Procuro em Amor que ainda Nao Encontrei
Assustas-me!
É estranho...
O mel das tuas teias,
Abrir-me no peito este lanho....
E corres-me nas veias
Porque és do tamanho
Do que me semeias!
Não sabia que era assim!
O bom também é ruim!
E padeço baixinho
E às vezes desalinho
Porque cheiras a rubi,
Nirvana, amor e um ninho...
Porque a tua alma sorri
E tem um pedacinho
De tudo o que eu pedi...
E é por o meu santinho
Gostar assim do teu...
Que me assustas...
Eu sou como um carpinteiro que fabrica um móvel, e Mafalda é um móvel que fez sucesso, lindo, mas para mim continua sendo um móvel, e faço isto por amor à madeira em que trabalho.
Que seja eterno o que de bom nos acontece;
Bendito seja o coração que acolhe a alegria e à distribui.
Serena é a alma de quem sabe recebe amor, porque sabe faze bom uso.
Meu bem
Estou com minha porta aberta
É só entrar que a gente se acerta
Essa noite tem jantar
À luz de velas
Tanto o lobo vestiu lã, que o cordeiro aprendeu a caçar pra vestir pele e também estar no meio da manada imperceptível.
Água mole em pedra dura tanto bate, até que cansa e segue a corrente. E tanto ela bateu, por ser mole. Antes fosse sagaz, entendendo a natureza dura, rude e imóvel da pedra, quando a própria natureza destinada é ao mar.
As pessoas nascem perfeitas
São como joias belas e coloridas
A medida que crescem vão se chocando
Umas nas outras
E se causando rachaduras
Corra atrás, corra até que seus pés implorem pelo caminho de casa, até que seu peito peça descanso, até que sua respiração pareça não ter mais influência sobre seu corpo e sua boca perca a cor. E quando você chegar ao seu destino, talvez o sol não brilhe tanto quanto parecia brilhar, e a grama não seja tão verde assim, e talvez o lago não tenha tantos peixes. Então, você deve voltar para casa e descansar , descansar até que o sol chegue e te faça querer colocar seus pés no chão, como um loop sem fim. Um loop eterno. Mas talvez um dia, o seu destino seja bom, e você não precise mais voltar para casa. Talvez seja eterno, talvez dure até que o sol que o clareia se quebre. Mas talvez seja só o final adiado se escondendo em momentos que se fingem de eternos. E talvez, só talvez, você nunca descubra o que é isso. Mas, por algumas pessoas vale a pena assumir as consequências de um curto amor, que se eterniza em formas de cicatrizes em uma coração apaixonadamente amador.
Ciúmes e indiferença
me obrigam devolução.
O meu incentivo
é a reciprocidade.
Evite sucessões de jogos
pois zero totalmente o contato.
Não aceito maiores impactos,
nem me agradam as frustrações!
Não entro em lutas, nem disputas,
eu fecho inteiro meu céu.
Essa coisa de calar o que senti,
te faz igualmente desinteressante,
e eu desestimulada fico mais distante.
Sou bastante tolerante, mas não persigo
o que me causa escassez.
Tenho teorias sobre a vida, e uma forma advertida de tentar escapar.
Permito ao outro seus arrependimentos, e a mim ordeno desprender. Me rendo a tudo o que sinto, e calada começo a transcender.
'EU SÓ QUERO VIVER...'
Eu só quero viver. Esquecer a solidão que enche à alma de esperanças vãs. Aprender a chutar as amaldiçoadas sequelas da vida. Amanhecer e não ver as feridas nessas paisagens. Nem passagens medonhas cristalizando a alma a cada dia. O rio calmo definhando o coração espera-nos silenciosamente...
Eis de pôr as mãos nesse solo sagrado devastador. Deitar ao lado da escuridão e agradecer pela dores da vida. Por mais que sobrevivamos, quero agradecer os despenhadeiros trilhados, clãs vagando dolorosamente. Que a dormência acabe com os pesadelos periódicos, paradisíacos...
