Porta Janela
Era admirável a forma como o rapaz brincava com as palavras. Estava sentado à soleira da porta, pés descalços, cabelo desarrumado, camisa azul-claro desabotoada e mangas arregaçadas. Tinha em mãos um velho caderno, já maltratado pelo tempo (devia ter apenas umas poucas folhas em branco, mas ele não parecia se importar), que um dia esqueceu ali e não me acanhei em bisbilhotar. Oscilava entre escritas suaves e doses de rum engolidas com maestria. Sua garganta não parecia queimar, ou talvez por queimar, é que os goles se estreitavam em curtos lapsos. Eu o observava sempre de longe, desde que o havia descoberto. Seu semblante era uma incógnita, parecia esconder a volúpia que não lhe saltava a boca, mas se desenhava no atrito entre grafite e papel. Esboçava orações soltas que independiam de pautas, e depois as unia, dando-lhes um sentido escondido entre quereres e saudades. Sentia vontade de convidá-lo para jantar, e, no momento oportuno, indagá-lo sobre sua vida, sobre seus medos e receios, sobre porque sempre enchia a cara de rum ou qualquer bebida quente para, enfim, deixar seus sentimentos agarrarem o papel. Contive o desejo, talvez por um tempo, de me aproximar. Ele sabia que eu o fitava de longe, porque por vezes me encarava com cara de paisagem e sorriso desnudo, e eu quase podia ouvi-lo me chamar para sentar ali, e fazer-lhe companhia. Quem sabe, num fim de tarde qualquer... Gosto da ideia da luz se ausentando no crepúsculo e da temperatura caindo ao chegar da noite. De uma madrugada de gestos e palavras trocadas com fidelidade recíproca. Gentileza que gera gentileza. Por ora, apenas o observo com um imenso sentimento de bem querer, mas se me aproximar... ah! Se chegar mais perto... Pego o caderno empoeirado que ele tem nas mãos e lhe escrevo: "Sorria mais, e sempre. É lindo de se ver. Você me devolveu sorrisos e palavras. Continue a escrever, também. É ainda mais bonito. P.s.: Minha gratidão.". Depois o deixo decidir o que fazer. Mas agora, continuo apenas a contemplá-lo e pensar... É belo! (...)
Se uma porta se fechou ou se algo der errado...despreocupe ..é Deus mudando de idéia para melhor!!! "
Coração
pulsando
chamando por ela
Coração
batendo
naquela porta
Coração
lutando
rompendo a casca
a pele morta.
Meu nome é ninguém
Minha história esqueci
Minha idade é o agora
O passado eu perdi
Eu venho do nunca
Eu venho do nada
Não tenho destino,
não tenho parada
Não procuro alguém
com quem eu divida
a metade de zero,
o infinito da vida
Procuro, sim,
quem me multiplique,
não me faça promessa,
nem peça que fique.
__ Guilherme Arantes
Todas as noites
Abro a porta a minha alma com o fogo
Deixo que no silêncio da noite
O meu corpo seja um regaço de pétalas
Que o meu olhar entre nos livros da minha solidão.
Porta-malas
Primeiro eu bebia minhas tristezas.
Hoje sou abstêmio.
Depois eu as fumava.
Sou ex-fumante.
Então passei a comê-las.
Fui pra dieta.
Jogava.
Parei.
Agora as absorvo.
Não tenho mais fuga.
Coloco-as no porta-malas da memória
Em pequenos pacotes assim
Atrapalham menos e
Fica mais fácil levá-las comigo
Sem que sejam notadas.
Silêncio insano
Eu conheço o barulho da porta que fecha.
Já senti o suor das mãos frias.
Conheço a dor na cravada da flecha.
Pisei as pedras da estrada vazia.
Eu conheço o grito que ninguém ouve.
O silêncio que nos faz insano.
Já via lagarta na folha da couve
Vi a tesoura cortando no pano.
Eu conheço a tristeza da estação depois que o trem passa.
A incerteza se a dor irá parar.
Já vi choro no embarque, ouvi as promessas.
Coração que se divide pra depois suspirar.
Calças rasgadas
Bateram à porta dos anos oitenta ainda adolescentes. Cabelos estranhos, desejos na mala e bolso vazio. Começavam a entender certas rebeldias, costumes e hábitos desta década, para alguns foi perdida, para outros, muito marcante. Traziam na bagagem uma vontade enorme de matar as curiosidades e a fome.
Juntaram-se a outros tantos jovens nos primeiros movimentos pela democracia. Orgulhosamente, de cara pintada, foram ás ruas pedir eleições livres.
