Preconceito Racial
Uma família colorida é muito mais divertida! Pai branco, mãe amarela, filho preto, avó vermelha, avô mestiço, neto pardo!
Mais cor por favor! Mais amor e menos ódio!
Um viva à diversidade racial! A miscigenação te torna único! (Renata Fraia)
#NãoAoRacismo
Ei você, homem nu, casa sem porta, coroa de pena.
Sabes que não querem seu bem, que o que te detém vem de um esquema?
Pois bem, já faz um tempinho, te empurram no ninho, que te fazem de escudo.
Aproveitam sua pouca instrução, dizem o que serão, te ensinando ser mudo.
Assim como os brancos chegaram, mostraram espelhos e roubaram-te tudo.
Agora, passas na TV, a atração é manter, os seus glúteos desnudos.
Você poderia ser rico, criar o seu filho e porque não seu nico.
Mas algo longe da floresta, destrói a sua festa desde o dia do fico.
Talvez sua vida pacata ai dentro da mata, te impeça o acesso.
Ao mundo em um outro sistema, internet e antena, educação e progresso.
Escuta honorável cacique, inerte não fique, nesse pau a pique.
Respeito seu posto, sua crença, sua experiência, sua meta, me explique.
Para que tanta mata e lama, sem sustento para tribo e para quem tu amas.
Essas terras, oh minha nobreza, de tanta beleza, pode ser Bahamas.
Procure se misturar com a gente, ser independente, venha prosperar.
Não seja mais alvo de ongs como ping pong de quem quer te explorar.
Não se deixe ser uma atração para outra nação, a floresta é o aquário.
Que guarda animais com flechas, em tem po de rifles, o povo Hilário.
Essa mania de cercear expressão, cultura de anão conto do vigário.
É a garantia da grana, de gente que mama, lucra com documentário.
Venha nos ensinar sua cura, que nós te ensinamos cultivar o café.
Embora não falamos a sua língua, queremos seus segredos e te ensinar nossa fé.
Também você, musculo de ferro, resistente ao sol, olhos de candura.
Já percebestes que insistem em inocular, em ti a insegurança por sua pele ser escura?
Pois bem, esse tema nefasto não pode ser lastro, nem escolher-te cadeira.
Não deixem que assim que te vejam, só falem de tranças e de capoeira.
Não que o assunto seja vergonha ou que o tema seja sempre pauta pejorativa.
É que a pele bronzeada é da peaozada e também da executiva.
O marinheiro que te deu duro trabalho, jogava baralho de cartas marcadas.
Porém o momento é outro, a dor se foi no esgoto, é a retomada.
Da força oriunda de uma terra, do vale, da serra, da força oculta.
Do seio que amamentou, sem saber se a criança se tornaria adulta.
Da falta do leite materno, calor do inferno, malária a matar.
Superou tanta dificuldade, chegou na cidade, atravessou o mar.
Porque deixar que os centavos te façam escravos e traga agonia?
Potencia, beleza e ironia, a dádiva da África chegou na Bahia.
E você branco maneiro, que no sol fica vermelho igual ao camarão.
Você, olho de Europeu, junta ele, tu e eu e sejamos irmãos.
Está na hora de se unir sem pinima, menino e menina e os indecisos também.
Que seja igreja católica, espírita ou retórica apenas do amém.
Quem constrói alguma coisa sozinho, sem falar com o vizinho, sem orientação?
Saiamos juntos agora, na nova aurora, todos pela Nação.
Que a divisão das capitanias, se findou já fazem dias, as tordesilhas se sucumbiu.
Agora somos pátria admirada, conhecida e invejada, somos nós o Brasil.
A ideia de que um dia se concebeu a existência de raças dentro da espécie humana provavelmente parecerá muito estranha e primitiva em um futuro no qual se tenha realizado algo mais próximo a uma verdadeira justiça social, pois no seu aspecto mais irredutível o que existe é uma só raça: a raça humana.
[trecho extraído do livro 'A Construção Social da Cor". Petrópolis: Editora Vozes, 2009, p.218]
Imagine, você, livre
Num lindo bosque a passear
E surgem do nada pessoas estranhas que te amarram
Te jogam num navio e o força atravessar o mar.
Talvez não fosse tão mal em um navio viajar
Se caso fosse para continuar a passear
Mas, no entanto, estão te levando para um lugar distante
Tudo isso para te forçar a trabalhar.
Mas e se você for forte
E com um ato de bravura se recusar a trabalhar?
Provavelmente te amarrariam em um tronco
E o açoitaria até sangrar.
E foi assim por 300 anos
300 anos para a escravidão abolir
300 anos desde o primeiro escravo que chegou por aqui
Mas você acha que mesmo com abolição tivemos motivos para sorrir?
Não! Pois quem comandava a sociedade era a burguesia
Essa burguesia por sua vez queria morar em cidades “belas”
E com isso não deram condições ao povo preto
Fazendo de tudo e os empurrando para as favelas.