Quero abrir olhos e avassalar vaga-lumes alumiando os vernáculos. Adentrar a casa de palha que tanto sonha-se. Voltar a ser criança por um fio. Deixar o frio da madrugada percorrer a espinha nas horas incertas. Lembrar do filme que passa em segundos afugentando a trilha percorrida...
Vou respirar ares refutados. Esquecer as tristezas inesperadas que afagam o coração em formigamentos. Ter como sentimento a liberdade para ir e vir. Sonhar ao ver os olhos da esperança balançando bonança...
Só se quer alguns passos para abraçar pai e mãe infinitamente. Ver filhos brincando fazendo jardinagens. Olhar para a sinceridade cercando os dias felizes. Já tem-se outras vidas plantadas ao lado esbanjando Jovialidade. Pegar a imortalidade que aflige hábitos e costumes, fazer deles perfumes dos mais elaborados. Eu só quero a liberdade, de lado, suspirando outra vida...
'RODADA'
Desesperançados pelas madrugadas
O olhar veemente [de todos] pede rodadas de Ilusão nas veias
Sem ceias de profusão à mostra
Sem respostas imediatas
Algumas pitadas de desilusão nos fins de semana
Vai deixando a vida menos ´monótona...
Fardos de subterfúgios nas costas replicando visões decaídas
É disso que todos precisam: viver menos!
Mais uma rodada de ilusão por favor!
- Sem pedaços de percepção
Precisamos cair no chão como sempre
Pois foi de lá [sem querer] que todos viemos...
Rodeados de amigos nas horas incertas
As rodadas sempre acabam uma após uma
Os camaradas também [se vão]
Espalhando confusão para quem assiste ao lado de fora
Talvez alguns não voltem
- Quem se importa?...
Tentamos aniquilar a vida tediosa
Pouco importa a aparência de zumbi
Somos guaranis nas selvas esquecidas
Homicidas nas rodadas diárias que nos mantêm vivos
Intrusivos
Tal qual espécies isoladas
Sinônimos de extinção...
'A ´ÁRVORE'
À minha frente uma árvore
Frágil
Porém
Jorrando vida e ar fresco
Caule submerso sob o pequeno rio
Sugando seus nutrientes para a vida...
Ressentida com alguns galhos quebrados
Ela nunca será mais a mesma
Os ventos vindos dos quatros cantos não são amigos
Porém
Ela resiste por um tempo...
Ainda está no começo
Pequenina em meio à tantas
Sufocada
Sua pequena sombra irá fazer falta nos dias de sol
Faltará seus dias trazendo felicidades pelas manhãs...
Seu caule precisa vencer a sujeira das águas
Sugar apenas o que é bom
Seus galhos secos caem um a um
A árvore está morrendo
Não há nada a fazer...
Apenas esperar o improvável
Frutos que nunca virão
Outras árvores suspiram a infelicidade da pequena
Já sem vida
Cair no esquecimento...
'TRAJETO II...'
O trajeto sempre oblíquo, faz da caminhada aceitação, mistérios. Para que esperanças nos sonhos? As pedras sempre afundam quando jogadas nas águas. Para quê admiração/espanto? Que diferença isso faz?...
Ele joga suas pedras demonstrando confiança. Mas o inóspito acerta-lhe o coração. Contratempos triviais e pontiagudos atingi-lhe diariamente e as pedras afundam: uma a uma. Lágrimas têm poucos significados nessas horas...
Ele viaja nos vagões. Sem passado ou futuro. Tudo sem sentido. Dicotômico e áspero. Percorrendo muros como sempre. Abrindo a geladeira pelas manhãs. Jogando petecas. Fingindo liberdade...
A viagem não é nada acolhedora. Algumas pedras flutuam fazendo mero acaso, como se o tempo fosse gentil. As cortinas são as mesmas. Início e fim são os mesmos. O trajeto continua, até que a esperança aconteça. Demarcando um novo ciclo...