Prosa Poetica
O quintal é onde se leva o íntimo,
Onde sentimos as vibrações,
A diversidade poética dos aromas
O remédio e cura e
O fim dos sintomas…
Quem lhe apresenta o quintal,
Já lhe entregou tudo,
Até os animais exóticos de estimação
Já lhe entregou as raízes e o coração.
DE UMA POÉTICA REVESTIDO (soneto)
Eu finco em tributo este soneto enamorado
Pra ti! pra que tenhas as altas homenagens
Em cada versar. Sentimentos e mensagens
De doce paixão... em cada verso inspirado
Os olhares e sussurros no soneto enlaçado
Achegado. Incide no rimar com metragens
De sensação e emoção, em tão sãos itens
Refletindo da alma cá neste verso poetado
É amor que no meu peito paces, entoando
Cânticos de encantos e momento divertido
Vibrando a emoção e a ternura ressoando:
Tu és o meu amor e também o meu sentido
Onde os meus versos vão, então, banhando
De uma poética e de uma poética revestido.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 janeiro, 2025, 15’47” – Araguari, MG
Consulta Poética.
Bom, pelos seus relatos…
receito um soneto aos amores solitários
dipirona não resolveria o caso
então comecemos pelo dicionário
Vejamos… perdido? não, está aqui.
Quem sabe… Isolado? talvez, está só, também.
E se… Sim, esse! Poesia, a melhor definição
chama o médico que acabou o plantão.
E atrás da receita tem meu cartão
me chame se precisar… quem sabe
de instruções para sua nova criação
até mais, assinado: Paixão.
“O Universo Ainda Sonha”
— Uma meditação poética em escala quântica
Sou feito de quase.
De talvez.
De não ainda.
Sou partícula que hesita,
onda que se dobra sobre si,
possibilidade que respira
antes de ser.
O universo não é sólido.
É uma canção suspensa
num campo invisível.
Cada átomo vibra —
não como certeza,
mas como desejo.
O tempo?
Não corre em linha.
Ele espirala.
Há instantes que existem
em superposição:
passado e futuro
emaranhados
no mesmo agora.
O que você lembra
ainda está acontecendo
em alguma dobra do tecido cósmico.
O espaço?
Não separa.
Disfarça.
O que ocorre em ti
reverbera em mim.
Choram estrelas que ainda não nasceram
nos olhos de quem agora duvida.
Chama-se entrelaçamento —
ou talvez,
aliança sutil.
A luz me ensina contradição.
Ela é partícula,
ela é onda.
É uma e muitas.
É presença e ausência.
É o verbo e o silêncio.
Eu também.
Sou sólido para quem me toca,
mas dissolvo-me
quando ninguém está olhando.
Heisenberg sorri no escuro:
“Não podes saber tudo.”
Quanto mais miras meu lugar,
menos sabes meu ritmo.
A vida, então, é incerteza sagrada.
O conhecimento,
um afeto que se contenta em não fechar a equação.
O observador cria o mundo.
A função de onda —
esse poema cósmico de possibilidades —
colapsa
quando você decide olhar.
Não é o mundo que acontece.
É o olhar que o inaugura.
Talvez a realidade inteira
seja tímida.
E só exista
quando encontra atenção amorosa.
No vácuo, há dança.
Mesmo no nada,
há flutuações.
O vazio é fértil.
É berçário de energia.
É o escuro onde o universo
ensaiou seu primeiro choro.
Talvez tudo tenha começado
com um sussurro quântico.
Um leve tremor.
Uma vibração inicial
que não era matéria,
mas intenção.
E do silêncio surgiram campos.
Dos campos, partículas.
Das partículas,
nós.
E ainda assim,
somos lembrança do todo.
Não estamos no universo.
Somos o universo
pensando sobre si mesmo.
Cada escolha tua
colapsa infinitos mundos.
Cada gesto de amor
reconfigura o campo.
Cada palavra sussurrada com verdade
altera a equação cósmica.
Talvez o livre-arbítrio
seja a capacidade
de decidir qual universo
queremos habitar.
E no fim —
ou no começo —
não haverá julgamento,
nem fórmula final.
Apenas uma pergunta
ainda pulsando no vácuo:
“Você dançou comigo?”
E se a resposta for sim,
o universo sorrirá
— e sonhará de novo.
Quantos Hitlers nesse hit ? (licença poética)
Os palácios de ouro, suor do infinit’,
Enquanto a fome morde o grão proibit,
Sangue no contrato, cláusula maldit,
O poder? Um veneno lentamente sorvit.
Eles assinam paz com tinta de conflit,
Sob o holofote, sorriso de granit,
Mas nos porões do mundo, ecoa o grit’:
Quantos corpos cabem no vosso édit ?
O discurso é um véu, tecido do mentit,
A verdade? Afogada no rio do omit,
Enquanto o fogo consome o último refúgit,
O jogo sujo do poder não tem pudit!
Guerras por petróleo, o mapa se reescrevit,
O planeta arde, e o tratado? Adiit ...
São réplicas do mal, em traje de gala vestit.
