Quanto Vale um Abraco

Descobri a fracassomania numa viagem ao Brasil, há mais de 30 anos. Toda vez que muda um governo os intelectuais brasileiros consideram que está tudo errado e é preciso começar tudo de novo.

Na maioria das vezes, deixar um bem presente por medo de um mal futuro é loucura.

Uma certa medida de orgulho é um ingrediente útil do gênio.

A um amigo não deves ofender nem a brincar.

Um sistema de legislação é sempre impotente se, paralelamente, não se criar um sistema de educação.

O destino é um educador estimável, mas é caro.

É indigno de um homem honesto servir-se dos restos de uma amizade que termina, para satisfazer um ódio que começa.

A coragem é ser ao mesmo tempo, e qualquer que seja o ofício, um prático e um filósofo.

O amor é um egoísmo a dois.

Não me digas que este problema é difícil; se não fosse difícil não seria um problema.

Quantas vezes o medo que temos de um mal nos leva a outro ainda pior.

As pessoas pedem uma crítica, mas querem apenas um elogio.

Não quero que Deus me dê nem um dia de vida a mais de que eu não possa me orgulhar.

O modo de se vestir é uma preocupação ridícula. Mas é muito ridículo para um homem não estar bem vestido.

Corremos sem preocupação para um precipício, após termos posto uma venda para o não poder ver.

Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incômodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.

É preciso folhear meia biblioteca para fazer um livro.

Às vezes um grito é melhor que uma tese.

Um tão forte perfume de virtude é suspeito.

O amor é um estado essencialmente transitório. É como uma enfermidade. Tem a sua fase de incubação, o seu período agudo, a sua declinação e a sua convalescença. É um fato reconhecido e ratificado por todos os fisiologistas das paixões.