Prosa Poetica Vinicius de Moraes
Tem dias que acordo atacada por uma veia poética onde sou capaz de escrever mil poemas de amor ao me sentir perdidamente apaixonada pelo indivisível...algo hipotético que acho que foi vivido em outras encarnações...daí me ponho a ouvir melodias que me fazem lembrar alguma coisa, um não sei quê...de encantamento
de misterioso...não sei dizer...talvez escrever...escrever...escrever...fechar os olhos e levitar literalmente sobre todas as palavras escritas ...talvez para anjos e arcanjos..e debruço-me sobre meus poemas, meus escritos e procuro descobrir vidas que vivi...
ou talvez pedaços de vida vivida em minha infância e adolescência que hoje me parecem tão distantes ...e que o tempo levou e não trouxe de volta...o tempo não volta!
E me vejo chorando com saudades de algum pedaço vivido amarelado pelo tempo...mas não apagado pois permanece em minha memória e meu coração!
Desse Jeito
Quem sabe, minha arrogância poética seja uma efeméride.
Torço para que seja, caso contrário não haverá razão em si.
Quem sabe, um dia, um alguém, uma possibilidade.
A possibilidade é minha inspiração.
Se de tudo não for, ainda assim, expulsei de dentro meu ver.
À mim, o alívio da angústia guardada no eu.
Aí está!
Na minha forma
Desse jeito.
EU & VOCÊ!
Sintetizando nosso laço! Somos a expressão poética da afabilidade! Fazemos parte daquele grupo de pessoas que vem colorir o mundo com sentimentos bons, trazendo para tudo que nos cerca os tons da felicidade, nos despimos da matérialidade, convidamos sem pudor alma para dançar... E às vezes, mesmo frente aos poderosos argumentos da razão, voz cala, rendida aos apelos expressivos desta cumplicidade, nosso olhar se afina ao envolvimento, uma linguagem de silêncio, conexão e entendimento, estamos vinculados, inércia dos encantados, calados sentindo acordes melodiosos, cifras magicas, despertar da emoção , magia do amor, tocadas em nosso coração.
Escalafobética:
Hoje dia da poesia quem dera fazer jus a minha veia poética
Não queria rimar amor com dor na busca da rima hipotética
Mas sim trazer na lente da memória o lampejo da poesia imagética
Talvez eu não me faça claro na escrita pela forma hermética
Talvez possam acusar minha escrita de uma coisa escalafobética
Mas se meu oficio agora foi escrever / Que tu tenhas forças pra ler
Eu registro para que se faça saber / Que o meu esforço foi pra valer
E ponto de merecer / Pois não foi fácil a busca da Fonética.
Tentativa Poética
Quando o dia clarear
Quando a flor desabrochar
Quando o tempo não existir
Quando a chuva não mais cair.
Quero ver o sol brilhar
Quero sentir o aroma no ar
Quero ter a certeza que vivi
Quero ainda seu cheiro sentir.
Pra poder te ver chegar
Em minha mão poder pegar
Olhar pra trás e sorrir
O seu gosto ainda vai estar aqui.
GOTEIRA POÉTICA
Não tem jeito.
Eu já tentei
Escorre sempre
Toda vez que percebo
Lá está ela
Respinga nas ponderações
Ou em comentários despretensiosos
São metáforas
Licenças poéticas
Brincadeiras linguísticas
E cá está ela
(Es)correndo na lentidão do tempo
Quando a tempestade aparece
Ela fica incontrolável
Essa goteira poética
Que me acompanha
De tempos em tempos
Em meu apartamento
Vestígios de uma carta poética
Não, não tentes me usar,
Pois não sou brinquedo.
Não, não tentes me manipular,
Pois não sou manipulável.
Eu sou seu pior pesadelo nesses dias de calmaria e treva.
Eu sou sua Deusa encontrada em um corpo de menina.
Eu sou sua excitação mais gostosa.
Não, não tentes me convencer de que sou um melhor, a verdade é que sou como a lua cheia de fases e você é o oposto de tudo aquilo já vi.
Não, não tentes brincar com o resto do meu coração e depois sair fora.
Eu sei é muito tentador brincar comigo,
Porém talvez seja impenetrável...
Não irei mais me afogar na minha própria solidão, estou te deixando não por egoísmo ou por não te amar, a verdade é que ainda amo-te profundamente por essa razão estou a te deixar. Espero que um dia entenda, assim como entendi o que fez comigo nesses últimos anos.
Adeus.
