Prima Distante
Mesmo longe, distante, ao sentirmos o coração do outro, vem um desejo imenso de espelhar os olhares, unir os corpos e dizer a uma só voz: te amo!
“Há algo que não consigo encontrar. Não está distante, mas às vezes acredito que não sou capaz, mas, desistir pode ser meu fracasso, os dias sempre voltam, às noites sempre voltam, à vida não desiste, ela quer me ver feliz, há tantos sonhos em garrafas vazias de vinhos, o tempo está parado me vendo passar, não existem sentimentos passageiros, preciso encontrar as chaves que abrem as portas para meus sentimentos escaparem.”
Ela é linda e interessante,
tem um olhar atento,
da maldade, tenta manter-se distante,
subestimá-la pode acarretar
um grande tormento
sua mente é inquietante,
conscientes são os seus sentimentos,
agora, ama-se mais do que antes
e busca aproveitar cada momento.
Espero que numa noite não muito distante,
eu possa entrar num deslumbramento celeste
com numerosas estrelas cintilantes
e assim, perder-me em pensamentos
num lugar lúdico e muito fascinante,
criando versos, afagando o meu espírito com uma sensação cativante,
sentindo um sentimento explícito
de entusiasmo,
então, de fato, será um momento emocionante e muito bem aproveitado.
Acredito que não sou o único,
cuja instabilidade clama incessantemente por equilíbrio,
penso que um dos meios
para suprir esta necessidade
é ter um olhar ávido
para as artes divinas mais próximas
como um lindo céu estrelado
com constelações tão primorosas.
Inspiração em uma galáxia distante,
viagem profunda entre nebulosas diferentes, emocionantes, coloração quente,passando por umconstelação cintilante,avistando algumas estrelas cadentes,o amor presente em cada detalhe, o clima de uma paixão ardente, o fulgor de uma alma intensamente emocionada, desfrutando poeticamente desta temporalidade, portanto, uma breve história marcada na minha mente
em um lapso do tempo, já estou de volta à realidade,quem sabe numa próxima, possas ir comigoquando eu for para lá novamenteem um inesquecível momento de mutualidade,verdades e sentimentos, desejos e vontades.
Passando por um lugar distante, inusitado, durante o inverno, à noite, cheguei até às margens de um grande rio congelado sob uma camada fina de gelo, fiquei admirando por alguns instantes, a luz do luar refletia e no decurso desta minha admiração, vi um clarão fascinante que parecia ser um fogo submerso, mas em pouco tempo, passou a deslocasse, então, imaginei que talvez fosse alguma espécie de criatura marinha com uma bioluminescência rara, não pude saber ao certo, só restou-me usar o meu imaginário, enquanto eu imaginava, ela foi se distanciando e logo, já não estava mais perto, decerto, um momento único que ficará sempre marcado e vivo nos meus pensamentos.
Quando você ler ou ouvir este poema estarei longe
mas não tão distante que não possa me sentir ao fechar os olhos
já sei que tu não vens
se foi como assim chegou
você me vê nas nuvens
mas a mim cegou
partiu como quem morre
não posso mais te ler
só posso mesmo morrer
foste tão de repente ainda não posso crer
se ainda estiver vivo
no reino onde vives
se ainda me sabes
acho penso e sinto
se ainda pensa ou sentes
é porque ainda te respiro
venhas logo não demore pois
perecer a cada dia a cada instante
e ainda ter a chama acesa
não é fácil estar na estante
se virei livro, poema ou piada
não importo com nada
se fui a primeira ou a última
às vezes triste ou magoada
se falas bem ou mal de mim
me basta saber que não passei impunemente assim
me afasto vou pra longe
oceanos de jasmim, alfazemas e capim
sigo meu caminho certo que um dia
hei de te encontrar sozinho
lá na frente mais contente
quem sabe me olhes sorrindo
quem sabe neste dia que ainda não existe
eu possa lhe dizer do amor que tive
eu possa lhe abraçar ao ar livre
onde haja apenas o verbo amar
pois sem amar não se vive
Deixei tudo que conquistei e fui me atrever a ajudar outras pessoas, em outro lugar, bem distante de minhas conquistas. No lugar que me deparei, pessoas que encontrei, só fiz ajudar, me doar. Parte de mim se esvaiu, mas não desistiu, persistiu, nunca desistiu, se destruiu. Sanguessugas dá dá, nunca, sem parar, sempre a cobrar, só queriam me sugar. Dor?! Muita dor! Vida sem cor, coração, só amor, relutei, mas me doei. Muitos anos, vários anos, o tempo passou, e desgastou, nada diferenciou, por todo tempo, que meu ímpeto me dadivou. Caridade, sem afetividade mútua, com muita luta, segui sem troca, minha jornada transcendental.
