Procura
Meu amor, meu amor
Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.
Esta noite não há lua,
sozinho por aí vaguei na rua,
a sua procura eu estava,
porém não a encontrava,
de repente compreendi,
e acabei com meu tormento,
você sempre estará aqui,
dentro do meu pensamento.
Sua cara-metade procura alguém igual a você, portanto não se pinte muito, ela pode não lhe reconhecer.
Os melhores amores são os que não são programados. Os que acontecem ao acaso, sem procura. Os que começam com uma oferta de vinho sem saber como vão terminar. Os pouco prováveis, discutíveis. Os que nos fazem ofertar a lua e escrever poesias.
O ser humano procura encontrar Deus através da fé e está sempre em busca da felicidade. Para ser feliz basta ser humano.
Executando tarefas com humildade
A gente sempre procura motivos para adiar o futuro, a gente não economiza nas contas domésticas, faz tudo fora do orçamento, perturba os outros, escolhe alimentos integrais para selar e abafar a meia culpa.
A lição básica da humildade passa longe quando queremos o melhor restaurante que encontramos para o prazer em comer, não nos interessamos por qualquer atividade da vida, incluindo as relações sociais.
Não sou exigente, mas também não quero passar por toda desejando voltar atrás, quero fazer escolhas de maneira consciente e verdadeira, não quero passar a vida gritando por roupas, sapatos e maquiagens.
Por um período senti-me solitária e triste, no entanto, me aprofundei em conhecer a minha alma humana e tola, eu gastei energia em coisas desnecessária, tinha vontade e disponibilidade para muitas atividades e me expressava de maneira grossa e chata.
Algumas notícias são encorajadoras, faz você ter consciência das nossas necessidades básicas, nos preocupamos com o trabalho, com a família que acabamos nos afastando assim que o dinheiro aumenta.
A gente dica adepta de comidas e bebidas sem valor nutricional como por exemplo álcool, café, refrigerante, doces, a gente fica órfã de uma companhia ou parceiro, a gente fica tentando entender o coração.
Muitas vezes tenho o olho maior que a barriga, muitas vezes me aborreço não pelo que o outro é, mas pelas minhas expectativas frustradas, sou de supervalorizar romances, sou de desejar magia nos relacionamentos.
Queria ter força de vontade para parar de comer junk food, carne processada, cereais refinados e laticínios ricos em gordura, queria entender a depressão, queria dizer tudo e dizer muito sobre essa doença do século, queria entender a causa de tantos suicídios.
Não consigo expressar amor quando existe pouca ou nenhuma motivação, não sou movida a euforia ou dependência, não tenho a capacidade de manter relacionamentos mornos, não sou de voltar a minha atenção ao ego do amado.
Queria mesmo ter força e coragem para uma dieta balanceada, não sei porque estou começando a relacionar humildade, com felicidade, com alimentação, com equilíbrio, com gente realizada emocionalmente.
O homem quer tudo, sobe, voa, idealiza e se estatela no chão, pensa que pode tudo, pensa que tem o controle de sua vida, pensa que pode ser adultero e feliz, tem um senso de realidade que abafa tudo de ruim que faz ou constrói, desaponta os outros achando que não o desencoraja a ser uma pessoa melhor.
É muito difícil controlar os hábitos, as tarefas, a mente, o coração, é uma zona perigosa e densa, mas com humildade consegue se dar o primeiro dos muitos passos.
Aquele procura no invisível ver o que não existe, acaba criando pontes para que o inexistente passe a existir!!! (Yuri Rodrigues)
“Por mais aparente que seja não ter sentido a vida, devemos procurá-la ou ao menos lhe dar um certo sentido, se não seremos arrastados pela profunda melancolia ou devorados pelos delírios da loucura.”
PRELÚDIO REMINISCENTE
(MINHAS LEMBRANÇAS)
Lembrareis com tácita procura
Ei-la pois a obliterar a chama
Onde esplende com ternura,
o ávido amor de quem ama.
Esquecereis o lânguido tresvário
Visão de olhar entumecido,
Deveras ao ver-te visionário
E de fato sonhar-te adormecido.
Recordaste então de alma pura
o inerente e o contrito amor,
e morte de tantas nascituras.
A divagar e caminhar impura
Remiste em tão renitente dor,
a libertar-me com infinita brandura.
