Praça
MINHA TERRA
Minha cidade, um cromo mineiro
Ruas largas, a Matriz, árido chão
Maritacas na praça, povo faceiro
Pasmaceira, tudo calmo, ramerrão
Curicacão em bando no ar, ligeiro
Os sonhos além duma porteira, vão
O tempo no seu tempo corriqueiro
E o passado descascado no casarão
No alto da planície, cerrado e serra
Araguari, das Gerais, a minha terra
Altaneira, hospitaleira, bela cidade
Cada canto um encanto de sensação
Do meu peito canta numa só emoção
Já ida a mocidade, aboio de saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 dezembro, 2021 – Araguari, MG
O POETA DA PRAÇA DO FERREIRA
Em seu escritório instalado na Praça do Ferreira
O velho poeta ri do tempo
Tempo de delírio
Punhal que corta a carne branca
Da amada morta.
Vestido com seu paletó surrado
O velho filósofo
Com seu riso canalha
Caminha impune
Ao encontro de Dante
Ao meio-dia adormece em seus versos profanos
No final da tarde goza no céu infinito
A noite padece no inferno astral.
O velho dândi repousa no inferno de Dante
Alimenta-se do poema
Que se cala
No instante em que fala.
Absorve a tristeza
E o tempo perdido
Punhal traído
Corpo que padece
E por vezes entorpece os passos
E adormece nos bancos da praça.
No banco da praça nos conhecemos...
No balanço na árvore o primeiro beijo roubado...
Na rede nos amamos sem pudor...
De mãos dadas sorrimos.
Na cadeira de balanço descobrimos:
Tudo era apenas motivo para continuarmos juntos,
Era só isso que queríamos...
Sonho que Vens
Caminho meu todos os dias
é pela praça andar, e lá estando
sempre espero, para ver
se te vejo por ela passar.
Às vezes horas fico a olhar,
nada de apareceres,
aonde será que estás?
Será que hoje não vens?
Ontem também não viestes,
não sei mais o que pensar.
Quando a ti não vejo,
fico inquieto, nervoso
logo quero te achar.
Por que assim fazes comigo?
Não sumas do meu olhar,
por mais que tentes,
sei que um dia sem que esperes,
perto de ti vou ficar, e então
juntos, de mãos dadas,
pelas praças do tempo,
comigo irás passear.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Évora tão perto -
À quina do Geraldo
na Praça dos Poetas
situa-se a Igreja de Santo Antão!
A Fonte e as Arcadas,
as calçadas tortuosas,
tudo cheira a solidão ...
E há pombos nos beirais
que voam de mão em mão,
há esplanadas soluçantes
que dão assento por ali,
ao corpo, ao coração,
ao cansaço dos passantes ...
E cai o Sol sobre a Igreja!
Entardecer meigo e doce
nesta terra de suavidade ...
E ninguém leva o que trouxe
pois na Praça da cidade
nada é como se fosse!
E seja sonho ou realidade
há magia ao Luar
quando desce a luz da Lua
e passe quem passar
sentirá quanta saudade
há nas pedras pela rua.
É que aqui parou o tempo!
Cada rua é um deserto
cada canto uma demora
e o desejo é imenso
pois quem tem Évora tão perto
nunca mais quer ir embora ...
Açaí
Precisava ver um passarinho ali na praça
Eu na raça levei o coração fazer caminhada
Então olhava as nuvens bem lá no alto
Que assalto roubaram minha estrela...
Ela tem um metro e sessenta algo a mais
Um ais de copa de coração bem vermelho
Uma cintura com curvas perigosas
Nossa e se eu derrapar em suas areias milagrosa...
O seu corpo seria o céu pra guardar minha alma pecaminosa...
Passa horas mais horas o inferno queimando-se...
E é perfeito o vulcão essa nobre imaginação...
Quem é a mais bonita nua você ou a lua...
Se eu continuar sonhando com você as loucuras mais açucaradas...
Eu plantaria árvores a beira da estradas só para te assombrar...
Sou o mistério das noites reveladas...
Uma fábula de lobisomem e desejo...
Um simples homem que não vai além do espelho...
Para esprementa olhar
a tua beleza e aceitar o silêncio
que vem de dentro...
Você é o fermento que faz minha imaginação florir.
Eu não estou nem aí se o diabo não gosta de mim....
Eu sou assim gosto da vida de piqui e açaí...
Eu gosto de sonhar com você meu paraíso sem fim...
Entardeceu,
o relógio soou.
A matriz emite o som
e contempla a praça.
- Para que servem as horas?
Gosto de ser feliz,
tanto, que sou!
Mas o tempo...
Se não passasse
haveria adeuses?
O presente,
eu sei,
é todo meu.
O tempo…
só pode ser Deus.