VI VINHO
Por aqui caminho
Bem perto do Minho
Na alma carinho
Distante do ninho
Num gole de vinho
Me sinto novinho
Vivinho vivinho!!!
Quando se sentir inseguro, segure minha mão;
Quando se sentir distante, chegue mais perto;
Quando se sentir só, me abrace;
Quando se sentir triste, me chame.
Doce Novembro
Como são doces as lembranças de novembro, num tempo nem tão distante, quando te conheci: meu sorriso camuflado, seu olhar tímido, um sentimento disfarçado, uma paixão intrometida; emoção contida? Insegurança. Bagunça de sentimentos, descobrimentos e emoções borbulhando, desejos aflorados, beijos molhados, passeio de baixo da chuva, carro atolado na lama, tinta, papel e cor e o coração apertado pela espera, alegria imensa pela sua chegada e tristeza em todas as suas partidas.
Foram tantos novembros, tantas lembranças e sentimentos que, mesmo com a chuva de novembro, este mês sempre foi ensolarado para mim.
Ali, logo ali está,
A vida a vibrar,
Bem no mangue,
Não tão distante,
E bem perto do mar;
Na Ilha dos Remédios,
Vou a cura procurar
Pela cura do mal de amor,
Devo ir, e se lá eu não for,
Comigo para sempre ficará
A repleta dor desse mal de amor,
- Que talvez nunca passará... -
Ali, bem dentro de ti,
Com o barulho do mar,
Sublime cantante,
Menestrel brilhante,
Indo sempre ao mangue,
Para a vida cultivar,
Nas carregadas redes de pesca,
Para enriquecer a festa e alimentar,
O povo que luta e ama,
Nessa terra que o mar balança,
Floresce no sorriso a alma açoriana.
Como se desperta para um sonho:
temos que nos descobrir.
Como se voa para um país distante:
temos que nos seguir.
Sem nada a temer, e nada a dever;
Temos que nos entregar...
Os outros podem até nos condenar,
É preciso não perder tempo,
e escrever a poesia galante que
celebre o verão amante.
O amor tem um caminho próprio,
Ele se faz lar por duas pessoas,
O amor tem uma lógica própria,
Ele transforma notícias ruins em
notícias boas - e sem retórica,
Transforma o ébrio em sóbrio.
Como se voa ao ponto mais alto céu:
temos que nos amar.
Como se desperta para a vida:
temos que nos transformar em mel.
Sem nada a resistir, e nada excluir;
Temos que nos servir...
Numa servidão doce, mútua e terna,
É preciso não ter limites,
e traçar o destino (com devoção);
Para eternizá-lo em versos de paixão.
Confio nas almas
dos falecidos,
Perto do Balê fiz
pedidos para levar
para um lugar
distante todo aquele
que deseja o Mal
e nos colocar em perigo.
Chuva de líridas
caem nos meus
cabelos castanhos,
Mesmo distante
como a Lua lírica
no teu pensamento
a cada instante
e em ritmo do tempo,
Passo minhas noites
tentando imaginar
o próximo inefável
passo que venha
a nos aproximar;
Ocupei a gala fina
de ser a estrela
para você no teu
íntimo espacial,
E assim me fiz
acima dos séculos
melodia atemporal:
Sempre que escuta
o meu nome o teu
sorriso não oculta
diante de ninguém
que a gente se tem,
Numa vontade una
irrefreável de tudo
a todo momento
e o tempo todo,
E aquela crença
que no final irá
dar tudo certo
para todo mundo,
e tudo acabará bem.