Quando menos Esperava Voce Aparece
Quando nossos olhos ficam embaraçados,
nada como usar os olhos dos outros
para voltar a valorizar o que é nosso.
Crônica: Aos olhos dos outros - Livro: Montanha Russa
Nossa química era tão forte, que se tornou inflamável. Quando eu vi a gente já tinha explodido e tudo tinha ido pro alto, pros lados, tava tudo esparramado e queimado, eu, você e o nosso amor.
Quando a inteligência e a bondade ou afeto são usados em conjunto, todos os atos humanos passam a ser construtivos.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
Muita cautela e igual prudência devem ter os homens quando lidam com os que enxergam não somente as coisas, mas percebem também o que se pensa.
É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói...
Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu.
A morte não nos concerne, pois quando vivemos, a morte não está aqui. E quando ela chega, não estamos mais vivos.
As quadras dele (II)
Digo pra mim quando oiço
O teu lindo riso franco,
"São seus lábios espalhabdo,
As folhas dun lírio branco..."
Perguntei às violetas
Se não tinham coração,
Se o tinham, porque 'scondidas
Na folhagem sempre estão?!
Responderam-me a chorar,
Com voz de quem muito amou:
Sabeis que dor os desfez,
Ou que traição os gelou?
Meu coração, inundado
Pela luz do teu olhar,
Dorme quieto como um lírio,
Banhado pelo luar.
Quando o ouvido vier
Teu amor amortalhar,
Quero a minha triste vida,
Na mesma cova, enterrar.
Eu sei que me tens amor,
Bem o leio no teu olhar,
O amor quando é sentido
Não se pode disfarçar.
Os olhos são indiscretos;
Revelam tudo que sentem,
Podem mentir os teus lábios,
Os olhos, esses, não mentem.
Bendita seja a desgraça,
Bendita a fatalidade,
Bendito sejam teus olhos
Onde anda a minha saudade.
Não há amor neste mundo
Como o que eu sinto por ti,
Que me ofertou a desgraça
No momento em que te vi.
O teu grande amor por mim,
Durou, no teu coração,
O espaço duma manhã,
Como a rosa da canção.
Quando falas, dizem todos:
Tem uma voz que é um encanto
Só falando, faz perder
Todo juízo a um santo.
Enquanto eu longe de ti
Ando, perdida de zelos,
Afogam-se outros olhares
Nas ondas dos teus cabelos.
Dizem-me que te não queira
Que tens, nos olhos, traição.
Ai, ensinem-me a maneira
De dar leis ao coração!
Tanto ódio e tanto amor
Na minha alma contenho;
Mas o ódio inda é maior
Que o doido amor que te tenho.
Odeio teu doce sorriso,
Odeio teu lindo olhar,
E ainda mais a minh'alma
Por tanto e tanto te amar!
Quando o teu olhar infindo
Poisa no meu, quase a medo,
Temo que alguém advinhe
O nosso casto segredo.
Logo minh'alma descansa;
Por saber que nunca alguém
Pode imaginar o fogo
Que o teu frio olhar contém.
Quem na vida tem amores
Não pode viver contente,
É sempre triste o olhar
Daquele que muito sente.
Adivinhar o mistério
Da tua alma quem me dera!
Tens nos olhos o outono,
Nos lábios a primavera...
Enquanto teus lábios cantam
Canções feitas de luar,
Soluça cheio de mágua
O teu misterioso olhar...
Com tanta contradição,
O que é que a tua alma sente?
És alegre como a aurora,
E triste como um poente...
Desabafa no meu peito
Essa amargura tão louca,
Que é tortura nos teus olhos
E riso na tua boca!
Os teus dente pequeninos
Na tua boca mimosa,
São pedacitos de neve
Dentro de um cálix de rosa.
O lindo azul do céu
E a amargura infinita
Casaram. Deles nasceu
A tua boca bendita!
Quando tudo parecia deserto, tu me trouxeste flores. Quando tudo estava escuro, tu me trouxeste a luz e as cores. Quando tudo era solidão, tu me trouxestes teu abraço amigo. Muito obrigado.
Era uma vez, no meio da floresta,
três árvores, que conversavam:
- Quando eu crescer – dizia a primeira –
quero ser transformada no berço
de um príncipe,
de um herdeiro real.
A segunda arvorezinha,
pequena aventureira,
falou:
- Eu quero ser um barco, grande e forte,
desses que singram os mares do norte,
levando tesouros e riquezas.
- E tu – perguntaram à menor delas –
nada vais ser?
- Oh! estou feliz de ser o que sou!
Quero ser sempre árvore,
no alto da montanha,
apontando para o meu Criador...
O tempo passou.
Vieram os homens,
e levaram a primeira arvorezinha.
Mas não fizeram dela
nenhum berço trabalhado.
Pelo contrário, mãos rudes a cortaram
transformando-a numa manjedoura,
onde os animais vinham comer.
E, ao ver-se ali,
no fundo da estrebaria,
a pobre árvore gemia:
- Ai de mim! tantos sonhos transformados
num simples tabuleiro de capim!
Mas, lá do Alto, uma voz chegou:
- Espera e verás
o que tenho preparado para ti.
