Quase
Por quase noventa anos eu estive andando entre a minha espécie, e a sua... Todo o tempo pensando que estava bem sozinho, sem saber o que eu estava procurando. E sem encontrar nada, porque você ainda não estava viva! (Edward)
Era sábado à noite, quase verão, pela cidade havia tantos shows e peças teatrais e bares repletos e festas e pré-estreias em sessões de meia-noite e gente se encontrando e motos correndo. É tão difícil renunciar a tudo isso para permanecer no apartamento lendo, espiando pela janela a alegria alheia.
Quase perdi.
Mais aprendi que não devemos por fim a uma "vida",
por conta de uma "dor" mal resolvida.
Nada pode ser maior do que nossa capacidade de continuar a amar.
Mais...cada vez mais amar.
Quase nada é tão redundante quanto chamar uma eleição de festa democrática, num país onde o voto é obrigatório.
Amelie, agora com seus quase dezoito anos, agora sim, um número perfeito e ela também continua imperfeita. Qual é a graça de fazer tudo certo? Qual é a graça de ser perfeita? Não há graça alguma. E essa menina, que tinha olhos de ressaca, sabia de algo importante. Mesmo que a vida dela havia parado no tempo, conhecera os clichês como um bom e velho clichê dizia. "Depois da tempestade, chega o arco-íris".
E daí, Amelie? Todo mundo sabe que você adora tomar chuva.
Quase sempre que vejo um gay ele está sorrindo, deve ser isso neles que incomoda tanto algumas pessoas. Talvez elas não consigam ser felizes, mesmo estando tão "certas perante Deus".
riamos amigos quase que por acaso. Nunca sabemos onde eles estarão, mas a verdade, é que quando os encontramos, eles se tornam imprescindíveis, eles se tornam importantes, e, mesmo que eles fiquem muito tempo ausentes, eles continuarão marcados irremediavelmente presentes em nossas vidas.(
Quase sempre a beleza interior é o mais importante. Entretanto, como diria Vinicius de Moraes: "Nem só de recheio se faz um rocambole!"
"E eis que percebo - quase que como uma obviedade - que muito mais do que me expressar, me aproximar, questionar, protestar ou me libertar, escrever, em si, é a resposta mais imediata do meu coração pra todas as perguntas que eu carrego dentro de mim."
No Natal passado, eu estava muito doente e quase morri. Não conto isso às pessoas porque elas ficam estranhas. Mas acho que você não ficará estranho.
Meu (quase ex) amor
É sobre você de novo pois no momento estou com você na cabeça, mesmo já tendo passado por isso várias vezes de certa forma é diferente, sim "nada acontece duas vezes da mesma forma" mas sei que você gosta pelo jeito que olha e desvia o olhar, pelo abraço e tudo mais. infelizmente minha experiência me diz que acabou e estou fielmente e cegamente acreditando nela pois não quero me apegar a falsas ilusões de coisas que só eu vejo; quem sabe no futuro escrevo algo sobre nós dois juntos, mas minha vida por enquanto tá seguindo e sou uma pessoa melhor, por enquanto não quero ninguém de qualquer forma, estou bem tranquila.
É o "QUASE" que incomoda, que entristece, que mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel pela mania de viver no outono. Para as coisas que não podem ser mudadas, resta-nos somente a paciência, porém preferir a derrota prévia à dúvida da vitória, certamente é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Encontrar alguém todo perfeito é quase impossível mas com certeza encontra se belas criaturas harmônicas com pedacinhos de rara beleza e virtudes inestimáveis.
Às vezes, simplesmente não é a gente. Parece difícil de entender, quase como se um
bloqueio emocional nos cegasse os olhos para a realidade e colocasse todas as
nossas expectativas em um universo realmente paralelo. O timing não é o mesmo, a
vontade de dividir uma coxinha com catupiry ou os lençóis recém-comprados não é a
mesma, ou apenas o sentimento não fixou morada nos dois corações da mesma
forma. Não é inconcebível compreender a situação quando é com a sua amiga, sua
prima, ou sua colega de trabalho. Então porque é tão complicado assumir que a
pessoa que a gente gosta não consegue retribuir o sentimento?
