Pouco
- “Está falando comigo?”. - Não. Ele não estava falando com o primo. Tão pouco falava sozinho. O garoto falava com o celular, ainda aberto na mensagem mais recente de sua paixão. Aquela que ele nem ao menos conhecia, senão dos poucos momentos em que acordado sonhava. Mas que ama e tem mais próxima do que qualquer outra pessoa que lhe possa dar bom dia e vê-lo sorrir. Dissipava suas horas e mais horas. Relia as mesmas mensagens que chegava até decorá-las. Se alguém se aproximasse curioso, ele inventava uma desculpa qualquer. - “Mensagem de operadora”. - Como se fosse fácil acreditar que créditos expirados pudessem causar tanta alegria. Um sorriso timidamente falso que sempre escondeu no canto dos lábios um único segredo. Ele jamais falou de amor, de paixão, de romantismo. Nem ousaria. Mas sempre falou “dela”. Mas ela ainda está longe. Não importa o quão perto venham as certezas, tudo é muito inalcançável. É como se uma dor, cruel e ao mesmo tempo gentil, se mesclasse a um sentimento tão bonito. - “Isto é amor?”
A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.
O novo mandamento do Cristo é a Lei de Solidariedade planetária, ainda pouco conhecida e muito menos vivida. Mas um dia virá a ser, por força do Amor ou por intervenção da Dor: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros.
Quanta mudança alcança o nosso
ser. Posso ser assim, daqui a pouco
não. Posso ser assim daqui a pouco?
Se agregar não é segregar. Se agora
for, foi-se a hora. Dispensar não é
não pensar. Se saciou, foi-se embora.
Quanta mudança, daqui a pouco... Se
lembrar não é celebrar. Dura-lhe a
dor, quando aflora. Esquecer não é
perdoar. Se consagrou, sangra agora.
Tempo de dar colo, tempo de decolar.
O que há é o que é e o que será,
nascerá. Nasss... será? Reciclar a
palavra, o telhado e o porão.
Reinventar tantas outras notas
musicais. Escrever um pretexto, um
prefácio, um refrão. Ser essência,
muito mais. Ser essência muito mais.
A porta aberta, o porto, a casa, o
caos, o cais. Se lembrar de celebrar
muito mais. A poesia prevalece, a
essência, a paz, a ciência. Não
acomodar com o que incomoda. Vou,
vou engarrafar essa dor, vou
engarrafar a saudade, vou me
embriagar de tristeza. Bendizendo ela
vira beleza. Gentileza gera
gentileza...
E se você acredita que eu tive medo
Isso é uma falsidade
Eu dei férias para meu coração
Um pouco de descanso
E se você acha que eu estava errado
Espere
Respire um pequeno sopro de ouro
Empurra-me para a frente
E
Aja como se eu tivesse tomado o mar
Eu puxei a vela grande
Eu escorreguei e ventou
Finja que deixou a terra
Eu encontrei minha estrela
Eu segui um momento
A favor do vento
E se você acha que acabou
Jamais
É apenas uma pausa pausa
Depois dos perigos
E se você acha que eu te esquecerei
Escute
Abra seu corpo para os ventos da noite
Feche os olhos
E
Você vai estar perto de mim
Na direção do vento
Acho que perde um pouco da intensidade, não o interesse. Quando se há algo ou alguém que eleva seu ego, seu coração ou apenas seu prazer não tem como perder o interesse, acho que a intensidade vai diminuindo, mas que querendo racionalmente ou não, quando você cruzar, uma faísca mínima que seja, vai ativar o modo Eu quero.
Você que está vidrado na internet, lembre-se que existe vida fora dela. Portanto saia um pouco e curta as coisas boas da vida.
Um pouco de Frida Kahlo
Chacoalhando a vida
Plantando flores na avenida
Colhendo pó, dor e despedidas.
Um pouco de Pagú Arteira,
amante do interno
Moderno da revolução,
Revoltada interrogação?
Um pouco de Maria...
Várias Marias,
Parida com manias
Intérprete de mim mesma.