Século XXI, imagine, você, sempre andar preocupado
E chegar ao ponto de listar algumas ruas e bairros como lugares proibidos
Tudo isso por um único medo
Medo de alguém sofrer um crime e te confundirem com um dos bandidos.
Agora imagine entrar numa loja
E além de ver uma câmera escrito “sorria”
Você ter que andar pelos corredores, acompanhado
Sendo sempre observado pelo vigia.
Para muitos isso não pode ser real
Alguns podem falar que é loucura, ou apenas fantasia
Mas para pessoas de peles pretas,
São apenas relatos de mais um dia.
E acredite.
Tem gente que classifica tudo isso como apenas vitimismo
Mas isso é uma doença
Doença essa denominada de racismo.
Uma coisa é a repetição da lógica opressora da segregação e a criação de guetos que não respeitam a diversidade.
Outra coisa é o radicalismo, por muitas vezes, necessários na luta por espaços e direitos iguais para população negra em nosso país, marcado por um racismo individual, institucional e estrutural.
Semelhança entre nazistas e baratas: se estão surgindo a luz do dia é porque o esgoto já está cheio deles!
Se antes, usavam o conceito de
"raças humanas" para afirmar escravidão africana.
Hoje, usam o conceito
"única raça humana" para negar as políticas de reparação racial.
Sem amor, sensibilidade, paciência, disposição... para escutar o clamor população negra, acham que tudo não passa de "mi mi mi" sem razão.
13 de maio, aniversário da Lei Áurea, continuamos escravos do péssimo sistema educacional que leva ovelhas a adorarem lobos.
Que importa a sua cor, sua aparência? Amor, respeito, admiração, saúde, paz, nada que realmente importa tem cor.
Existe um discurso implícito em algumas produções televisivas que visa acirrar e polarizar discursões importantes como racismo, machismo e homofobia.
Ao invés, de estimular um debate amplo e verdadeiro unindo forças na busca de soluções, procuram dividir colocando escravos contra escravos.
Quem teme, condena ou tem aversão ao convívio com o diferente de si, por tal somente, provavelmente não está bem seguro de quem realmente afirma ser.
No Brasil não há justiça e a meritocracia é um mito diante de flagrante desigualdade de condições de origem racial.
Precisamos estudar mais Zumbi, Dandara, Luiza Nahin e João Candido. Imagine o quanto as crianças se orgulhariam de estudarem histórias de superação, força e sede de liberdade conduzido por pessoas com o mesmo tom de pele delas, dos seus pais e avôs.
vindo de geração em geração, a violência, o descaso
tudo isso fica gravado na memória daquele que não teve um afago
só pedras nas costas, direitos tomados
presos, mortos, calados
o show tem que continuar, é A lei da vida
mas quem é que vai se salvar no meio de tanta maldade envolvida
no olhar de quem não quer resolver o problema, só quer eliminar
bang bang bang, mais uma mãe a chorar
Deveriam focar no talento, em vez da cor, da aparência, de uma pessoa. Como se estivessem diante de algo sobrenatural. Isso também parece racismo.
Respeitar o estilo de vida do outro não significa ser idêntico a ele, nem que se precise conviver intimamente com ele, ou msm que se precise levá-lo para casa, mas isso já significa mta coisa. O respeito é uma maneira mto simples, e mto civilizada, de se fingir que se aceita com aparente normalidade qq coisa incongruente como se fosse uma coisa condizente com o ideal supremo da razão humana.
Espero nunca mais voltar a um país escravagista. O estado da enorme população escrava deve preocupar todos que chegam ao Brasil. Os senhores de escravos querem ver o negro como outra espécie, mas temos todos a mesma origem num ancestral comum.
O meu sangue ferve ao pensar nos ingleses e americanos, com seus ‘gritos’ por liberdade, tão culpados de tudo isso. (...)
Até hoje, se eu ouço um grito ao longe, lembro-me, com dolorosa e clara memória, de quando passei numa casa em Pernambuco e ouvi os urros mais terríveis. Logo entendi que era algum pobre escravo que estava sendo torturado. Eu me senti impotente como uma criança diante daquilo, incapaz de fazer a mínima objeção.
Deus criou a humanidade a sua imagem e semelhança, então todos somos iguais. Diferentes? Apenas os ideais. Foram maltratados, escravizados e prisioneiros, e a culpa é da gente, nós que criamos esse chiqueiro. Pinturas que retratam a realidade, mas cês ignoram. Músicas que falam a verdade, mas cês não dão bola. Inocentes morrem a toda hora, e novamente vocês ignoram. Mas quando é os de gravatas, declaram luto na hora. Pessoas imploram por igualdade, Hipocrisia. Enquanto vai ao protesto, faz piada com a cor de pele da vizinha. Se você quer igualdade, mano, trate os outros como igual, que saber da verdade? Olhe ao seu redor e veja o que se passa na sociedade.
