Quase
No princípio tudo ou quase tudo era inesgotável.
O cuidado, o carinho, atenção.
O alimento do dia a dia.
Amor.
O tempo passa e fica petrificado esse sentimento.
Não há nada ou quase nada que pode abalar.
O quase nada, se ocorrer. Será passageiro.
Momentos distantes, tempestades, raios e trovões.
Retorno e calmaria.
Nem tanto.
Notícias trágicas ou quase trágicas.
Se a morte seria melhor?
Só vivendo pra saber.
O dia vai chegar.
O amor vai continuar.
E como estaremos?
O que sentiremos?
De algo tenho certeza.
Só o amor constrói.
Se é amor, tudo passará.
Tudo continuará como sempre deveria ser.
Te amo e sempre te amarei.
E você?
Beijo
Nossa cara já está dormente de tanto apanhar. Tanto que a gente quase não sente mais nada, nem por nós mesmos, que dirá pelos outros.
Café da Manhã
Um belo domingo para um café ao ar livre. O céu azul, quase sem nuvens, revela um sol de um horário inadequado para se levantar, entretanto, é domingo!
Com o café ao leite e um grande e redondo pão-de-queijo fui buscar alento sob um enorme abacateiro em frente ao jardim, para alimentar meu desejo poético de viver.
Uma daquelas cenas cômicas que costumam desabar em série a personagens patetas em filmes de categoria B veio abarcar o poeta.
Da árvore, a sua raiz exposta no chão torna-se cadeira. No súbito movimento de sentar-me, percebi um emaranhado de teia de aranha envolta ao rosto. Enquanto desvelava com uma das mãos ocupadas, a teia sem fim, a cadela inquieta espreitava o momento de acercar-me com seu focinho apurado o meu pão-de-queijo.
Prevendo o perigo, com uma das pernas procurei espantar a cachorrinha, sem sucesso. A outra perna, uma formiga, tipo cabeçuda, fez o favor de aplicar uma picada certeira, provocando meu desequilíbrio e consequente desperdício de um pouco de café, escorrido pela perna.
Um quarto de minuto, talvez... Bastara um quarto de minuto para decidir-me pelo retorno a uma cadeira rotineira com minha xícara e pôr fim ao café, inspiravelmente desastroso.
Nunca reclame do que tens, pois tem muitos que tem bem menos ou quase nada... Conformar-se? Nunca! Buscar o melhor SEMPRE!
As vezes acho que não vou conseguir, fico a beira do abismo quase caindo, mas sempre DEUS me dar forças de levantar a cabeça e no final sempre acabo conseguindo o que quero, ainda bem!!!”
De alguma forma algo sempre acaba me levanto até você, quando quase acredito que não sinto mais a sua falta, quando estou me convencendo que não tem mais nada nesse presente que nos ligue, algo de inevitável acontece levando meus pensamentos até as lembranças tuas. Toda força que parecia presente então se transforma em uma respiração, uma longa respiração. É apenas uma foto sua, que me apareceu, em meio as fotos de amigos de amigos, e lá você está. Meu sorriso sai, involuntário.
Nesse momento, um momento tão longo que anestesia meu corpo, sua lembrança, o seu sorriso. Uma imagem, tantos pensamentos, tantos sentimentos, ainda, tantos sentimentos. Adormecidos, quase sufocados, indignados por ainda estarem por aqui.
É difícil resistir a tentação de não olhar as outras fotos, mesmo sendo difícil assumir a fraqueza, a vontade é maior. Não vai ser bom, não vai fazer bem, a expectativa em ver mais de ti, de te ver sorrir e feliz, tão longe, tão bem, tão sem mim. São sensações tão inesperadas, tão de surpresa a colocar em dúvida tantas certas, ao mesmo tempo bem como o presente, ao mesmo tempo pensando em como seria agora, você aqui.
Então vem a mente, sabe, aquelas coisas que eu gostaria de dizer, coisas que não mudam nada, coisas que eu simplesmente me imagino te dizer, coisas que você talvez nem imaginem que estão aqui. Coisas que só com o passar do tempo e com a distância consegui perceber, quanta coisa que às vezes tenho aqui, me faz por breves momentos ter uma coragem arrumar alguma desculpa para te procurar, só pra conversa, só pra contar, por contar. Dentre elas algumas desculpas. Passam tantas coisas na cabeça, tantas conversar que poderiam acontecer, são diálogos jogados ao nada. Imprevisível, somos um ao outro um pouco menos que apenas estranhos. Diferentes.
Eu, que relutava em mudar, aprendi da pior maneira que eu mudaria, que não permaneceria sempre igual, aprendi quando a distância chegou e o tempo te levou, e assim aprendi que a vida sem ti faria de mim outra pessoa, aquela pessoa que você conheceu só era o “eu” por ser parte de você.
Se um dia eu tiver a oportunidade, ao te ver, de dizer algo, seria: Sinto saudades de mim, desse eu que encontro em você.
Se me fez sorrir parabéns, você fez o que quase todo mundo faz. Se me fez chorar, parabéns, você acabou de descobrir três coisas importantes sobre mim: posso te amar, posso estar decepcionada com você ou simplesmente fez questão de me mostrar que não sou tão importante e me magoou.
Sou como um livro, as vezes estou fechado, muitos me julgam só pela capa, quase poucos observam meu conteúdo, outros só riem da metade, e só uma tem coragem de ir comigo até o final.
As mulheres dão muita bola indiretamente, é quase uma mensagem subliminar, precisa ler nas entrelinhas. Os homens que não entendem.
Eu prefiro, muitas vezes, ficar sozinha, aliás, quase sempre. Porque, infelizmente, eu não sei mais em quem confiar, todo mundo resolveu mudar e ser falso. Lógico que existem exceções, mas são poucas. As pessoas esqueceram o que é amizade verdadeira, esqueceram o que é amor. Mas eu sei que existe alguém que me ama de verdade, e eu sei que nunca vai me abandonar, ESSE SIM, me ama, que é JESUS CRISTO.
Quase todas as noites antes de dormir ela pedia a Deus "Por favor, tira de mim toda essa dor. Tira esse homem da minha vida ou coloque ele de uma vez nela." Era de dar pena tanto sofrimento... Certo dia, cansada de tanto sofrer, ela acordou decidida a tirar toda aquele amor que tanto machucava de dentro dela... pegou um papel e escreveu "amor" até encher a folha... Frente e verso. Quando acabou, suspirou e quase morreu ao perceber que nada tinha acontecido. Menina boba, não sabe ela que a melhor forma de deixar o amor ir é querendo que ele fique. O amor é como um pote de mel bem doce que a gente utiliza até o mel se esgotar .. e depois de um bom tempo, depois que o enjoo passar a gente vai lá e compra mais. Porque apesar de engordar, enjoar e te deixar diabética o mel é doce. Assim é o amor,doce. A gente enjoa mas não deixa de querer.
Todo apaixonado é meio bizarro. A outra metade é só ausência de lucidez, tenho quase certeza. Apaixonados, esqueceremos a fome, o sono, as horas do mundo. Desmentiremos a agenda lotada. Moveremos aqueles compromissos marcados cautelosa e antecipadamente. Reagendaremos as missões mais impossíveis em nome da paixão, enquanto até mesmo todo o tempo ocioso já terá dono, o pensamento no outro.