Ela o amava muito, sentia o que qualquer coração com um pouco de sanidade se seguraria pra não sentir. Sempre achou estar na época errada, sempre achou não combinar com todo o resto... Até que o viu. Não diz que ele a completou, melhor que isso, diz que por ele se tornou alguém muito melhor, mais do que duas metades juntas, duas pessoas completas. Dormia e acordava na vontade de beija-lo, de ouvir o seu bom dia até nos dias mais sem humor. No frio ela grudava seu pé gelado entre as canelas sempre quentes dele, ele retrucava, mas nunca ousou deixar de esquenta-la. Eles brigaram muito, descobriram um com o outro como é o amor verdadeiro, nada racional, nem passivo. Descobriram que aquelas brigas, deixou o sentimento maior em menos de um segundo, a cada segundo. Aprenderam que nome de filho muda, conforme muda o humor. Hora Gertrudes, quando feliz, Manuela. Na hora da raiva os nomes mais incomuns a eles surgiam. Poucas vezes expuseram aquele sentimento... corrigindo: ele poucas vezes expôs. Ela pouco segura, jurava amor aos quatro ventos, até descobrir como era bom ter aquele sentimento oculto, aquele sentimento consumado de pseudônimos, de segredos e apelidos que só se eram ditos em meio a solidão, aquela doce solidão formada por duas pessoas. Era lindo... é lindo. E vai durar pra sempre. É o que ela sempre diz...
Eu não sei ser pouco. Eu não sei dar pouco. O meu corpo é sempre essa “coisa” intensa transpirando adrenalina de alguma forma. Meus sentimentos sempre invadem tudo e já começam grande desde o início. Não sei ser menos, um pouco de cada coisa. Sou tudo logo de cara. Ainda que me prendessem em uma garrafa eu estaria inteira em cada gota. Se você quiser uma gota que seja, vou logo avisando que ficará de ressaca, mas te aviso que a ressaca é de poesia, de luzes, de suspiros e não existe coisa melhor. Porque eu sou assim, impossível de ter em mãos mas, capaz de te dar o mundo todo em questão de segundos.
Mágoa... Pouco importa vindo de alguém que você não faz muita questão, mas quando se trata de alguém que você muito considera, fere, dói de verdade, essa mágoa fica ali dentro, um pouco esquecida talvez, mas nem o tempo a tira de um lugar que ela escolheu entrar, por ser tão profundo, tão no interior que fica difícil tirá-la dali. Eu carrego mágoas, que não pesam nos passos, mas alertaram um coração que hoje está um pouco mais blindado.
Às vezes me encontro sozinho,
Sentindo um pouco da dor,
Pagando por se um herege,
Herege mais uma vez queimado
Herege por falar o que sente
e também por ser competente
Gente, homens, pessoas
Por ter falado e dito
o que foi o meu veredito
Precisava tanto da filha
A minha querida Esther
Precisava tanto do mel
Da minha doce Raquel
Nem que fosse só um minuto
Que me escutasse com o intuito
Para ver o seu pai feliz
Ouvir tudo o que diz
E saber que por dentro carrega
Sempre um pouco de dor
Mas todo o resto que sente é somente amor.
Saudade não dói, não machuca, ela nos consome nos arde como brasa acesa e nos mata pouco a pouco com a frieza de um psicopata
Livros, vinhos, cigarros, um pouco de café pra me despertar da traição dos meus olhos, acendo mais um cigarro e bebo mais um gole vinho, até que o livro crie vida suficiente para atrair a minha...
- Eu não choro tão fácil assim, sou um
pouco melancolico mas prendo esse meu
choro e sustento a minha voz. Se eu chorar
é no meu quarto trancado pra que apenas o
meu suspiro de agonia emocional, alivie e
depois um sorriso apareça contornando
meu rosto minha feição muda e só assim
apareço ao mundo pra que todos me vejam
que não chorei!
Não quero ser como uma folha de papel com cola,que cola e descola e todas as vezes deixa um pouco dos outros e leva um pouco de si... Quero colar e nunca mais descolar!
Sei pouco sobre a vida, ou acho até que nada sei. Posso até morrer não sabendo. Mais o meu objetivo é viver.