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SEU RETRATO
Pendurei seu retrato
Na parede do quarto
Que é pra não esquecer
Por um único segundo
Seu sorriso, meu prazer!
E todos os momentos
Que pra ele eu olhar
Poderei silenciosamente
Seu lindo corpo apreciar.
Mesmo que virtualmente
Tocarei seu rosto, sua pele
Terei você ao meu lado.
E meu olhar oblíquo
Desejoso, apaixonado
Se revelará, transbordando
Minha vontade, meu querer
E toda vez que lhe encarar
Todo meu encanto haverá
De satisfazer meu prazer!
Cansei de morar no quarto
da saudade !
Cansei de abrigar a dor
quando o vazio
me invade !
Ainda que a paz
me diga Não ...
Estou fechando a porta
para a desilusão
E abrindo a janela da
minha alma para
a felicidade !
"Ao disciplinar uma criança,tire a bolacha e o vídeo game,e mantenha o no quarto..mas não esqueça de dar arroz e feijão ..pois a criança pode morrer de fome"
ESPELHO
Com exceção do meu relato
Exprimo uma reflexão
Que na parede do meu quarto
Guardo um fato de uma foto
Exprimindo na parede
Este teu belo retrato
Paro sempre para olhar
Paro calo o meu falar
As vezes esqueço de chorar
Para lembrar de te cantar
Tua canção favorita
As vezes lembro da Guita
Exprimida no espelho espatifado
Que é a beleza do meu quarto
A beleza do meu quarto
Meu espelho espatifado...
Exatamente as 15:58, abro a janela do meu quarto e num piscar de olhos a luz do sol invadiu tudo e a escuridão saiu correndo com medo! são nessas simples ações que tenho a certeza que para deixar a luz invadir nossa alma, temos que estar não apenas de janela aberta, mais sim de coração aberto. #SejaLuzNoMeioDaEscuridão
Tência Medeiros
E mais um vez se tranca no quarto
Sem ninguém vê, E começa a lembrar do que fez,
e o que não fez,
Neste momento deitado de bruços,
E discretamente saem lágrimas dos olhos,
penso em secar, Mas percebo que ninguém vê,
Então a represa se rompe e o rio começa a descer.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Escuto o choro de pequenos escravos
Acabaram de nascer, acho que já sabem como funciona.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Escuto os pensamentos de alguém que passa apressado
Tentando escapar de um bandido armado, destemido, temido e
Que veio o seu telefone confiscar.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Um tic-tac de um relógio que inocente insiste em marcar
Quase que me deixam surdo, quase que me deixam cego, um dia essas horas vão me levar.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Nada me anima
Nem a vida nem a morte, pois nunca escaparei,
Da sorte de estar nessa TV, que me faz atuar como fantoche,
Que me enrosca nas cordas que enforcam.
Aqui trancado no meu quarto grito para os sons que veem da rua
Lutem, busquem e não desistam não se tranquem aqui!
Eu ainda estou sozinha, aqui no quarto... e você disse que estaria sempre ao meu lado... O silêncio do telefone me perturba, sua ausência me incomoda... Sei que eu não posso, mas preferiria e até te pediria para arrancar meu coração se você for embora... Arranca meu coração, minha vida, meu sossego, minha angústia... É só o que eu te peço amor!
Sozinho em Londres. Dentro do quarto, com as portas trancadas e um pensamento positivo… Receio, tensão, cautela. Às horas passam, o sentimento vai corroendo meus pensamentos, vai se alimentando de lembranças e pisoteando meus sonhos. Lá fora o inverno chega, trazendo consigo medo e solidão. A janela bate me fazendo sentir dentro de mim um coração vazio e gelado. Ainda consigo ouvir seus passos diante a mim. Não agüento mais essa fase de espera, espera, espera… Ainda acho que o melhor remédio é chorar. Os sorrisos de plástico já não existem mais, e a felicidade feita de algodão desapareceu. Meu cigarro está no fim, meu café gelou e meu cabelo esbarra todo tempo em meus olhos. Meu lápis vai ficando sem ponta mais uma vez, mas minha mão não cansa de escrever. Ainda não entendo ao certo o que aconteceu, mas sei que aconteceu. Você se foi sem, ao menos, dizer adeus… Mas eu ainda espero-te. Vai anoitecendo e junto com o dia minhas luzes vão se apagando. Vou parar antes que a saudade volte novamente. Minha mente confia em ti, eu não mais. Sendo assim, Deixo meus últimos pensamentos positivos nesse pedaço papel.