Oh, farsa infinita! O mesmo script maldit,
O mesmo olhar de águia sobre o abit,
A mesma semente do caos, germinadit ...
Se minha licença poética te agride,
Sai da frente porque não tenho limít !
Trumpit no palco, discurso de ódiit,
Satanyarrit esfregando o cetro maldit,
Bolsonarrit? Sangue no chão, legitimit ...
Todos farinha do mesmo saco podrit !
Olha o jantar dos senhores do conflit:
Cada migalha, um país em colapit,
Cada sorriso, um tratado corrompit,
Cada aperto de mão, um povo sugadit !
Não me venham com bandeira de unit,
É fogo no morro, grana no refugit,
É o planeta gritando: "Basta, maldit!
Enquanto assinam leis pra proteger o ilícit !
São frutos da mesma árvore do infindit,
Cópias do horror, só que em design revisit,
Máscaras de chumbo sobre o mesmo grit’:
Mais quantos Hitlers nesse mesmíssimo hit?
PEDINTE (soneto)
O verso pede poética. A poética pede casos
O amor pede o olhar, o sentimento sensação
Dos admiráveis enredos dos anelados acasos
Da enredada existência do reiterado coração
Quem se apaixona pede paixão, pede ocasos
O beijo pede relação, e pede, o afeto, junção
Pede o toque o arrepio. Carinhos sem prazos
E o amante pede pra ser amado com atração
Quem sonha pede imaginação. Pede loucura
Quem não? E pede na ternura aquela doçura
E o infeliz pede ao destino que não o reprima
O verso, também, mantendo o mesmo padrão
É sentimental a pedir o acréscimo de emoção
Fornecendo ao versejar emotiva pedinte rima.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 junho, 2025, 18’51” – Araguari, MG
INTENTO (soneto)
A poética pede conta de meu sentimento
Como se a sensação fosse estar por conta
Mas como dar, se sou solitário, e desponta
Um prosar que presta conta de momento
Para ter na conta um poema com alento
No combinar me vi, pro coração, afronta
Deixei para lá, não achei a outra ponta
Faltou curso, sei lá, fui levado ao vento
Oh vós, soneto, com rima deveras tonta
O amor não deixai que seja passatempo
Tenhais na métrica a emoção, já pronta
Não traga ao versar somente contratempo
O que faz parte de um conto, tenha monta
E assim intento para cada um de seu tempo.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 junho, 2025, 114’51” – Araguari, MG
AQUELA POESIA (soneto)
Era tão poética, serena e encaminhada
Aquelas sensações que tanto bem fazia
Cheia de sentimento, e tão apaixonada
Por verso que a prazerosa alegria trazia
A versificação era de somente ternura
Sempre meiga, que o olhar entretinha
Onde cada palavra tinha cortês figura
E nas entrelinhas aquela poesia, tinha!
Era promessa que se dava com carinho
Repartindo amor, sempre com jeitinho
Onde em cada verso eram versos seus
Aquela poesia de você, quanta saudade
Emoção, suspiros, paixão, muita vontade
Fartamente sussurrado nos versos meus.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 julho 2025, 19’08” – Araguari, MG
Amigos versus Solidão
(versão poética do texto original)
Amigos... você pode ter aos montes,
Sorrisos fartos, promessas em horizontes.
Mas espere a dor bater à porta do seu chão,
E verás quem fica... e quem foge sem razão.
Na hora da necessidade — seja física ou material,
Ou quando o peito aperta em dor emocional —
Descobrirá, com clareza e sem ilusão,
Quantos amigos são de fato… e quantos são só multidão.
Por isso, esteja sempre preparado, com sabedoria,
Pois a vida é feita de mais que só alegria.
O homem precisa ser forte, firme na direção,
Autossuficiente, com alma e coração.
Nos dias bons, sorria com gratidão.
Nos dias maus, mantenha a firmeza na mão.
Na bonança, celebre com humildade e fé,
Na escassez, mantenha os pés firmes em pé.
Mas sobretudo, em meio ao mar da solidão,
Onde o eco da alma responde a própria canção,
Lembre-se: nem todo amigo será farol na escuridão,
E às vezes, é preciso ser sua própria salvação.
Na ribeira poética sentei-me
com José Asunción Flores
para agradecer pela Guarânia
que inundou a nossa música
sertaneja gentil e brasileira,
Porque além de ser
expressão máxima de beleza
nos une no sentimento
amoroso de pertencimento
a nossa América do Sul,
amada donzela dos dias
de Sol, Lua e de céu azul.
Com proximidade poética
sou Sabiá-Laranjeira,
ave gentil da minha terra,
A minha mente vive
hipnotizada pelo tempo
declamado pelos seus
poemas e espera pelo dia
que terá o seu ombro
para repousar ouvindo
como criança cada nova
leitura sua para descansar
os ossos de ave frágil
e mais adiante escrever
um caderno no nosso tempo
a duas mãos para nele
deixar eternizado o sentimento
de mútuo e profundo pertencimento.