Sentado na praça , fumando meu cigarro, olhando a fumaça subir e desaparecer devagar. Percebi que meus pensamentos são como a fumaça do meu cigarro.
Os pensamentos que ecoam na mente, e como a fumaça vão desaparecendo lentamente e dependendo do vento , desaparecem rapidamente.
Os tais pensamentos de que falo são os pensamentos positivos e negativos ao mesmo tempo. A diferença é que , os pensamentos positivos desaparecem mais rápido, assimo como a fumaça do cigarro , quando o vento forte bate.
Já os pensamentos negativos levam mais tempo pra desaparecer, como a fumaça que suavemente vai seguindo seu caminho desconhecido pelo ar.
No meu peito , na maioria das vezes , bate um aperto, como se tivesse algo esmagando meu coração, fazendo com que ele bata cada vez mais forte , mais acelerado, tentando tirar aquilo que está esmagando ele. Os pensamentos negativos , medo, ansiedade tomam conta. Exatamente nesse momento acendo outro cigarro para que os pensamentos desapareçam , assimo como a fumaça, acendo meu cigarro para que, meus pensamentos negativos sigam seu caminho desconhecido , que voem com o vento pra bem longe de mim.
Peço a Deus, que me dê forças para aguentar esse aperto no peito, esses pensamentos diariamente, e que um dia eu possa superá-los.
Peço a Deus que me dê forças para nunca mais sentir isso, e talves um dia, ajudar pessoas próximas ou talvez nem tão próximas assim, sei que por trás disso tudo, existe um grande propósito, desejo fortemente descobrir qual é esse propósito que ele tem pra mim.
Peço ao Senhor Pai, a Serenidade necessária para aceitar as coisas que eu não posso modificar.
Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir uma das outras.
Só por hoje!!!
Força!!!
...e gritaram ao idoso sentado na praça.
"E aí, seu... Sozinho de novo?".
E ele retrucou. "Sozinho nunca. Abandonado sempre!".
"Quem é que entende as coisas do coração?!."
A MONTANHA DA MORTE
Sentado no banco da praça, olho para cima e vejo uma linda montanha, tão alta que pode ser vista por “todos”.
Ela é linda, tem uma cachoeira de águas cristalina, e o contato da água com as pedras, formam nuvens, os raios do sol cortam as nuvens, formando um lindo arco-íris.
Como é linda a montanha, toda vez que a vejo sinto algo diferente, é como se lá décima alguém estivesse me olhando e querendo me dizer algo.
Todos os dias fico horas e horas contemplando sua beleza e imaginando, como seria bom se eu pudesse ir até o alto da montanha, todos iriam me olhar e eu seria como um rei.
Chega de sonhar, vou a busca de meu sonho, sou jovem, tenho a vida pela frente, e no livro está escrito que a felicidade está lá no alto.
Amanhã bem cedo vou partir em busca da minha felicidade, e se Deus me ajudar conseguirei chegar até o topo da montanha.
Através do jornal, consegui meu primeiro emprego, lá estou eu, trabalhando de office-boy, andando pra lá e pra cá, arquivando um monte de papeis, no final da tarde, faço horas extras, preciso chegar no alto da montanha.
O tempo vai passando, e a cada dia vou me aproximando mais do topo daquela linda montanha. Sinto que esta viagem me desgasta a cada dia, mas isso não importa, eu quero chegar até o alto daquela linda montanha e passo a passo vou chegar lá.
Mais alguns anos, me encontro sufocado por uma gravata, numa mesa de gerência com um sorriso forçado, que nem sei do que estou rindo, nem o porquê, acho que meu time ganhou o campeonato.
Estou no meio da montanha, a cachoeira faz muito barulho, a nuvem formada pela água que bate nas pedras, me impede de ver o topo da linda montanha.
Mais alguns passos e me vejo novamente sufocado por uma gravata, estou sentado numa linda e confortável poltrona, em cima da mesa uma placa muito bonita, escrito Diretor.
Do outro lado da mesa, uma moça chorando, e pedindo para que eu lhe dê um aumento de salário, parece ser uma faxineira, que dificilmente chegará ao topo da montanha.
- Não, esta é a resposta!
Já não vejo mais a cachoeira, estou bem próximo do alto da montanha e sinto saudades daquele banco da praça, de lá eu podia ver toda a montanha, a cachoeira, o arco-íris, no final da tarde, o sol se punha bem atrás dela, eu era feliz e não sabia.
Puxa, que saudade, mas agora não posso mais voltar, não ha caminho de volta, faltam poucos passos.
A mesa é grande, as cadeiras são de encostos altos e confortáveis, vários homens sentados nas cadeiras de luxo, todos sufocados pela gravata, eles são diretores, e eu já sou o Presidente, minha cadeira é maior e mais confortável, porem a gravata continua a me sufocar, parece que quanto mais, eu afrouxo, mais ela aperta, me sinto enforcado.