SURRA POÉTICA
Levei uma surra poética
Que me fez menos osso
E menos patética
Que me pôs a chorar em rimas
E soluçar em soluções salinas
Que não me fez nobre
Nem pobre
Apenas apanhei das letras
Lapidei a carne com certezas
Uma surra surreal
Que me fez pingar
Até a vela apagar
E escurecer tudo
Em pleno dia
Manhã Poética
Deu a hora agora
Sozinho em casa, depois de comprado o pão
E feito o café, água pura outrora
Senta, relaxa e pega o canecão
Gastou seus esforços em algo simples
Uma bebida quente, amarga & difícil de preparar
Depois de tentar deixá-lo mais frio
Apoiando-o no pires
Bebe um bocadinho com medo de se machucar
E se machucou
A bebida do cuidado não tomou
Queimou a língua & agora deixa-o de lado esfriando
Esqueçe-o por um momento, para esqueçer a dor
Pode ser doloroso para quem está começando
Ele pega uma arma, uma faca
Poderia ser usada para matar gente, quem diria
Nas mãos da pessoa errada
Mas está amanteigando o pão de cada dia
Se bem manuseada
No processo ele sujou a mão
Não só a mão, mas o pano, o prato e a mesa
Apenas para cortar & rechear o pão
O custo & o preço de deixar algo mais agradável
Então se lembra do canecão
Toma coragem para tentar mais uma vez
Dessa vez não sentiu dor, mas amargura
Amargura pela criação que fez
Mas ele gosta
Parece controverso, sei como se sente
Mas a bebida no canecão faz ele se sentir mais vivo
Mas ele tenta adoçar com leite
Para ser mais fácil de ingerí-lo
Amargura se toma de vez em quando
Mas quando tomado as montes
A pessoa fica viciada, viciada em uma ilusão
De culpa, tristeza & depressão
Mas ele gosta e bebe mais
Bebe demais
E no doce também não se exagera
Senão só paz, tranquilidade & alegria enxerga
E o mundo não é só paz, tranquilidade & alegria
É necessário um balanço, um equilíbrio precisaria
Então teve uma idéia
Um pouco de amargura aqui
Um pouco de doçura ali
Café com leite
Bebida da vida
POÉTICA
A poesia na rica imaginação voa
lançando à terra de um criador
no encanto de encanto povoa
o ilusório de quem é um ledor
No escrito a doce prosa entoa
o coro de fantasias ao dispor
é a ilusão que a poética doa
ao poeta que vive sonhador
Por ti, devaneio, tudo é certo
do cascalho grosseiro ao rubi
se o amor, ali, está por perto!
Por ti, inspiração: - se senti
no prazer, num leve aperto
eclodido num grato frenesi
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13, outubro, 2020, 13’13” – Triângulo Mineiro
trilha trolha nada poética
piu
...se chatear consigo próprio muito difícil nem é, constatar erros que já acertou como errôneos mas continuar a esgrimá-los com a vida é muito além de frustrante ou até depressivo, é vestir uma camisa de força número zero e querer escovar os dentes...
...pois é, a trilha é uma trolha mas não tem como escolher, a trilha, somente se vai ou fica...observar adianta???
UM TALVEZ nem CABE...mas que não desabem os céus sobre nossas cabeças........
Minha mensagem hoje não será nada poética, falarei sério sobre um assunto que me incomoda muito...
Quero dizer que Cristo deu a vida por todos e para salvar todos,
Que todos nós somos pecadores, ainda que evitemos o pecado,
Que para Deus não existe tamanho de pecado, mas, para o homem esse pecado é medido pelo seu próprio preconceito.
E pré conceito é um conceito inadequado sobre aquilo que você não conhece...
Eu digo à todos aqui, Gente é gente, pessoas são Almas e eu Amo todas, independente do que elas estão fazendo agora...
O Senhor Jesus é Amor, é assim que Ele ganhava as pessoas e eu sigo Ele, então assim tratarei, Amo à todos, que meu Deus os abençoe, saibam todos Ele ama vocês, independente do que estão fazendo agora, fale com Ele e Ele te ouvirá e se apresentará à você, se você realmente tem o desejo de O conhecer!!!!
MORTE POÉTICA - Allana Verena
somos humanos e com mil guerras por dentro, cada dia uma luta, uma morte poética
cada dia eu perco um pedaço de mim nessa luta, cada dia eu morro diferente e acordo de novo, a gente vive alimentando uma chama no peito, uma esperança fugida de que as coisas sempre vão da um jeito de melhorarem que minha chama apague, eu vivo saindo dos trilhos como um trem desgovernado, mas no final é isso que é a vida, é está bem em uma hora, e desabando na outra
POÉTICA POESIA
O meu romantismo na quantia
Seja trovando só, sem escolher
Com o amor pouco no conviver
Venha do afeto, agrado e fantasia
A esses versos leia quem quiser
Chore, esbraveje, ou até sorria
Mas não me venha com ironia
Prover, sem da paixão ter saber
A outros a chance de o prazer
Tem, e que seja de harmonia
Pra não ser de tristura ao ler
E assim, a magia seja pro dia
O encanto na noite então ter
Numa variegada poética poesia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
*Viagem poética*
Que doçura!