Rodeio Poética
nesta cidade tranquila
em domingo orquestral
pelo cântico da passarada,
sei que sou por ti amada
fiz o meu poema postal
para que alcance e te leve
pela mão a viver o destino
previsto pelo coração
aqui o Rio Itajaí-Açu
a terra corteja,
a minh'alma aguarda
por você e sempre
carinhosa te beija
nesta distância que fará
na vida a gente se encontrar.
Jacinto Machado Poética
Na planície costeira foi escrita
como um verdadeiro poema
quase ao pé da Serra Geral:
um pedacinho do coração nacional.
Trilhas seculares com belas
paisagens contam lendas
e levam o espírito tropeiro:
um lugar para o encontro perfeito.
Jacinto Machado poética
nos cânions vejo os sinais
que aqui tu és o meu recanto
que amo todos os dias sempre mais.
Jardinópolis poética
Este poema gravado
na tua madeira,
é para exaltar a tua
gente honrada
que sabe trabalhar,
e vive para te amar.
Alimentada pela tua
bravura na agricultura,
Não me canso de amar
a tua gente e este lugar.
A tua bonita História
de colonização italiana,
cabocla, alemã, polonesa
e teu modo de vida
quem te conhece
de perto sempre volta.
Quem te ama nunca
cansa de elogiar
o quê de belo conserva
no coração e na terra.
Querida Jardinópolis poética
tudo o quê tu fostes, és
e para sempre serás na vida:
és fé, razão e orgulho
para quem aqui vive
e para toda a Santa Catarina.
Nada mudou em relação
a vida dos presos
consciência e por todos
a minha poética memória
sem escolher a quem:
conta a trágica História
e tem escrito incansáveis
Versos Latino-Americanos
ao General e à uma tropa.
Esta questão interna
não deve impedir a reconquista
do direito territorial,
O Esequibo é da Venezuela
e o Ministro da Guyana
quer tirar o mapa desta visão
histórica e geográfica
muito antes da decisão
da Corte Internacional.
Mesmo sendo o Esequibo
um território em reclamação
o mapa não pode ser ocultado
o povo pode ser calado
e igualmente os meus poemas:
os insatisfeitos que aprendam
a resolver os próprios dilemas.
Que não haja nenhuma
previsão de libertação
para a tropa e o General:
os meus poemas seguirão
falando até encontrar
o mapa do Sol da Justiça
que dê a pacificação
e a mais do que justa libertação.
Rodeio de Tarde
Rodeio de tarde
é a expressão poética
da tranquilidade
do Médio Vale do Itajaí,
quem mora nesta cidade
não pensa em sair daqui:
uns suspiram de amores
e outros escrevem poesia.
No vai e vem da nossa
gente capturada pela rotina
seja esperando
pela chegada da noite,
acenando, conversando,
ou resolvendo a vida.
Rodeio de tarde
leva orgulho de viver
em Santa Catarina,
e todos levam consigo
o amor por este lindo
e generoso lugar que
a certeza, a alma e os olhos
com beleza sempre brinda.
Matos Costa
Do Alto Vale do Rio do Peixe
a poética em mim vive
partida do Porto Amazonas
com o aventureiro
José Cordeiro que partiu
Rio Iguaçu adentro
e foi o primeiro que
se deparou com as terras
de São João dos Pobres
quando nem nome tinha.
Depois ganhaste o nome
do Capitão mártir e se ergueste
das cinzas provocadas
pela Guerra do Contestado,
Matos Costa, querida,
és lição perene de um
povo hospitaleiro e que ama a vida.
Por tudo aquilo que fostes,
és e e sempre serás,
Matos Costa dona de toda esplendente beleza, História
e sua gente espetacular
jamais deixarei de te amar,
é ali nas águas do Salto São Lourenço
que a poesia não se cansa de banhar.
Caminho do Peabiru
Minha terra sem males,
minha Cananeia poética,
minha São Vicente bendita
cheia de beleza e poesia:
a minh'alma te reverencia.
Minha terra sem males,
Florianópolis misteriosa,
rendeira, amorosa por
Deus muito bem feita
que os olhos sempre beija.
Minha terra sem males,
meu caminho a pé direto
ao paraíso e céu profundo
deste Hemisfério Celestial Sul:
por ti tenho o amor do mundo.
És meu Caminho do Peabiru,
três as pedras fundamentais,
meu amor terreno e sublime,
por ti tenho divino apego
e vivo por tudo que em ti existe.
Rodeio Poética
Dia bonito no Centro
na cidade de Rodeio,
Aqui entre versejos
do vento está a poetisa
do Médio Vale do Itajaí;
As flores azuis do tempo
se abriram e estão
como o meu coração
que por ti está sorrindo.
(A nossa Rodeio poética
de azul vestida está luzindo).
No teu jardim interno
ser a secreta orquídea
protegida pelo teu amor,
ser a poética Lua Nívea
das tuas noites escuras.
Em minha companhia
não permitir que te
falte amor, pão e cobertor.
Com devoção plena
te trazer com carinho,
quando você se encontrar
do nosso amor perdido.
Ser a sua vida inteira
e inundar os teus dias
com minha folia brasileira.
Consagrar a nossa Primavera
com toda a minha poesia
que faça valer todos
os dias a romântica espera.
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