Portas
Eu costumava ser uma garota melhor. Costumava abrir portas e sorrir. Quando era menina, podia correr para sempre e defender minha vida, como um super-herói. Mas os anos jogaram fora e colocaram minha devoção em um comércio. Minhas palavras jogadas ao céu, que sente meus medos, e os devolve ainda pior.
Se você medir o tempo em segundos ou em existência, não haverá diferença alguma.
Em momentos... Poucos momentos, eu consigo recuperar algo de bonito que restou em mim. Fechar os olhos, e sentir as folhas de outono caindo sobre meu rosto. Acordar com a lua no céu claro e sentir o orvalho em meus pés. Colher uma fruta e leva-la direto a boca, tão feliz que os olhos brilham mais que um mar de estrelas. As árvores, a grama, o céu... Fazendo questão de parecerem mais vivos do que nunca só para me ver sorrir... Tudo isso ao som do leve canto dos pássaros em um mundo distante dentro de mim.
Em um lugar onde eu posso me sentir inigualável.
Minha vida está uma bagunça. A começar pelo o meu quarto. Portas de um armário se abrem. Uma avalanche de roupas. Nada dobrado, completamente amassadas. Cabides despencando. Desvio o olhar pro lado. Uma cadeira, se fazendo torre de tanta coisa amontoada. Livros para um lado, sacolas pra outro. Ah! sem contar os sapatos espalhados por todos os cantos. O computador? Ah, esse nem se fala. Como se já não bastassem os seus problemas de memória, uma zona. Fotos, mais fotos, mais fotos. Infinitas pastas. músicas que não ouço mais, e outras que nem sabia que existiam. Não consigo mais tempo nem pra mim. Depilação, unhas, cabelo, pele. Corpo. Tudo pra escanteio. Acompanhando seu ritmo devido à necessidade e feito às pressas. Nada com seu tempo dedicado. Nossa, quanta bagunça! Talvez pense que sou desorganizada. Não! Eu não sou. Odeio bagunça. Antes material, mas tem sido também sentimental. Minha cabeça gira sem direção. Confusa. Não sei pra onde vou, com quem. O que quero e o que não quero. Uma ciranda ágil e insana. O relógio num tic-tac frenético. Sonhos, enfraquecidos. Sofrendo de pouca esperança. Futuro? Só penso naquele daqui a meia hora. O prolongado, é um sonho que já está mais pra pesadelo. E se alguém me perguntar como estou? Bem. É mentira! Estou levando essa bagunça adiante. Tentando desfazê-la.
Vivemos o tempo, em que o amor, de muitos de nós perdeu sua essência. Fechamos as portas, do nosso próprio mundo, tão pequeno e tão egoísta, pregamos a lei que não vivemos, que fala do amor ao próximo, ensina-nos a dar e servir, sem esperar recompensa.
Aquele era um homem caminhava sozinho
Ele batia em varias portas
seguia distintos caminhos
Nunca achava sua resposta
Aquele homem continuava sozinho
Sempre levando as facadas
Se atirando entre as rosas ,sentia seus espinhos
Achava que era destinado a sofrer e mais nada
Ele não hesitava em suas duvidas
Desconfiava de todos
Uma dia numa de suas maiores lutas
Se viu derrotado de novo.
Ficou o pobre solitário estendido
Corpo caído e a alma no chão
Pela tristeza se viu absorvido
Não havia esperança em seu coração
Mas depois de um tempo tentado
Reeguer- se diante a humilhação
Quando menos esperava
Encontrou –se sorrindo e aprendeu que na vida
Tudo acontece por alguma razão.
Viver a vida é compreender que nem sempre as portas são fechadas quando queremos, mas quando é necessário. Mais ainda, quando nós temos consciência de que devemos fazê-lo e que se torna inevitável.
Entro no ônibus, me encosto distraidamente sobre uma das portas, analiso ao meu redor a sociedade à qual tento fazer parte. Percebo nos seus trejeitos informações desconcertantes quanto à mim mesmo, consequência da minha neurose urbana. Penso nos assuntos cabíveis para se iniciar uma conversa nesse universo em que eles vivem, e me deixando levar por esses pensamentos, acabo pensando em todas as pessoas que realmente um dia me fizeram sentir integrado à um grupo. E nesse instante de contato foi que eu encontrei minha individualidade, me compreendi, e nesse instante em que reflito é que percebo que cada dia mais, me perco.
Este fui eu.
Sensível, perdido, louco, apaixonado, amigável, sociofóbico, egocêntrico.
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
As portas se fecham, as lágrimas caem, o mundo te destrói. Mas acredite, pois a esperança não morre.
Deus nunca fecha portas, o que Ele faz é: Fecha janelas e abre portas, para que possa seguir em frente.
Portas,paredes e chaves. ato de abrir senso de fechar alguém viu o que fora estava e dentro nada enxergava,atrás de portas e tantas... alguns beijos,brigas e folia,atrás das portas pessoas e objetos ou até mesmo pessoas objetadas subjetivamente,tantas e mais abóboras dentro e fora das portas e se não se abrirem ,arromba!,paredes que participou de amassos dos apaixonados,paredes de copos quebrados,paredes concretamente sensíveis...chaves,tranca destranca e encrencas chaves perdidas por passeios públicos e laguinhos de praças de bairro ou no barro lamaçal?
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