Precipício
Eu te vi pela última vez
E partindo dali
Afundi-me no vale do silêncio
No precipício sem fim
Tornei-me tão infeliz
Pela profundeza que deixou-me.
Na profundeza deste amor
É um fosso de pedras,
Dejetos, plantas carnívoras
De rancor e de uma ferida cega.
Aqui não pode ser encontrado o amor,
Neste fosso d´onde deito meu cadáver.
Nada mais tenho a guardar,
Além do distante de flores de cactos
Tão lindas e orvalhadas
Pelo ar do deserto
Com o beijo mais profundo que o abismo.
Pode ter medo do meu carinho
Da magoa que pousa sobre meu coração
Que é a sobra do meu amor.
Sei que aquilo que pronuncio hoje
Fere teus ouvidos como uma lança
Ela, minhas palavras, podem ferir-te
Porque está carregada de momentos
Que não merecíamos viver,
por ser carregada de instantes duros.
Mas ainda consigo possuir o seu sorriso
Mesmo se o que digo
É como os músculos de um estivador,
mas, porém, vai ao mar
Colher ventos e espinhos das profundezas.
Mulher, venha, da-me
O dom da bondade novamente.
Não roube de mim o
Sonho de amá-la.
“A vida é um barco remando para o precipício. Nós somos ventos, passamos rápido como uma brisa, e somos intensos como grandes tempestades, ou melhor furacões. Se o amor fosse um objeto seria uma arma. Alguns morrem pelo excesso de amor próprio outros pegam a arma e atiram em si próprios por falta dele. Se a alma comesse , seu alimento seria sorrisos. Daqueles que riem sem motivo algum. Lágrimas, é a dor em estado líquido. É excesso do que nos machuca. Sorte é apelido de fé. Magoa é um carro a cem por hora em direção a uma parede de concreto. Felicidade é momento único, é quando achamos agua no deserto. O tempo é um ladrão cauculistas e impiedoso, que nos rouba a cada dia. A saudade é a lembrança da alma. E nós… somos feitos de saudade e de sentimentos únicos já vividos.
Os desesperados agem sob o domínio da emoção, criando sempre precipícios profundos entre eles e a razão
E quem tentou me seguir ficou pelo caminho, por medo de um ou outro precipício. “O que é que tem ali?”. Antes de me fazer essa pergunta, já me encontro lá.
Estar apaixonado por você é estar na beira de um precipício todos os dias. Pela primeira vez eu não sinto medo.
É a multidão que caminha para o precipício e mesmo que vejam os da primeira fila caindo não percebem o destino que lhes aguarda, pois são muito obedientes.
Tanto o precipício quanto o abismo estarão sempre a menos de um palmo de distância de nós. Cabendo-nos desviar-nos ou não deles...
Não quero alguém que me complete, quero alguém que me transborde, deixe a beira de um precipício e me empurre pra felicidade
Cogumelos e Lírios
Eu vou dançar agora aqui na beira do precipício
Não sei se é bom ou mal, se é morte do ego ou é suicídio
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Percebo como é normal, fugir e não voltar a meu estado natural
Derreto que nem mingau, em meio a uma viajem fractal
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Eu vou ficar sorrindo, flutuando na boca do lixo
Montado num camaleão, corpo dormente mole curvo e esquisito
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Eu vou comprar passagem, só de ida na loucura me entregar
Meus delírios vão na bagagem, no broto dou um beijo porque não vou mais voltar
Baby eu não ligo
Eu sei que pra você no fundo faz sentido
Cogumelos e lírios.
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