Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa
Viva sem medos
Sonhe com olhos abertos
Ame sem porquês
Goste de quem gosta de você
Tenha personalidade própria
Tenha opinião
Se expresse
Respire, sinta a brisa leve e a tempestade
Viva o calor e o frio
O dia e a noite
Aprenda com o tempo
observe a natureza
Entenda os animais
Perceba o ciclo da vida
A ordem e a criação do universo
Seja o passado, o presente e o futuro
Acredite no que é preciso acreditar
Lute pelo que é preciso lutar
Sonhe com o que é preciso sonhar
Aprenda o significado da vida
E viva intensamente
Eu não procurei, não insisti. Contive tudo dentro de mim até que houvesse um movimento qualquer de aceitação. Quando houve cedi.
Devo, entretanto, avisar que não pretendo te esquecer nem deixar você em paz. Pode correr; pode fugir; que vou em busca de você, onde estiver.
Haviam chegado a um ponto em que verbalizar morcegos poderia arruinar tudo, mesmo que nada houvesse a ser arruinado. Mesmo que sequer houvesse morcegos.
Compreendo tudo que você diz. São coisas que me digo, também. Mas há uma diferença entre você saber intelectualmente da inutilidade das procuras, da insaciabilidade — vixe, que palavra! — do corpo e conseguir passar isso para o seu comportamento — tomar ato o que é pensamento abstrato. Os caminhos são individuais/intransferíveis.
...é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem...
E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força.
Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão.
Seria isso, então? Você só consegue dar quando não é solicitado, e quando pedem algo você foge em desespero. Como se tivesse medo de ficar mais pobre, medo de que se alcance seu centro e nesse centro exista alguma coisa que você não quer mostrar nem dar ou dividir. Contido, dissimulado, você esconde essa coisa, será assim?
Como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente.
Estou aberta e sabendo muito bem quem sou e o que pretendo sem ilusões enlouquecidas, a não ser as necessárias pra se curtir uma boa.
Foi então que eu a vi.
Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela.
Cabelo mal pintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar-comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olha a rua. Na mão direita tinha um cigarro; na esquerda, um copo de cerveja.
E chorava, ela chorava.
Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo.
Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém acho. Tão voltada para a sua própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu também não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de neon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida.
Sem o recurso dessas benditas levezas nossas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música do Caetano, uma caixa de figos.
Nota: Trecho do texto "Pálpebras de Neblina".
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