Se paredes tem olhos e ouvidos, quando eu arrumar meu quarto vão ter cordas vocais. Para perguntar se é dia de ação de graças.
"Às vezes eu só fecho a porta do meu quarto e apago a luz, tiro o momento pra pensar em nós.Todo esse tempo só me fez acreditar ainda mais no que eu sinto por você.
É tão incrível o jeito que você tem de me fazer sempre o homem mais feliz; cada sorriso, cada beijo, cada abraço
cada olhar só faz o meu amor crescer.
Não há respostas para um amor tão grande assim, são maravilhas que você causou em mim
Cada segundo ao teu lado é o melhor eu fico assim... SEMPRE QUERENDO MAIS.
Nunca pensei que eu pudesse amar assim, ninguém me faz feliz como você me faz. É tão intenso, verdadeiro e tão bonito, que o infinito ainda é pouco pra expressar."
No escuro da noite, e a lua clareando a janela do meu quarto, eu só quero uma coisa, que você possa está aqui comigo.
O SANTO RETRATO
À minha frente,
Na parede do meu quarto,
Um crucifixo dependurado.
Faz tempo!
Muito tempo...
Numa tremenda data passada,
Que me disseram tê-lo colocado ali,
Tão visível, perceptível,
No entanto, eu ? indiferente ?
Sempre me omiti;
Só agora vi que nem o tinha notado.
Crucificado!
Jesus preso à cruz,
Com os braços abertos,
SEM NUNCA tê-los cruzados.
Jesus em meu quarto,
Há tanto tempo,
Mas, em mim, aqui comigo...?
Ah! Apenas Lhe dei a oportunidade
De estar em meus aposentos,
Pouco me importando
Com os tantos ferimentos
Que Lhe foram aplicados.
As cruéis perfurações da grande maldade,
Os cortes dos profundos machucados.
Jesus crucificado!
A sacra figura, o santificado retrato.
A imagem do grande sofrimento
DAQUELE que só falou do bem
Em seus maravilhosos ensinamentos.
O sangue, a expressão da dor,
Os pregos pontiagudos.
A coroa toda feita de espinhos
E eu, a cada dia,
Reclamando em demasia,
Somente pelo dissabor
De ter que encarar os fatos,
Que se sucedem pelo caminho.
Por ter que suplantar
Miúdas barreiras, diminutos degraus,
Pequenos obstáculos.
Jesus que eu esqueci!
Que o descaso fez com que
Eu tanto O deixasse de lado!
Não acatei as suas inigualáveis vantagens.
Não estive ?nem aí? ? e daí? - com Você
E com suas pregações, suas mensagens.
Com as divinas palavras,
Que se fazem presentes.
Que vão sendo apregoadas
Há mais de vinte séculos,
Por todos aqueles que sempre
Olham-te de frente e continuamente se salvam.
Jesus,
consciente, eu admito!
Não fui além de ter-me entregue
À insignificância, ao nada praticamente;
Permanecendo estático, inerte, distante,
Sem saldar tantas dívidas de meus tamanhos débitos.
Por isso, abro-Lhe agora,
Ainda robusto, forte, vivo,
As portas desse meu coração desamparado
Que não soube estimar
O quanto Você era e é
Indispensável, necessário, preciso.
Contudo, mesmo assim,
Talvez, só isso seja insuficiente,
Pois, quando eu tocar os vitrais do céu,
Pode ser que se ouça alguém dizer:
?Contente-se em ir a outro local
- Lá bem diferente, quente e tumultuado -.
Ao mal que você fez por merecer.
Não há como permiti-lo entrar,
Visto que seu nome não consta, aqui relacionado!?