Nenhuma negação é ao acaso, assim de surpresa. As pessoas transmitem indícios
(bem claros inclusive) de que querem fazer parte da nossa vida ou não. E ao contrário
do que muita gente pensa, muitas vezes a situação acaba com o nosso coração
partido, mas não é por maldade do outro, é porque a gente insiste em permanecer
numa relação sabendo que não existe reciprocidade. Como quando você começa a
sair com um cara ou uma garota e da sua parte foi paixão à primeira vista, enquanto
da outra é apenas uma oportunidade de te conhecer mais profundamente e sim dar
uma chance para que um sentimento bacana floresça. Pode virar um amor desses
arrebatadores, como pode não passar de alguns beijos divertidos na noite. O ponto é,
a gente sente a troca de energias e de vontades, então porque cismar com um
relacionamento que está fadado ao fracasso?
É exatamente como a Summer e o Tom, do filme 500 dias com ela. Você pode ser a
melhor companhia do mundo, a pessoa mais divertida para se sentar num boteco,
com zero frescuras, extremamente carinhosa(o), totalmente curiosa(o) entre quatro
paredes, a nora ou o genro que qualquer sogra pediu a Deus, mas simplesmente não é
você. Não é você que faz o outro revirar os olhos quando suspira a palavra amor. Não
é você que o impulsiona a pegar aquele ônibus lotado, naquele trânsito infernal, só
para te dar um beijo de boa noite. Não é você que o faz vestir de papai Noel na festa
de natal da família, só para ganhar um sorriso de bônus. Não é você que faz o mundo
dele girar do avesso, dar cambalhotas, e saltos ornamentais, todas as vezes que o
cheiro do amor no travesseiro o relembra de que existe alguém no mundo com uma
essência tão compatível com a dele. Apenas, não é você.
Duro, frio, e talvez racional demais, mas é assim que precisa ser. Quanto mais a gente
se engana, se esconde da verdade, investe em uma parceria que é completamente
unilateral, maior o nosso desgaste, maiores as nossas expectativas, e maior o tombo
semanas depois quando dermos de cara com a pessoa que a gente escolheu gostar a
todo custo, desfilando na rua com os olhos brilhando ao lado de outro alguém. Na
hora não adianta se martirizar, bancar a traída, a iludida, e se questionar o porquê de
ser ela e não você segurando aquele abraço. Estava evidente depois de uns bons
meses de encontros casuais que ele não assumiria um compromisso mais sério.
Também estava óbvio quando ela se esquivava da festa de aniversário do seu amigo
de infância ou de qualquer outro evento que significasse uma proximidade sufocante.
Você sabia, só não queria aceitar e nesse caso o sofrimento infelizmente, foi opcional.
A beleza do amor, dos encontros de alma, da reciprocidade, é justamente o fato de
serem presentes gratuitos, pequenos acasos afortunados do destino. Quando se
precisa mendigar, comprar, barganhar de qualquer forma que seja esse livre-arbítrio
de ser, estar e permanecer, toda a relação perde o propósito. Amor é muito “bate ou
não bate”. Se os sentidos se abraçaram, que sorte a de vocês! Caso contrário, uma vodca, um chocolate, e uma mesa rodeada de amigos, por favor. Por mais pessoas
que se sintam em casa no nosso ninho, e menos devaneios loucos que nos impeçam
de ver além da curva da estrada. Que as permanências sejam sempre sinceras e que
nunca nos falte sabedoria para acolher o inevitável.
“Tom: Você nunca quis ser a namorada de ninguém e agora é a esposa de alguém…
Summer: Me surpreendeu também.
Tom: Acho que nunca vou entender. Quer dizer, não faz sentido.
Summer: Só aconteceu.
Tom: É, mas é isso que não entendo. O que só aconteceu?
Summer: Só acordei um dia e soube.
Tom: Soube o quê?
Summer: O que eu nunca tive certeza com você.”*
Por menos diálogos dolorosos como este, e mais coragem de sair pela porta quando
os sinos da partida soarem. Que assim seja.
*Diálogo entre Summer e Tom no filme 500 dias com ela.
O primeiro passo quase sempre é titubeante, mas o segundo será relevante para o terceiro iniciar sua perseverança.
