Prosa Poetica Vinicius de Moraes
Todo dia, é dia de aprender alguma coisa! Há os de compreender que viver é reunir a delicada combinação de responsabilidade em não ferir e de aceitação de que nem tudo pode ser como se sonha ou se deseja. No mais, é permitir que o Universo cuide dos detalhes e se permitir estar, se não feliz, contente com a vida e com os caminhos que se trilha, visto que felicidade extrema é coisa para quem vive fora da realidade dos dias. Cika Parolin
Não terá ocorrido que sejamos, nós mesmos, os infortunados anjos caídos, aqueles que Miguel, o arcanjo, e o próprio Deus expulsaram do Reino dos Céus, e que a roda de Samsara, ou seja, a Terra, seja uma espécie de cárcere destinado a conter os nossos espíritos rebeldes, condenados a reencarnar em múltiplas existências, até o dia do Juízo Final, quando então seremos julgados por nossos atos?
Certos indivíduos, imbuídos de uma visão permissiva e licenciosa, empregam o termo 'salvando casamento' para descrever aqueles arranjos conjugais que se desviam das normas tradicionais da decência e da moralidade. Tais arranjos, muitas vezes, envolvem uma abordagem mais lasciva em relação às convenções da fidelidade e da monogamia, e podem ser vistos como uma forma de degradação dos papéis e das expectativas dentro do casamento, à luz das mudanças sociais e culturais da época.
A expressão 'salvando casamento' é frequentemente utilizada por aqueles que defendem uma abordagem mais libertina e hedonista em relação às relações conjugais, e que buscam desafiar as convenções tradicionais da moralidade e da decência. No entanto, é importante reconhecer que tais arranjos podem ser objeto de crítica e condenação, e que diferentes perspectivas podem ser trazidas à tona em relação à sua validade e significado, à luz da ética e da moralidade da época.
APRENDIZADO PELA DOR
Não se cobra, não se exige qualquer tipo de sentimento.
A Vida já me vinha ministrando esse ensinamento.
Todavia, não fui bom discípulo,
Repeti a lição, mais que o triplo.
E a Mestra de todos os viventes
É especialista em didática,
Para cada discípulo, coloca um método em prática.
Para os discípulos várias vezes repetentes,
Ela usa o método “chorar e ranger os dentes.”
Nunca exigi amor de uma mulher
Ou de outra pessoa qualquer;
O mais nobre dos sentimentos
Não é para um Ser pobre de sentimentos.
Mas, quando, a alguém dedicava amizade,
Exigia retorno na mesma intensidade.
Tive de perder boas amizades,
Afastar de mim, pessoas especiais de verdade,
Para aprender que não se exige sentimentos,
Nenhum tipo de sentimento;
Eles são livres como o vento,
Que “sopra onde quer.”
Tão grande foi a dor que senti,
Na última lição que vivi:
Valeu-me como Exame Final;
Agora é Saber indelével em meu cabedal
SER INEXPLICÁVEL
Sou como sou, porque,
um pouco:
A Vida me lapidou.
Um pouco:
Meu sangue herdou.
Um pouco:
O meio, a época marcou.
Um pouco:
A evolução se realizou.
Um pouco:
É o que se estagnou.
Um pouco:
Nunca se explicou.
Um pouco:
Minha livre escolha optou.
Falou, falou,...
E nada explicou.
Afinal, por que sou
O que sou?
Por que sou
como sou?
INESGOTÁVEL RESERVATÓRIO
Quando pensamos ter perdido tudo,
As mais importantes situações vivido,
Ter saboreado o que há de mais delicioso,
Ter conhecido as pessoas mais interessantes,
Ter encontrado o amor perfeito, o melhor amigo...
Ter sentido o maior prazer
Eis que a Vida nos surpreende
Com momentos, coisas, pessoas... inimagináveis.
