Precipício
Desculpe, fui fraca demais e logo me rendi ao abismo que a vida me ofereceu. Eu cai do precipício mais alto e não obtive nem sequer um aranhão. Não apenas escolhi o precipício mais alto como escolhi o errado. Escolhi o precipício da alma onde infelizmente meu estado de espirito se acolheu ou melhor adoeceu. Evitei por um longo período de tempo pessoas e quaisquer maneira de contato com as tais. Evitei a academia, o bar, a praça, supermercados e até a esquina de casa. Desliguei meu telefone e apaguei a agenda do meu celular, para assim eu não recorrer a ninguém. E não recorri até agora. No tempo em que estive afastada, ninguém me procurou, nem um recado na caixa postal, nenhum telefonema .. nada. Sou um tanto faz na vida das pessoas, sou como um enfeite pra mesa cuja serventia é apenas destaca-lá. Pelo menos, posso garantir que fui uma boa filha de Jesus, sem envolvimento com drogas ou bebidas alcoólicas. Sem dizer nenhuma palavra ”feia” sobre o teto dos meus pais e acima de tudo, virgem. Você deve ter notado que isso está longe de ser uma ”despedida” ou uma simples nota de suicídio. A questão é que nunca me senti inteira ou completa, que a verdade seja dita nunca senti como se pertencesse a esse mundo. Tal dor, magoa e rancor apagaram de mim qualquer sentimento bom ou puro relacionada a minha forma de agir ou viver. Papai e mamãe sempre me deram tudo, nunca deixaram me faltar alimento ou cobertor no frio. Mamãe até me ensinou a falar e o papai me ensinou a andar de bicicleta. Papai e mamãe não perceberam que a filha deles tinha algo de errado, que talvez precisaria de umas 12 sessões com uma psicologa que só traria mais problemas, como se eles já não fossem o suficiente. Teriam que bancar uma clinica de reabilitação ou até um reformatório. Decidi me tornar uma atriz, sucumbi meus sentimentos mais prolíferos no canto mais obscuro que havia em mim, e lá os tranquei. Sobre tudo, passei um longo tempo sorrindo quando meus demônios internos me dilaceravam por dentro. Diga-me papai e mamãe vocês perceberam? Não. No momento em que me dopei, me dei conta que as coisas nunca mais seriam a mesma, que estaria deixando pra trás todo sofrimento e angústia que habitava em mim. Dei-me conta também que aquela garotinha que ficou toda contente com o presente de aniversário de 10 anos, morreu. A ”eu” de agora nunca se sentiu tão viva e perplexa, meus órgãos internos estão mortos á muito tempo, as olheiras embaixo dos meus olhos entregavam isto. Por favor não chorem sobre meus restos mortais, nem ao menos sussurrem que farei falta. Comprem apenas um caixão que me caiba. Estou ansiosa pra conhecer o céu.
Entrelaçados a uma artéria aorta, que leva a um precipício, sobrecarregados de nada, somos sujeitados a nos esquecermos da nossa vida, do nosso ser existêcial, tentamos usar todos os meios de ter uma vida no jubilo, mas esquecemos de procurar onde é mais óbvio de se encontrar a mansidão do espírito, no psíquico. Acostumados a ter uma rotina que escraviza, onde sua única recompensa é o consumo desenfreado, chegaremos a uma era em que não seremos útil nem para si próprio. Tento conter a inquietação do meu córtex cerebral, mas toda essa algazarra me deixa com náuseas, até meu inconsciente se alerta que precisa tomar uma decisão. Com tudo isso, não consigo indagar os problemas ilusórios que os seres humanos criam, ilusões tão fúteis que até já sabem que fim os levaram tais ilusões, mediocridade à flor da pele.
Já disseram que o amor é uma bela flor à beira de um precipício. E que é necessário ter muita coragem para a ir colher. Mas tem que ser muito mais corajoso e forte pra continuar subindo tudo de novo e tentar colhe-la mesmo depois de cair centenas de vezes!