Um poeta na sua fartura
de palavras e fantasia,
nos leva a passear em novos horizontes,
onde flores se transformam em amizades!
A cada passo no meio da paisagem,
o poeta enriquece a sua linguagem,
olhando o céu, ele viaja em nuvens,
fazendo delas seu meio de transporte,
e nestas viagens
ele contorna tudo do Sul ao Norte,
sem previsão de volta.
Saudade
Minha saudade tem a leveza poética de um solfejo de ninar lembranças. Tem o cheiro adocicado das memórias que como uma fruta madura pende na árvore do tempo.
Minha saudade tem a tristeza de um olhar que ficou preso nas paredes frias do tempo, de um sentimento que emudeceu antes de se transformar em voz. Minha saudade tem o silente som de quem sorriu para esconder a dor da perda, tem a cor de chumbo da ausência. Minha saudade tem a profundidade de uma lágrima enraizada no solo deserto da alma, emaranhada ao delicado fio azul da nostalgia.
Minha saudade é simples e entre tantas outras saudades tem o silêncio ensurdecedor da solidão.
Gênese Poética
Cada poema de um escritor é como um filho que foi gestado com carinho em seu sagrado ventre poético. Às vezes, o processo de gestação é demorado, outras vezes não. Quase sempre o parto é natural e sem nenhuma dor. No instante do nascimento, se cria um vínculo emocional eterno entre o poema e o seu autor. Vínculo este que nem o tempo desfaz. Depois de parir, a escolha do nome é um dos momentos mais emocionantes, seguido do registro em seu nome. Como toda mãe zelosa, um escritor não admite que toque em seus filhos. Se quiser arrumar briga com ele, pelas próximas dez encarnações, basta tocar em um fio de cabelo do seu filho. Então, não tente tomar para si um poema dele.
Sabe !
Sei ou não sei, é uma reflexão poética, um paradoxo em que me questiono, fui beber na fonte de grandes pensadores da história universal, Sócrates “só sei que nada sei” é como dizer não acredito naquilo que eu não sei, já Platão no mito da caverna nos leva a abandonar ilusões e buscar o mundo da luz, da razão e da realidade, aí vem Descartes com o pensamento cartesiano, que se pauta exclusivamente na razão “penso logo existo” pensar dá consciência de si próprio, e Kant com a consciência da própria intuição, e aí vem Shakespeare “ser ou não ser eis a questão.” Esses amplos questionamentos existências levaram-me a refletir sobre “ser” “sou” “estou” e “entre ser ou não ser eu sou” mas, por vezes me encontro no “estou” sabendo e entendendo que cada um de nós experimenta e senti o mundo de forma individual.
j.j.clemente. <~j.j~>
Mistérios
Inexplicáveis
Versos de uma alma poética.
Corro contra o tempo,
Com o veleiro no mar sou um velejador sonhador.
Insisto!
Mudo a direção do tempo talvez;
Ventos que me levam sem direção,
Maltratando ainda mais meus tormentos.
Permito-me olhar o horizonte que me espera.
Atordoado eu fico.
Mistérios?
São mais que mistérios.
Infinita inspiração agrupada e encaixotada que exploram o meu olhar,
Faz toda a diferença na hora certa ou errada.
Aquelas cores mariscas do gráfico no azul do mar, se destacam no quadro imaginário.
Cada verso inspirado e escrito agradece ao Poeta que não narra sua obra.
Âncoras me seguram,
travado assim, um antagonismo com o velejador.
Desabafo impiedoso, que boca nenhuma seria capaz de narrar.
Presente do tempo, presente do destino, uma vida a deriva, para não mais parar
de navegar....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Hoje sou
Hoje sou um mero refrão,
Hoje sou uma Poética sinfonia em dores.
Hoje sou um poema que delira com uma canção.
Hoje sou um alfabeto desinformado.
Hoje sou uma frase inacabada.
Aquela que eu amo nunca me notou.
Coletei e investi nas palavras mais bonitas...
Umas encantadoras,
Outras tão coloridas que chorei
Escrevendo fiquei sem inspiração.
Resta-me agora ficar em silêncio...
Pensar não é a saída.
Tão longe de mim ela está...
Tudo não passou de versos sofridos,
Que chorando, nem direito escrevi...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
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