Ocorra o que ocorrer, quantas vezes ocorrer,
Dure quanto durar, perca o que perder,
Aprenda o que aprender, ganhe o que ganhar;
A Vida tem cada vez mais a nos doar.
Aliás, quando pensamos ter vivido os piores momentos,
A Vida pode nos surpreender com atrozes sofrimentos.
Porém, ouvi dizer: a Lei da Vida estabelece
Que se multiplique o Bem
E que vá desaparecendo o Mal.
“Assim como a escuridão é ausência de luz;
O Mal é a ausência do Bem.”
O VALOR DA AMIZADE
Rejeita-se a amizade de um cão?
De um pobre coitado que lhe oferta a mais pura dedicação?
Pois então, imagina como fica um humano coração,
Se alguém lhe dispensa a amizade carinhosamente ofertada,
Como se os mais puros sentimentos fossem nada.
Entendam, agora, o porquê da negra sombra
Que caiu sobre mim, tornando meu semblante pesado,
Apagando o brilho que em meus olhos era notado,
Transformando meus lábios em pedra,
Que não riem, pois só a tristeza medra.
Pessoas rudes, presas à satisfação imediata dos sentidos,
Bradam: Tudo isso por uma amizade? Duvido!
- Isso é amor não correspondido.
Por fim, o bronco terá pronunciado, despercebido,
Uma grande verdade.
Pois, o amor de uma amizade tem a essência da fraternidade,
Nobre sentimento, com o qual Jesus
Determinado e corajoso submeteu-se à cruz,
Por amor fraterno à ingrata humanidade.
Mas ainda é rara exceção,
Aquele cuja humana condição
Diferencia o que vem da alma,
Do que é apenas sensualidade.
Ó Deus, permita-me usar mais a razão,
Pois estou à mercê do meu coração,
Que, ferido, precisa de paz e calma.
DESENCANTO
Meu quarto outrora,
Habitava sonhos encantados – hoje,
Pesadelos (sombras de sonhos não realizados)
São meus anfitriões, aguardando-me
No limiar do meu sono de desencanto.
Meus pensamentos, que outrora
Deslizavam audazes e intrépidos
Através de minha boca,
Hoje se recolhem e só viajam
Por suas confidentes estradas secretas.
O que me constitui transformou-se
Numa silenciosa montanha
Aguardando a passagem do tempo,
Na certeza de que forças ocultas corroem-lhe a base,
Preparando-lhe a queda final.
O que guardo de belo em mim
São flores de cacto na aridez
Do deserto em que me tornei,
Castigado por “fenômenos climáticos”
Das minhas experiências de vida.
O que ainda me alenta
É a possibilidade de ter sido inventado,
E vivido e sofrido e usado,
Por um engenhoso e mágico inventor
Que saiba e queira e recicle
Os farrapos que sobraram de mim,
Quiçá até queira dar brilho novo
À luz que outrora
Fulgurava em meus olhos
HOJE EU ME LEMBREI...*
Hoje eu me lembrei...
Que não sou branco, negro, amarelo ou vermelho.
Eu Sou um cidadão do universo, no momento, estagiando como Ser humano na escola terrestre.
Hoje eu me lembrei...
Que não sou homem ou mulher, nem alto ou baixo.
Eu Sou uma consciência oriunda do plano extrafísico, uma centelha vital do Todo** que está em tudo!
Hoje eu me lembrei...
Que tenho a cor da Luz, pois vim das estrelas.
E eu sei que o meu tempo aqui na Terra é valioso para minha evolução.
Hoje eu me lembrei...
Que não há nenhuma religião acima da verdade.
E que o Divino pode se manifestar em miríades de formas diferentes.
Hoje eu me lembrei...
Que só se escuta a música das esferas com o coração.
E que nada pode me separar do “Amor Maior Que Governa a Existência”.
Hoje eu me lembrei...
Que espiritualidade não é um lugar, ou grupo ou doutrina.
Na verdade, é um estado de Consciência do Ser.
