Quando Suspiro meus Tristes Ais
M'ais!
Maaaaiiissss....
Uma mãe preta invisível
Lacrimessangra sobre
O corpo visível de seu filho morto
Sujo coração foi achado
Por mais uma bala perdida
Em mais uma periferia de
Salvador Bahia.
Quando a tecnologia mostra seus dentes mAIs afIAdos, nos mostramos que tratamos pessoas, como seres humanos.
CARTA AOS NOSSOS ANCESTR(P)AIS
Pais,
Conversem com os seus filhos
Ouça-os
Eles gritam em silêncio
Consegues ouvir?
Pais,
Sejam presentes na vida dos seus filhos
Participem
Eles se anulam na multidão
Consegues perceber?
Pais,
Olhem mais para os seus filhos
Veja-os
Eles são luzes em meio à escuridão
Consegues enxergar?
Pais,
Não nos falaram sobre a vida adulta
Erramos, erramos feio
Erramos feio porque também erraram com vocês
Onde erramos?
Pais,
Esqueceram de nos falar o quanto doía voar
Voamos, choramos ao voar
E ao voar, doeu... só eu senti. Ninguém percebeu
Para onde voamos?
Pais,
Pecamos ao falar do nosso lar
Não sabíamos da imensidão do inferno que nos aguardava lá fora
Omitiram-nos essa informação
Por que não nos falaram?
Pais,
Não nos deixe morrer
Ainda somos jovens
Queremos viver
Até quando?
Pais,
Vocês deram o seu melhor
Perdoo-os para eu poder seguir
Vocês não têm culpa, nós também não temos culpa
De quem é a culpa?
Pais,
Um lugar de aconchego
Onde encontro a paz
Um lugar de amor, o meu cais
Cadê vocês, onde estás?
Pais.
*
"Enquanto você não perdoar os seus pais,
os seus ais
pelas estradas da vida vai continuar,
e cada pessoa que cruzar
o teu caminho voce vai ver os seus pais..."
*
O perdão
é libertação!
***
Será que não vê mais
Os mais do tempo
Os ais dos casos?
Que não sente mais
A mão que afaga
E apedreja outro olhar?
Não mais está no caso
Pelo ódio desprezar
O ar tirado?
*Poema do livro Anjo da Guarda, de Rafael Rodrigo Marajá.
✍️
*
"Meus ais
de tribulações,
escrevo todos a lápis,
pois
tudo que me rodeia,
é passageiro e rende poesia!"
***
Cercas inúteis
Coloquei cercas em todos os lugares
E em todos os recintos de infinitos ais.
Coloquei barricadas,
Erguidas para delimitar fronteiras.
Cimentei o solo para não brotar pavios,
Nem de sentimentos,
Nem de quaisquer lembranças.
Para não deixar entrar sequer um fio
Da luz que chegava lá do norte.
Isolei-me inteira.
Inconscientemente, criei mundos,
Submundos,
E relações complexas:
*Sorridentes
*Infelizes
*Faz de conta
*Perigosas.
Onde amarrei meu insólito burro, sempre perguntava,
Dando asas a ditados sertanejos.
Estava bem lá, o burrego,
Dentro de uma caverna sem Platão
A sugar meus ossos e de donzelas!
Estava.
Finalmente, partiu!
Hoje, indago sobre o sentido de tudo.
E me cobro uma explicação certeira
Escancarada nas pedras e na linha do tempo
transcorrido e que não via.
E, como sempre, saio ao vento
Buscando todas as respostas!
2024
Madrugada
Amada Gi...
Meu amor
Me tire pra dançar
Me leve em seus braços
Vem findar meus ais
Me conte do luar
Alegre meus porões
Embarque em meu navio
Vem conhecer meu mar
Não sei dançar um tango
Sem perder o chão
Não sei ouvir um fado
Sem sangrar paixão
Nas tramas do destino
Fiz planos de amor
Teci em desatino
Mil rendas de ilusão
Ah, a noite
Não tardou
Guardar suas estrelas
A lua retirou
Colhi de meu cabelo
A rosa que sonhei
Te dar ao fim da dança
Jurando eterno amor
"(A)doravelmente teimosa ela toda prosa que encanta com sua musicalidade,
(M)ais que especial este riso fácil aliado ao modo irreverente de brincar,
(A)nda toda prosa com o que lhe faz feliz quando manhosa não esconde o choro do que entristece,
(N)otas musicais compõe o dom que ela possui de encantar e gritar as coisas boas da vida.
(D)iante todas circunstâncias ela exclama todo talento que possui de nos cativar em liberdade.
(A)qui me despeço em um singelo verso a quem possuo muito carinho."
Ps. Para minha adorável amiga!
Amanda Gomes
Ecoam ais...
D'olhos arregalados
Inspiro ar puro e fresco
E sinto o mar lá longe
Aqui tão perto!
Sonho...
-- josecerejeirafontes
O POVO
O Povo
O Povo,
cego, surdo, mudo,
nada.
Nada aos lás e cás,
aos gozos e ais,
aos fundos e rasos,
aos menos ou mais.
O Povo,
ópio de si,
glória de outrem,
mora imerso no Mar.
Alheio à praia lotada,
perde a festa, o pulo, a luarada.
- O resto dança.
O Povo nada.
Partiram, os Tiranos,
o Povo.
Deram-lhe anéis quantos fossem os seus braços,
e tiraram-lhe a força, (o abraço)
Tiraram-lhe à força pro “regaço”.
Pobre Povo,
dos Pescadores Tiranos da Praia
Partido no Talher da jogada:
eles tirando muito
e o Povo, Tadinho, virando nada.
...
Lá, mundo de muitos mudos,
Mundo de muitos tudo,
mundo de tantos nada.
Cá, pobres obras paradas,
cofres empobrecidos
e uma hierarquia encravada:
Eles com todo o tudo,
E o povo, contudo, nada.
sua alma é feita de prazeres dos quais a dor são doces,
sinta o desejo ais profundo ele dilacera tua carne,
a dor lhe da prazer lhe delicia em lugares secretos,
seus lamentos são desejos cobertos de sensações,
o prazer esta nos seus lábios, sinuosos no medo de sentir,
volúpia a carne derrete se a cada momento de desejo.
por celso roberto nadilo
Saudade não se vê
porque embaça os olhos
e não dói
porque cala os ais.
Saudade é uma ladra:
esquece a porta
e entra por uma janela.
Saudade leva tudo,
até quem sente,
pra perto dela.
Fervilham letras derretidas dos meus ais.
Não encontro possibilidades para o desabafo.
Desfilam risos,
gritos e
latentes chamamentos.
Escrevo, por fim, uma história vazia quando risco parte de nós.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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