Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa
Agora estou deixando os dias passarem, não estou mais importando com banalidades, com coisinhas fúteis... Deixo que a vida se encarregue de trazer coisas boas para mim. Sem preocupações e sem desespero é assim que devemos levar a vida. Feliz.
Se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente.
E foi então que eu descobri uma coisa fantástica, talvez a mais fantástica de todas: quando a gente para de procurar desesperadamente por um amor, a gente percebe que pode amar qualquer coisa. Eu posso amar meu computador, minha rua, minhas fotos, minha empregada, o nhoque da minha mãe. Ou até mesmo uma tarde qualquer e sem grandes emoções como tantas.
Toda vez que alguém fala numa novela "vamos conversar num lugar mais tranquilo" uma formiga morre esmagada.
Errar é do homem, passear é do parisiense. No fundo, espírito penetrante, e mais pensador do que parecia.
Quando tudo era escuro, quando só existia dor,
quando não havia mais esperança,
quando não se sabia mais nada sobre coisa alguma,
os homens inventaram Deus
- e este pode ter sido o maior acerto.
Seria mais fácil, se ele fosse um estranho, de quem ela pudesse se desligar. Eles são muito diferentes. Gênios opostos, eu diria. Mas tem algo em comum. A liberdade. O desapego. O medo da entrega. Quem sabe ficando juntos encontram uma solução. Bem que podia né? Ela sempre pensou assim: “Pra ficar do meu lado tem que ser melhor que minha própria companhia. Eu tenho que admirar.” E ele me parece um pedaço daquilo que a vida tem de mais charmoso. Ela estava ficando instigada. Que mais restava àqueles dois senão, pouco a pouco, se aproximarem, se conhecerem, se misturarem? Pois foi o que aconteceu. Ela diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas, te ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente. De repente ela percebeu que o amor era o instante em que o coração fica a ponto de explodir.
O que acontece é que tem uma hora
em que ninguém mais aguenta ouvir
a gente entoar nossa sina, lamentar
nossa má sorte, procurar explicações
para o fim. É quando a gente se dá
conta de que já abusou da paciência
dos amigos, familiares, e cala.
Sofrimento cansa.
Não só cansa aquele que sofre,
mas também aqueles que o assistem.
Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais,é difícil porque o sentimento fica.
Aprendi muito cedo que o sonho é mais que a realidade. No sonho, o cruel se desfaz com a mudança de foco. É simples. É só deixar de pensar. Se a paixão não convém é só trocar a cara. Fácil de resolver. A imaginação permite retoques, mudanças constantes. De Belo Horizonte a Paris eu levo um segundo. Não pago passagem, nem tenho problema com excesso de bagagem. Eu vou leve. Esqueço as roupas, Volto pra buscar. Troco a cena. Mudo o clima. Faço vir a chuva pra dormir logo. Invoco o sol para o meu mergulho e imagino a neve para amenizar o calor. Acendo lareiras nas noites frias; encontro a promissória perdida; ganho na loteria, e divido o prêmio com os pobres. Na angústia, adio a decisão. Na agonia, antecipo o fim. Na alegria, prolongo o início.
E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam. Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo.
Não, não devia pedir mais vida. Por enquanto era perigoso. Ajoelhou-se trêmula junto da cama pois era assim que se rezava e disse baixo, severo, triste, gaguejando sua prece com um pouco de pudor: alivia a minha alma, faze com que eu sinta que Tua mão está dada à minha, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que me lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito, faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que eu como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade por mim mesma pois senão não poderei sentir que Deus me amou, faze com que eu perca o pudor de desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a minha, amém.
Não era à toa que ela entendia os que buscavam caminho. Como buscava arduamente o seu! E como hoje buscava com sofreguidão e aspereza o seu melhor modo de ser, o seu atalho, já que não ousava mais falar em caminho. Agarrava-se ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde ela fosse finalmente ela, isso só em certo momento indeterminado da prece ela sentira. Mas também sabia de uma coisa: quando estivesse mais pronta, passaria de si para os outros, o seu caminho era os outros. Quando pudesse sentir plenamente o outro estaria salvo e pensaria: eis o meu porto de chegada.
Mas antes precisava tocar em si própria, antes precisava tocar no mundo.
Porque eu me imaginava mais forte.
Talvez já esteja mais do que acidentada para ainda ter que enfrentar essa dor na carne, de verdade, sem ser apenas uma metáfora.
Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela...
O vício consistia para mim, no hábito do pecado. Ignorava que é mais difícil ceder só uma vez do que não ceder nunca.
A felicidade não era senão uma infelicidade mais ou menos bem tolerada. Todas essas teorias eu as repetia para mim porque sabia que a coragem consiste em dar razão aos fatos quando não podemos mudá-los
Ela mandou uma mensagem
dizendo que não poderia mais me encontrar.
Eu quis saber por quê,
e ela disse que seria melhor assim.
Eu perguntei se ela estava namorando,
então ela disse que sim, e que não queria cometer erros.
Confesso que fiquei um pouco triste,
mas disse que compreendia, respeitava, e torcia por ela,
afinal, ela era uma mulher em tudo especial
e merecia alguém que se dedicasse inteiramente a ela.
Eu pedi que ela não se afastasse de mim.
Ela disse que nunca ia deixar de ser a minha bebê...
Uma lágrima fugiu de meus olhos e molhou o meu rosto.
Desejei que ela pudesse ser muito feliz.
Ela não sabe,
ou talvez nunca vá acreditar,
mas eu amava,
eu lhe amava de verdade...
Minha mente tem falhado cada vez mais;
além de engolir palavras,
fato mais emblematicamente registrado
no último verso do poema VIDA.
'A vida é muito para ser insignificante'
era pra ser, na verdade, 'a vida é muito curta para ser insignificante',
mas eu engoli o 'curta' ),
e agora também estou a cometer
erros grosseiros de português
e de digitação.
Não que eu seja um defensor severo da gramática.
Definitivamente, não dou a mínima pra ela.
Mas cometer erros grosseiros tem evidenciado
que algo não está funcionando bem em minha mente.
Eu me percebo e sei bem qual o meu destino.
Provavelmente padecerei de alzheimer.
Tenho histórico de alzheimer em minha família,
e já sofri problemas graves de memória.
Então é provável que eu termine a vida
sem reconhecer meus familiares,
meus amigos, meus amores,
e seja incapaz de reconhecer ao menos um verso meu...
Mas isso é o de menos, eles nunca foram meus:
o que eu escrevo é pra vocês. :)
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