Chorei três dias e três noites. Vó Margarida enchia meus ouvidos de algodão. O quarto era infinitamente escuro e frio e eu usava carapuça de babadinhos. Mas não durei mais do que sete dias. Mãe Rosa chorou uma lágrima meio azul, comeu uma pratada de sopa de galinha, roeu bem os ossinhos e dormiu um dia e uma noite. Então me colocaram numa caixa de sapatos, vestidinha de anjo. Enterraram-me no fundo do quintal." (Estranhos na noite, romance, 1988)
As notas musicais saindo pelo quarto escuro revelavam a menina escondida no meio da bagunça total, era assim, quase nada, quase tudo. Vivia sempre a beira de sentimentos explosivos, não por condenação, mas por vontade própria, adorava aquele gosto da adrenalina correndo em suas veias, o corpo quente, suando frio, desgastando seu fôlego, a sensação nunca foi uma das melhores, mas isso a saciava por completo. Transgredindo o sorriso que quase por momentâneas vezes aparecia, as escolhas erradas teriam arrancado o sorriso fácil de sua face, o doce que existia se tornara em algo amargo indesejoso, não fazia bem ao estômago, muito menos ao coração. As partituras recém escritas cautelosamente sobre o piano, ainda exalava o cheiro de grafite desgastado, a maçã mordida deixada de lado no canto. Os cachos completava-lhe a face corada coberta pelo sol transcendendo no ocidente, as bochechas tornando apenas manchas rosas, os olhos exaltados marcados por traços retos e obedientes. Contorcia-lhe cada vez mais, a barriga lhe causava dores imcompreendiveis, as borboletas inquietas no esconderijo, voavam para todos as cantos, queriam sair, abandonar o lugar, antes seu lar. As respostas que precisava estavam extintas, as dificuldades havia lhe ensinado algo quase raro, com papel e caneta tudo poderia ser feito, dar vida a qualquer coisa, as palavras fluíam, saiam com facilidade, sem preconceitos, sem problemas, sem defeitos. O quarto mal iluminado trazia pra si um ar de serenidade e dúvida, os raios solares batiam no vidro embaçado da janela. As vozes fracas ecoavam em sua cabeça, uma súplica, pedido de socorro, era voz em uníssono do seu coração junto com a certeza, sonhos e seus medos, era real o que estava acontecendo, pensou que louco seria se fosse ali apenas uma crônica criada entre cafés e muffins, as palavras não ditas, sem entender, as dores compactadas e guardada no coração, o sorriso meigo voltando ao seu lugar de origem, os olhos perolados claros semicerrados focava em algo, em um ponto deserto perdido pelas ruas ensolaradas. Tudo ia ficando mais claro, os pássaros voltavam a cantar pelos girassóis, as árvores fortaleciam-se com vitalidade, as delícias matinais, o sono da tarde, tudo se encaixa, não era perfeito, estava longe disso, mas pra ela, era diferente, era mágico, transitava entre formidável e magnífico. No silêncio inapto do quarto, voltou-se para as partituras, desenhando embaixo, no final da folha, uma pequena gota de lágrima, caída e perfeita, sem tristezas, apenas felicidade, assim pode ser interpretado, criado e entendido, era isso, apenas isso, completa, complexa e destemida.
Aqui,as vezes, ainda me sinto uma garotinha,mas não é o escuro do meu quarto que me assusta,já não me importo em apagar as luzes antes de ir dormir mas tenho medo de caminhar sozinha quando estiver escuro dentro de mim.
Hoje eu queria me trancar no quarto e passar o dia inteiro na cama, pensando que tudo poderia ser diferente. Hoje eu queria fugir um pouco da realidade e imaginar tudo de um jeito melhor. Hoje eu queria ficar sozinha comigo mesma e reorganizar meus sonhos e sentimentos. Hoje eu queria ser eu mesma, sem ter medo de ser criticada por isso. Hoje eu queria liberar o eu que está preso em mim. Hoje eu queria poder gritar tudo o que sinto para o mundo inteiro ouvir. Hoje eu queria ser feliz do meu jeito, sem pensar nas consequências. Mas hoje eu não posso fazer isso! Hoje me conformo com a vida que levo. Hoje eu sofro, para não fazer quem gosto sofrer. Hoje eu levo a vida de uma maneira mais fácil. Hoje eu não quero escandalizar, eu só quero paz e continuar acreditando que o Hoje que eu tanto quero, ainda vai chegar!
Que a estrela solar abra um sorriso enorme para ti, e seus raios entre pela janela do seu quarto e te dê um abraço como se fosse eu te abraçando; que você ouça os pássaros entoar as mais belas melodias e que cada uma das formas de canto, seja eu sussurrando em seu ouvido: "Amo você"