Não, eu não agüentaria sobreviver sem você, poderiam me jogar de um precipício ou passarem com um carro em cima de mim… Seria menos dolorido, e machucaria menos.
Amar não significa jogar-se de um precipício com a certeza de que seu amado estará no final da queda com os braços abertos para te segurar.
É MESMO ASSIM
Quando tentamos entender a vida
Arriscamos-nos ao precipício de uma estrela cadente
Que perde o seu rumo
E caminha no escuro
Perdida a luz das outras.
Quem ao deslembrar saber de si
Indica a persuasão do alheio
Da vida de outros, quem?
Mergulhado em seu mar longo
Encontra o sentido que os outros navegam?
Sabemos ainda de nós, mas não sabemos do nada
E é ausência o que somos
Quando convictos disto
Conseguimos avistar uma fresta
Ainda incapaz de caber nossa visão
Somos esses passageiros sem rumo
Ciganos do cosmos estrelas desgarradas
Ora estamos em nosso perfeito sentido
Quando nos julgamos errantes
Momentos depois dentro da vida
Convencemos-nos que ela engana.
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Naeno*com reservas
ENTENDER A VIDA
Quando tentamos entender a vida
Nos arriscamos ao precipício de uma estrela cadente
Que perde o seu rumo
E caminha no escuro
Perdida a luz das outras
Que ainda reluzem, mas já distantes.
Quem ao olvidar saber de si
Lembrará a convicção do alheio
Da vida de outros, quem?
Mergulhado em seu mar difuso
Encontra o sentido que os outros navegam?
Sabemos de nós,
Mas não sabemos do nada
E é o nada que somos
Quando convictos disto
Conseguimos avistar uma fresta
Ainda incapaz de caber nossa visão
Somos esses passageiros sem rumo
Ciganos do cosmos estrelas desgarradas
Ora estamos em nosso perfeito sentido
Quando julgamos errantes
Momentos depois dentro da vida
Nos convencemos que ela engana.
Meus demônios
São monstros da minha solidão.
Tão abstrato o mundo inteiro é precipício...
Sem fundamentos absolutamente o nada...
"Estou a Beira do precipício...
Mas não posso pular...
Precipício bonito, Belo....
Que se chama amar."
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Desamor
Todos os dias vejo uma multidão caminhando em direção a um precipício. Ao final, mergulham de cabeça num abismo sem fim. Quase segui pelo mesmo caminho, mas o céu desanuviou-se em cima de mim e, assim, revelou-me os segredos dessa depravação. Pude ver o desespero de suas vidas corrompidas por um sistema cujo propósito é torná-las cada vez mais sem sentido. Sinto-me péssimo ao saber que muitos lutarão a vida inteira para se tornarem dependentes desse sistema sem ao menos terem noção do que estão fazendo. Tento alertá-los, mas eles e elas já não conseguem mais ouvir, ver ou se sentir. Por essa razão deposito minhas esperanças em uma geração futura, na qual eu talvez nem veja surgir, mas acredito.
“A vida é um barco remando para o precipício. Nós somos ventos, passamos rápido como uma brisa, e somos intensos como grandes tempestades, ou melhor furacões. Se o amor fosse um objeto seria uma arma. Alguns morrem pelo excesso de amor próprio outros pegam a arma e atiram em si próprios por falta dele. Se a alma comesse , seu alimento seria sorrisos. Daqueles que riem sem motivo algum. Lágrimas, é a dor em estado líquido. É excesso do que nos machuca. Sorte é apelido de fé. Magoa é um carro a cem por hora em direção a uma parede de concreto. Felicidade é momento único, é quando achamos agua no deserto. O tempo é um ladrão cauculistas e impiedoso, que nos rouba a cada dia. A saudade é a lembrança da alma. E nós… somos feitos de saudade e de sentimentos únicos já vividos.
É a multidão que caminha para o precipício e mesmo que vejam os da primeira fila caindo não percebem o destino que lhes aguarda, pois são muito obedientes.
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