Hoje eu me lembrei...
Que ninguém compra Discernimento ou Amor.
E que não há progresso consciencial verdadeiro se não houver esforço na jornada de cada um.
Hoje eu me lembrei...
Que o dia em que nasci não foi feriado na Terra.
E no dia em que eu partir, também não será!
Hoje eu me lembrei...
Que tudo aquilo que eu penso e sinto se reflete na minha aura***.
E que minhas energias me revelam por inteiro (logo, preciso crescer muito, para melhorar a Luz em mim).
Hoje eu me lembrei...
Que não vim de férias para o mundo.
Na verdade, vim para aprender e trabalhar (e também para vencer a mim mesmo nas lides da vida).
Hoje eu me lembrei...
Que não sou o centro do universo e que, sem a Luz, eu não sou nada!
Sem Amor, o meu coração fica seco... e sem a espiritualidade, o meu viver perde o sentido.
Hoje eu me lembrei...
Que os guias espirituais**** não são minhas babás extrafísicas.
Eles são meus amigos de fé e trabalho...
Hoje eu me lembrei...
Que ninguém sabe tudo e que conhecimento não é sabedoria.
Todos nós somos professores e alunos uns dos outros.
Hoje eu me lembrei...
Que não nasço nem morro, só entro e saio dos corpos perecíveis ao longo da evolução.
Não posso ser enterrado ou cremado, pois sou um espírito (ah, eu sou sim!).
Hoje eu me lembrei...
Que viver não é só para comer, beber, dormir, copular e morrer sem sentido algum.
Viver é muito mais: é também pensar, sentir e viajar de estrela em estrela, sempre aprendendo.
Hoje eu me lembrei...
Que de nada vale a uma pessoa ganhar o mundo se ela perder sua alma.
E que o mal que me faz mal, não é o mal que me fazem, mas, sim, o mal que eu acalento em meu coração.
Hoje eu me lembrei...
Que eu sou mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
E que eu, o apresentador desse programa, e vocês, os ouvintes dessa viagem espiritual, somos todos um!
Hoje eu me lembrei...
Que, sem Amor, ninguém segue.
E que o meu mantra se resume numa só palavra: Gratidão!
- Wagner Borges - sempre neófito do Todo.
São Paulo, 5 de julho de 2015.
- Notas:
* Esse texto foi escrito dentro dos estúdios da Rádio Mundial de São Paulo - 95.7 FM - um pouco antes do início do programa Viagem Espiritual (apresentado todos os domingos, das 12h30min às 13h), e, em seguida, lido para os ouvintes.
** O Todo - expressão hermética para designar o Poder Absoluto que está em tudo. O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
*** Aura – do latim, aura - sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.
**** Guias espirituais – entidades extrafísicas e positivas que ajudam na evolução de todos, mentores extrafísicos; protetores astrais; auxiliares invisíveis; guardiões astrais; benfeitores espirituais.
***** Mantra – do sânscrito – palavra oriunda de manas: mente; e tra: controle; liberação – Literalmente, significa "Controle ou liberação da mente".
Determinadas palavras evocam uma atmosfera superior que facilita a concentração da mente e a entrada em estados alterados de consciência. Os mantras são palavras dotadas de particular vibração espiritual, sintonizadas com padrões vibracionais elevados. São análogos às palavras-senhas iniciáticas que ligam os iniciados aos planos superiores.
Pode-se dizer que os mantras são as palavras de poder evocativas de energias superiores. Como as palavras são apenas a exteriorização dos pensamentos revestidos de ondas sonoras, pode-se dizer também que os mantras são expressões da própria mente sintonizada em outros planos de manifestação.
Série Cartas: Carta Dois – Às Claras!
Às Claras!
