frieza de sentimentos, o medo se tornou maior que o encontro de almas...

⁠Viver sem enfrentar momentos difíceis e desafiadores é quase impossível, porém deixando de lado o vitimismo, teremos melhores condições para enfrentar a diversidade momentânea. Lembre-se você é o condutor, o resto é passageiro!

⁠Num drama ou conflito, quase sempre existirá duas versões de uma mesma história, para contar. Pois todos os lados sempre buscaram a razão e o reconhecimento, independentemente de qual seja a verdade.

⁠Quase toda noite
A hora do nosso encontro
Em nossa hora não marcada
As horas passa...
E o tempo parece que para

Amanhece o dia
O tempo passa, a nossa espera
E chega o momento por hora
Minha euforia aflora
O momento de nossa prosa sem hora

⁠As palavras rebuscadas e sinônimos eruditos geralmente são utilizados em exagero, na fala dos quase analfabetos. Pois no discurso coloquial dos letrados, é visível o uso de palavras simples e diretas com ampla e perfeita compreensão.

CEREJAS

Degustava eu um ramo delas,
Quase assim.
Uma mais vermelhas
Ainda de formas fedelhas
De polpa ruim.

Outras, matizadas de branco,
Amarelado,
E eu sou franco,
Deixei as amarelas de lado.

Algumas, de bordeaux vincado,
Mas só cor
Sem sabor
Adocicado.
Poucas mais encontrei
Doces
Ainda que maduras
Apesar de duras
Como o mel melado.

Ia a meter a última à boca
E parei.
Era mais redondinha que as outras
Mas muito vermelhinha
E tinha
Uma outra cerejinha
Pegada à sua barriguinha
Como uma mãe que acabou
De dar à luz,
E quer mostrar a filhinha
Que reluz.

Tive pena de as comer
E num rebate de consciência,
Com exemplar paciência,
Fui metê-las em terra fresquinha:
A cereja mãe e a filha,
À espera que um dia destes
Irão nascer mais cerejas
Assim,
Por mim.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-06-2023)

⁠Nos arrependemos de quase tudo, das tentativas e das renúncias. De agir, de pensar em agir, de apenas pensar em pensar em agir. Tudo nos tortura, nos consome, numa dança de incertezas e angústias.
Nossos cérebros são máquinas de tormenta, que refletem sobre o controle e a perda dele. Buscamos dominar o destino, mas percebemos que não controlamos nada, boa parte dos rumos da vida ocorrem a nossa revelia.
A vida dos que nunca existiram é uma honra enigmática e esquecida. Que maravilha nunca ter sido jogado ao vazio, e que bênção não possuir uma consciência. Somos joguetes nas mãos do destino, marionetes em um palco invisível. A única certeza é que não há resposta certa, e que todos os caminhos levam à morte.
Mas abra-se, coração, à descoberta, perca-se na reinvenção. A sabedoria é eterna aprendiz. Cada encontro, um livro novo a ser lido. Cada lágrima, uma lição, não um cicatriz. A vida é um eterno renascer. Recomece quantas vezes for necessário, pois cada renascimento é um ato de coragem, e em cada novo começo reside a oportunidade de novamente se encontrar.
Que a minha existência seja uma canção inacabada, repleta de versos entrelaçados com o divino, encontrando a eternidade em cada momento fugaz. Assim, lanço-me ao infinito, mergulhando no desconhecido, em busca da verdade que se esconde nas entrelinhas, e encontro a paz na aceitação de que nunca saberemos tudo.

⁠O tempo cura quase tudo
e o que ele não curar, eu faço questão de esquecer...
Pra não deixar de viver
coisas boas que estão pra acontecer

⁠Bem-casado né?
É um bolo,que quase todo mundo come.

⁠Dentre as muitas maneiras de prejudicar alguém, existe uma particularmente mesquinha, e que quase sempre passa despercebida: atribuir-lhe rótulos.