E foi assim que,
numa bela noite de verão,
na estrebaria, uma luz brilhou,
quando alguém, se curvando sobre a manjedoura,
nela colocou um neném envolto
em faixas e paninhos.
Oh! era tão jovem a mãe,
tão lindo o pequenino,
que, se lágrimas tivesse,
teria chorado de emoção!
Principalmente, quando ouviu os anjos
e compreendeu:
- Que lindo destino o meu!
Em mim dorme mais que um príncipe,
mais que um rei – o meu Deus!
O tempo passou, passou...
Da segunda árvore a vez chegou.
Levaram-na para os lados do mar.
Mas, oh! decepção!
Nada de grande navio, nem mesmo um barco
de recreio.
Simplesmente,
humilhantemente,
um barco de pescar.
- Ai de mim!
Que foi feito dos grandes sonhos meus?
Viagens, tesouros,
alto-mar?
- Espera e verás o que tenho para ti –
a árvore pareceu ouvir,
enquanto na praia alguém acenava,
pedindo para ser transportado.
Que olhar sublime!
Que poder na voz, ao ordenar:
- Pedro, lança outra vez a tua rede ao mar!
A pesca maravilhosa aconteceu,
e o barquinho estremeceu:
Que maior tesouro poderia transportar
que o Soberano do céu,
o Senhor de toda a terra,
o próprio Dono do mar?
Mas, eis que chega a vez
da última arvorezinha,
aquela que desejara apenas
ser árvore apontando para Deus.
Havia um prenúncio de tragédia,
já na face daqueles que a foram procurar.
Eram homens taciturnos, revoltados,
que a desbarataram apressadamente,
como se o trabalho lhes causasse horror.
Levaram-na para a cidade,
cortaram-na em duas partes,
que negros pregos uniram,
dando a forma de uma cruz.
- Deus do céu! Que aconteceu comigo?
Eu, que desejei apenas ser
um marco amigo,
apontando o teu céu de luz?
Por que me transformaram nesta cruz?
Mas o consolo chegou também ali:
- Espera e verás
o que tenho preparado para ti.
Vieram os soldados,
levantaram a cruz,
e a puseram sobre os ombros
de um homem coroado.
Só que a coroa que ele trazia,
não era de ouro nem de pedrarias:
era de espinhos!
Uma horrível coroa,
que fazia cair
pelos caminhos
o sangue daquele estranho
condenado,
que não blasfemava,
não fugia,
cuja face macerada refulgia,
mesmo sob o sangue e o suor!
Mas havia uma dor maior naquela face,
mais profunda que a dos espinhos,
da carne rasgada pelos açoites,
do peso que fazia tropeçar.
Dor maior, jamais contemplada,
atravessou a cidade,
subiu o monte Calvário,
foi levantada na cruz.
Dor antiga, antes do início do mundo,
erro de todos os homens,
miséria de toda a terra,
ausência do próprio Deus.
Uma dor só entendida quando
o sublime condenado,
erguendo os olhos ao céu
e, como quem rasga a alma,
num grande brado, indagou:
- “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”
E a resposta chegou,
na terra, que escureceu,
nos mortos, que ressurgiram,
no véu do templo rasgado,
na exclamação do soldado:
“...este era o Filho de Deus!”
Naquele instante de treva,
do silêncio mais profundo,
para a árvore fez-se luz.
Ali estava seu sonho
para sempre eternizado:
para perdão dos pecados,
a partir daquele instante,
os homens se voltariam,
como único recurso,
sempre, sempre, para a cruz.
E assim entrou para a história,
com a sorte bela,
inglória,
que dupla missão encerra:
aos homens aponta o céu,
a Deus lembra a dor da terra...
Assim eu, também, Senhor,
gostaria de saber:
Por que foi que vim aqui?
Para dócil obedecer o que traçaste pra mim?
Mas, seja qual for meu destino –
berço, barco, triste cruz –
dá-me a graça, Jesus,
de em tudo compreender
que o importante é teu Plano,
a mim cumpre obedecer.
Seja berço do Menino,
todo hosana, graça e luz;
barco para teus milagres,
seja a vergonha da cruz,
o que importa é teu reino,
a tua glória, Jesus!
Quando tornar a vir a Primavera
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Quando eu morrer não chores mais por mim
Do que hás de ouvir triste sino a dobrar
Dizendo ao mundo que eu fugi enfim
Do mundo vil pra com os vermes morar.
E nem relembres, se estes versos leres,
A mão que os escreveu, pois te amo tanto
Que prefiro ver de mim te esqueceres
Do que o lembrar-me te levar ao pranto.
Se leres estas linhas, eu proclamo,
Quando eu, talvez, ao pó tenha voltado,
Nem tentes relembrar como me chamo:
Que fique o amor, como a vida, acabado.
Para que o sábio, olhando a tua dor,
Do amor não ria, depois que eu me for.
Não é mau este costume de escrever o que se pensa e o que se vê, e dizer isso mesmo quando não se vê nem pensa nada.
De me sentir sempre como me sinto quando chega a tarde. Um horário protegido pelas horas secas da manhã e frias da noite. Um horário para dormir sem ser o sono oficial e pra amar sem ser o amor oficial. Um horário não-oficial que acaba sendo mais vida do que os outros.
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