Meu amor estou aqui de novo, escrevendo alguns rabiscos, onde expresso meus sentimentos, pois um amor não se mede com fita métrica, nem com a duração, muito menos com declarações no facebook e sim pelas dificuldades que nós enfrentamos para ficarmos juntos. Um amor verdadeiro é aquele que a outra pessoa fica feliz e radiante, pelo simples fato de ver a outra feliz.
Quero expor sobre esse pedaço de papel rasurado que mil vezes tentei esquecer-te, mas no fim... mil vezes desejei-te tê-la só para mim. Só que uma pergunta me fiz durante nossas discussões: - “Será que vale a pena discutir por bobagem?” Às vezes me repito por diversas vezes que eu a amo para poder dizer pro mundo que eu faço parte de uma maioria que está comprometida... mas isso não vem ao caso. O caso é que já é um fato consumado que estamos bem e felizes ao ponto de querermos viver sob o mesmo teto, dividir as mesmas alegrias e as mesmas preocupações e assim ficar velhinhos um do lado do outro para o resto da vida.
Te amo e não escondo isso, porque eu quero que o mundo saiba que você está aqui ao meu lado. Ah, e me desculpe se eu disse algo que veio a ferir seus mais sinceros sentimentos, não foi a intenção, pois tudo o que faço é para te ver alegre por me ter ao seu lado. Prometo que um dia eu conseguirei suprir todas as tuas angústias e sofrimentos e farei-te esquecer qualquer coisa que te lembre a este passado tão remoto e que ainda se faz presente na sua vida.
Estou aqui escrevendo esta humilde carta expondo meus mais puros e claros sentimentos para você entender que o que eu sinto por você não tem explicação e me deixa sem palavras para terminá-la, então só resta-me dizer que eu a amo mais que tudo e nunca a deixarei só.
Sempre teu,
Amadeu.
AMAR É ....que saudades do romantismo !Agora só dá Smartphone !
CRÔNICA DA VIDA VIRTUAL 1
autor: Gilberto Braga
AONDE FORAM PARAR O AMOR, O ROMANTISMO ....?
Na lua de mel ...não se larga o smartphone...o tablet...o Note...
E enquanto isso....o romantismo..o amor....o namoro...tudo trocado por essas malditas teclas !
Que pena !
Não se namora mais, apenas se: curte ...compartilha....adiciona ....
Que falta de criatividade!
Larga esse celular gente !!!
Se namora por celular...se casam pelo smartphone !!!
Caramba !!
Bons tempos do : AMAR É ....que não voltam mais !
LIÇÕES PROVERBIAIS
Chega de choradeira...
“Não adianta chorar o leite derramado.”
Se um projeto fracassou,
A Vida outro já lhe planejou.
Se o tempo difícil não passa,
Tenha coragem, mostre sua raça.
“Água mole em pedra dura...”
Se seu amor o abandonou,
“Amor não abandona, protege.”
E você não sabe o que a Vida para ti elege.
Se você foi traído por um amigo,
“Amigo não trai amigo.”
Você se livrou de um astuto inimigo.
“Quem com ferro fere,...”
Se você está sentindo solidão:
Solidão não mata; fortalece o coraçãorpreendente.
E, como diz a sabedoria popular:
“O que passou, passou.” “Bola pra frente.”
A Vida é surpreendente,
E reserva muitas surpresas para a gente.
POEMAS LEVEDADOS
Faço poemas
Como se faz pão caseiro:
A massa tem de ser misturada,
Atritada, homogeneizada, levedada.
Os ingredientes que formam
A “massa” de meus poemas
São: meus pensamentos, minha emoções,
E minhas sensações.
Dois “recipientes” básicos são usados
Na preparação de meus poemas:
Minha mente e meu coração.
O processo de levedura
- Como no pão caseiro –
Às vezes é demorado,
Depende das “condições climáticas”:
Quanto mais quente melhor.
Só escrevo poema
Sob pressão e calor.
A mente e o coração
Têm de estar em ebulição.
