Protesto
O que tem de mal? Que o pássaro ecoe sua melodia regida pela natureza. O que tem de mal? Se a mais venenosa picada de uma cobra, é a mais singela maneira de defesa. O que tem de mal? Que a criança aprenda a se sujar de lama, e aprender coisas que a vida pode ensinar da maneira mais simples. O que tem de mal? Se a maneira que o músico encontra de repassar seus sentimentos seja nos versos doces de uma melodia. Me pergunto, questiono, desafio, critico, opino, desmancho, grito, remonto. Pergunto-me: Como será o mundo daqui a algum tempo? Desafio-me: Será que eu posso fazer alguma coisa para tentar reverter tudo isso? Critico-me: Como é que eu posso fazer alguma coisa sentado aqui? Opino: Devemos agir enquanto a tempo de transformar alguma coisa. Desmancho: Reviro todos os teus podres e mostro que tu és. Grito: Você! Seu covarde, vai ficar aí sem fazer nada? Não vai expor nenhum argumento em sua defesa? Remonto: Sabe quem é esse ser macabro? Faça suas próprias conclusões.
"Felizes dos que vivem a própria vida, mas enxergam a necessidade de lutar a favor das necessidades do vizinho, porque só assim mudaremos o mundo de forma tal que todos gozem da vida com o justo direito humanamente aceitável! "
Estou adormecido
Mas meu sonho n é eterno
Qq hr eu acordo
E saio desse inferno
Prq estou aqui?
Quem criou isso p mim?
N vejo a luz do dia
Aqui é sempre inverno.
Na vrdd eu já sei
Foi aquele homem de terno
Q come o bolo inteiro
Pra mim só o farelo.
Oh gigante adormecido
Até quando ficarás deitado
No berço esplêndido inanimado?
É td o q ele almeja
Tua inércia é a sua fortaleza!
Mas um dia irás perceber
Que de ti emana o poder
E mudaras tua conduta
Homem de terno agr escuta:
Verás q um filho teu n foge à luta!
Clamor da Pátria
Dizem que eles são,
alvo de conspiração.
Uma parte pela mídia,
outra pela oposição.
Se acomodam confortáveis,
no lugar de grande vítima.
Travam guerra contra os nossos,
tratam os seus de forma íntima.
Tome cuidado em ser descrente,
que aqui viva brava gente.
E por isso não se iluda,
Um filho meu não foge à luta.
Ouça agora o meu conselho
não se dobre de joelho.
Ao contrário tingirão
a Auriverde de Vermelho..."
Antigamente pregador de camisa suada era sinônimo de alguém que não suportava
um culto normal, pois dava o melhor de si para ver o povo se derramar.
Atualmente nem isso mais adianta, não que os pregadores estão crus é que seus
ouvintes já não sabem se estão no shopping ou na sala assistindo TV.
O político e o professor.
O político e o professor
existe uma grande diferença
um ensina e não tem valor
o outro assina só a presença
um trabalha por amor
e o outro por recompensa.
Me deixa ser louco,
me deixa ser solto.
Ser livre, amar feito um bobo.
Deixa voar nas minhas ideias,
querendo se apresentar
para várias platéias.
Cabeça nas nuvens, cabeça na lua.
Com o vento na cara,
o mundo flutua,
correndo nessa rua.
É disso que vive o criativo.
De repressão, é o maior fugitivo.
Me deixa mostrar quem eu sou,
o que eu quero passar,
por onde andei.
Não me sufoca.
Foi sobre esse caos, que lhe contei.
Arte, nunca te degradei.
Afasta de mim esse cálice,
que hoje, já não posso mais.
Hoje, é revolução, é opinião.
É o fim dessa idealização.
Por que essa arte, superou tudo
até qualquer tipo de intervenção.
Fazer carreata em automóveis confortáveis, buzinando enquanto desfruta do sistema de som e do ar-condicionado e protestando para que pessoas pobres sejam compelidas a voltar ao trabalho (não essencial) em plena pandemia, espremendo-se em trens e ônibus lotados é de uma cretinice inacreditável; típica atitude escrota de quem não dá a mínima para a vida humana.
“O nível do mar protesta, lá da linha do horizonte, as classes sociais.” Osman Matos (de seu livro, Bolhas de sabão)
Sobre os atuais protestos. Se não é decadência e perda de autonomia o que pode ser? De um lado contemplamos as "cores da liberdade e da democracia"; do outro, cores de sangue, ecos vociferando palavras sem semântica e número duvidoso de participantes.
Polarização ou Alienação?
Thiago S. Oliveira (1986 a) #th_historiador
Black Voice -Adriel B.
Não existe o conceito de justiça!
Quando só o inimigo é ouvido,
Enquanto se contorce de dor,
E se oculta o gemido do oprimido.
Os tempos trouxeram a vista,
O que outrora foi esquecido,
Voltou a estar à tona,
O problema não resolvido
Chega de ficarmos com migalhas!
Queremos nos juntar a mesa.
É hora de repararem as falhas,
Antes que o mundo de novo esqueça.
Vidas negras importam!
Gritam as ruas todas,
Desejamos de volta o destaque,
Roubados de nossos moços e moças.
Nossos braços não serão abaixados,
Manteremos nossos punhos cerrados,
Voltaremos para aquilo que nos pertence, o trono,
Que um dia retiram de nossos antepassados.
O sonho de Dr King permanece vivo ,
Esta chama jamais será apagada,
Pois não haverá a paz sem este motivo,
Almejamos a volta para “nossas casas”.
Chega de estarmos afastados!
Jogados para os guetos,
Estamos regastando,
O orgulho de ser preto.
Os açoites serão devolvidos
E virão em formas de letras.
Verão que somos evoluídos,
Lotaremos das universidades,
Todas as carteiras.
Não necessitamos de suas cotas,
Utilizadas para aliviar suas culpas,
O que foi feito não será reparado,
E lembrar fortalece nossa luta.
Cansamos de sermos enquadrados,
Fazer parte de estereótipos,
Como se pudessem identificar suspeitos,
Simplesmente pela melanina de corpos.
Chega de buscar representatividade!
Devolvam os nossos postos.
Até quando terá que ser novidade,
O preto com sucesso em seu negócio?
Não quero que meu filho deseje ser branco,
Por ver apenas isso em comercias,
Quero mostrar para ele,
O quanto nós somos legais.
Construímos esta parte do planeta,
Com preço de nosso sangue,
Não quero ver mais um irmão meu morto,
Julgado sendo chamado de mais um preto de gangue.
A high society vê os protesto assustada,
Olha que isso não é nem um por cento,
Do que ver famílias destruídas,
Quando de sua terra foram arrancadas.
Chega de opressão!
Chega de ficar calado!
Se a liberdade não vier,
E melhor dormir do que continua acordado.
Chega de vermos Floyd no chão!
Chega de João Pedro sem solução!
Chega de Arbey caído, sem ação!
Chega de Amarildo sem caixão !
Deixem viver nossos Martins,
Não calem nossos Malcon X,
O lugar é de Rosa Parks,
O que veio em protesto,
Virá também como arte.
O Diabo nas Artes cênicas é uma expressão corporal, nas Religiões um partido político Capitalista e na Política uma prática Religiosa.