Aqui estou, no alto da montanha como uma estátua fria, como uma pedra, olhei para cima e não vi mais nada, olhei para os lados, ninguém estava sozinho, quando olhei para baixo, uma grande decepção, pessoas andando em círculos, muitos passando fome, outros roubando, outros matando, outros se protegendo com medo, e numa praça alguém me olhando e sorrindo.
Um urubu pousou do meu lado, tentei espantá-lo, mas ele insistia em ficar, acho que ele estava com fome, foi então que lembrei:
“Os urubus só pousam, onde tem carniça”
Já faz tempo que não sei o que é sorrir, aquela felicidade que o livro dizia, não existe, dediquei grande parte da minha “vida”, correndo atrás do nada, um vazio, quanto mais perto do topo da montanha, mais longe da felicidade, todos nós somos diferentes uns dos outros, cada um de nós deve seguir o seu caminho, para não morrer em vida, e sentir este vazio, que só quem chega ao topo da montanha pode sentir. Gostaria de poder voltar, descer cada degrau, voltar a ser feliz, poder ver novamente o arco-íris, e quem sabe voltar a vida.
Agora sentado no banco detrás de um grande carro, na frente um motorista, me levando de nenhum lugar, para lugar nenhum, em minhas mãos um jornal que diz que eu sou feliz.
Olho para o lado e vejo uma praça, feia e suja, uma lágrima sai dos meus olhos, quando vejo a faxineira sentada no banco da praça, olhando para cima e sorrindo.
A montanha é linda, faz parte do grande e maravilhoso cenário da vida, ela é de todos. E aqueles que hoje acham que são os donos da montanha, perderam o verdadeiro sentido da vida.
A verdadeira felicidade é ir e voltar até o topo da montanha, sem sair do banco da praça.
CONTRASTE
Ontem a tarde na praça estava tão agradável
E pra ficar melhor ainda avistei você jogando vôlei
O pôr do sol ,você.
Tudo
Tudo estava em perfeito contraste
O contraste q avistei em meus olhos eram dignos de um filme
Você estava tão natural
Quanto o sol q descia lentamente atrás de você
Você se faz de difícil
Se fecha, se arma e acaba comigo
Mas eu sei
Eu sei
Q você sente alguma coisa por mim
Você é como o lago da praça e eu sou só um cisnei no meio do seu imenso grande lago.
Você é meu universo,mas eu só uma pessoa morando no sistema solar no planeta Terra
Você é o sol
Eu só sou um mísero pequeno átomo
Você é tão indecifrável
Mas ao mesmo tempo tão fascinante
Quero que algum dia nós dois possamos ir na praça a tarde aproveitar o contraste do pôr do sol
Prometo-te amar,proteger e te encher de beijos até o resto da minha vida
Você é o contraste mais perfeito de todas as pinturas ou obras de arte
Você é a obra mais valiosa pra mim
Você é o contraste mais preciso em meu coração.
Toda vez q você passa na praça ou na escola
Você arrasa ,abala e arrasta meu coração e meu olhar como um imã
Q contraste.
Observação no desembarque na Estação Praça Quinze: No desembarque, os passageiros da barca de Paquetá pareciam que continuavam lá.
Se tem paixão, tem amor.
Não me diga que tudo se acabou.
Eu te espero no banco da praça.
Pra te falar coisas de amor.
Bem vindo julho
Mes de neblina que parece branca fumaça
De orvalho nos prados e na grama da praça
De criança em casa de férias escolares
De comer pipoca e se aquecer no aconchego dos lares...
mel - ((*_*))
Seja enquanto houver o eterno,
ou até durar a noite,
cama ou praça, madrugada,
na rua, carro ou na calçada.
No toque brotou o beijo,
o beijo se fez sentido,
corpos molhados pelo calor,
em abraços fortes se fez amor.
O povo vai as rua não por vinte centavos e sim pelas cincos causas que o governo junto a praça dos três poderes tem dificuldades de resolver-los, o povo vai ruas pedir o que lhe é de direto e está obvio, politico inteligente jamais fariam a pergunta o porque dos protestos? políticos inteligentes e com ética moral, não pergunta faz junto ao povo e pelo povo, simples assim.
Preciso de alguém que me faça companhia no banco da praça ou no balcão gasto da cozinha para falarmos bobagens ensandecidas até o final do dia. Alguém que pouco se importe com meus deslizes e escute, engula e assimile todas as minhas verdades inventadas. Alguém que nem sequer tente solucionar o meu problema. Nunca pedi resolução de nada. Eu peço salvação, mas ninguém vem, ninguém ouve, ninguém acuda.
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