Às vezes, como no pão caseiro,
Meus poemas saem meio puxados
No “sal e/ou no açúcar”;
É que, já me disseram,
Sou um tanto quanto exagerado
Ao expressar meus sentimentos.
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
DEUSA DA MINHA NATUREZA
Quando a vi – na hora,
Pensei: Ah! Se ela me quisesse agora!
Como o mito de Zéfiro e Flora,
De bruto que sou,
Eu me transformaria
Em suave brisa d’aurora.
Mas, diferentemente do mito de outrora,
Só eu me encantei por minha deusa Flora,
Ela nem me percebeu –
Passou e foi-se embora.
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
É só hoje
Não tem importância, é só hoje;
Amanhã o Sol vai brilhar e aquecer,
Enquanto esta agonia de mim foge,
Prometo que não voltarei a entristecer.
Sim, é só hoje que cai neve.
Amanhã o Sol brilhará com fulgor
Iluminando nossas almas ao de leve
Como se fosse a abertura duma flor.
É só hoje, e vai passar depressa
Este frio danado que nos fere a alma.
Esperemos que o vento não se esqueça
De mudar para o quadrante da calma.
Hoje cai chuva, e bem grossa.
Amanhã soprará uma brisa morna
Para compensar esta amargura bem nossa
Que este Inverno bem malditos nos torna.
Sim! amanhã, amanhã será o dia
Em que o Sol vai brilhar e aquecer,
Suave, o perfume das flores irradia
Nestas encostas e vales, quando o Sol nascer.
Amanhã é o dia reservado ao Amor,
E a fragrância das flores confunde-se na maresia.
Amemo-nos pois, e com todo o ardor.
Que felizes seremos, sim amanhã é o Dia.
...EM QUE HAVERÁ MAIS CALOR...
DOR NO CORPO E NA ALMA
Mais uma noite de insônia,
Uma noite comprida,
Uma noite doída,
Afirmo sem cerimônia!
É que as horas não passam
E a mente e a alma não cansam!
Dói o corpo extenuado, cansado
De tanto virar na cama
De um lado pro outro lado.
Dói a alma - o tempo parado,
Como um mágico cruel,
Traz-me à lembrança o ser amado
Deixando-me o gosto amargo de fel
Por ter e não ter quem amo e me ama:
Só a tenho na lembrança – que a chama!
Mas a quero em meus braços – na cama!!
INVERNO: ESPERANÇA E TRISTEZA
Todo ano, quando chega o inverno,
Vem-me à memória o inverno anterior!
Ou melhor, vem à memória a esperança
E o desejo que sinto todo ano – no inverno,
De não estar sozinho no inverno posterior!
Ano após ano, o inverno cada vez mais frio,
E minha esperança e meu desejo – não se cumpriu!
Fico a sonhar como seria uma noite de inverno
Sentindo o aconchego da pessoa amada,
Com ela abraçado, sentido o frio vento na face,
E o calor do amor aquecendo a alma – apenas sonho!
Não sei por que, no inverno, sinto tanta solidão.
É como se fosse saudades de um distante inverno,
No qual fui muito feliz por dormir aconchegado
Nos braços de quem muito hei amado!
Solidão e saudades de alguém que perdi
Num distante passado – mas que esta aqui,
Dentro do meu coração triste e magoado!
Quando se aproxima o inverno, dentro de mim, hiberno!
Fico introspectivo, em meio à tristeza, uma esperança acesa:
Este ano não estarei só, encontrarei minha amada, com certeza,
E dormirei com ela abraçado, esquecerei os invernos passados,
Finalmente serei feliz, terei meu sonho realizado!
Mas, como já estou acostumado – mais um inverno só – meu fado!
E começa em minh’alma esperançosa o sonho do próximo inverno,
Passo o ano acalentado desejo de, com meu amor, dormir abraçado!
Este ano, frio inverno, olho no espelho, dizem-me, minhas cãs brancas
Que o tempo voa, que solidão é o preço que pagarei nesta encarnação!
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