Nas noites que passavam na danceteria Cacimba night Club, bebiam cuba libre e gim soda ouvindo Blitz, Cazuza, RPM e tantos outros imortalizados.
Motivado por esta vertente de ouro da música nacional o Brasil marca época com o primeiro Rock in Rio.
No cenário internacional o mundo conhecia a força musical de Bom Jovi, U2, Pet Shop Boys. Thriller tocava em todos os cantos do planeta. Madonna se tornava unanimidade.
Anos romanticamente alvissareiros em que a Columbia impressionava a todos em seu primeiro voo. A Argentina tentava defender as Ilhas Malvinas, Itaipu finalmente começava a produzir enquanto o muro de Berlim caía, pela paz. Chaves estreava no Brasil e E.T. ganhava as telas de todos os quadrantes. Junto com a esperança de um novo milagre econômico nascia o primeiro bebê de proveta brasileiro.
Foram anos românticos e rebeldes. Talvez só não foram mais intensos do que os anos de Woodstock, da então geração paz e amor.
Sou saudosista deste romantismo marcante. Dos cabelos volumosamente longos, dos amores e roupas coloridas. Época da rebeldia e das calças, propositadamente, rasgadas usadas com os All Star inesquecíveis.
Década em que se voltava para o futuro curtindo nove semanas e meia de amor sem esquecer que sempre haveria um tira da pesada nas ruas de fogo.
Tempos de quebrar regras, inovar, lutar pelo novo, mas mantendo sempre a doçura e a ternura tão própria de uma geração que foi à guerra lutar pela paz.
Eu só e meu Pai
“Entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”(Mt. 6.7)
Silêncio!
Hábitos,
Pensamentos,
Sentimentos,
Lembranças,
Pressentimentos,
Amarguras,
Ressentimentos,
Imagens,
Desejos,
Obsessões,
Ansiedades,
Passado,
Futuro,
Silêncio!
Só o presente.
Eu só, (em espírito e verdade).
E meu Pai
Quando baterem em sua porta,não dê as costas, ajude sem apontar,a energia precisa fluir,seus conhecimentos nasceram para ajudar,parados,adoecem,apenas faça sua parte.Quem pede auxílio, é preciso que queira receber,caso contrário o tempo é perdido, e se tornará um problema para você,pois seu ego é maior e a luz se afasta...nunca deixemos de fazer nossa parte!... até as ´´pedras`` nos dão uma lição,pois seria muito fácil se elas não existissem .
Os homens deveriam ser obrigados a abrir a porta do carro e puxar a cadeira para as mulheres SEMPRE!!!
O que mais me intriga é saber que o passado sempre bate na nossa porta , mas podemos fingir que não estamos em casa.
O coração do homem é como uma porta entreaberta. Qualquer vento mais forte de raiva pode fechar essa porta, por isso quem tem a chave é quem deve controlar o vento.
(http://www.boscodonordeste.recantodasletras.com.br)
Acabou?
Adeus?
Chega..Sair fora?
Bater a porta?
Você pode..
Só não pode sair do meu coração.
Isso só com minha permissão.
Conhecimento nunca foi e NUNCA será a porta de entrada para Nada que seja Incoerente e Maléfico, a Ignorância sim.
Pois na Ignorância somos manipulados a dizer sim quando deveríamos dizer NÃO.
E quando dizemos Não, ampliamos as possibilidades de reconhecer o que nos foi oferecido.
Ricardo Deric
-Tentei sair, a porta estava trancada...
Tentei força-lá, alguém jogou a chave fora...
-Tentei à janela,tinha grades reforçada..
Acredite se quiser...
-fugi pelo buraco da fechadura.
(dificuldades sempre existirão, Quando você conseguir superar problemas graves. não se detenha na lembrança dos momentos difíceis.acredite, busque, sonhe. A felicidade não vem sozinha, tens que ir buscá-la - confie)
Sofre mais quem fica do que quem sai batendo a porta.
Quem fica tem que guardar as fotos que ficavam na estante dentro de uma caixa,e junto com elas a felicidade dos momentos ali registrados.
Quem fica tem que sentir o cheiro do outro pela casa,como se ele de certa forma ainda estivesse ali.
Tem que arrumar as roupas de quem foi em uma mala qualquer na esperança de que ela nunca saia de la.
Quem fica tem que lidar com as lembranças das noites de amor no quarto,no banheiro,os planos feitos aos domingos na varanda.
Não há dúvidas de que quem fica sofre muito mais. Mas também amadurece mais.
Quem fica se torna forte,o suficiente pra não abrir a porta quando o outro quiser voltar. Ai é que começa o sofrimento daquele que saiu.
O amor quando bate a porta
não pensa duas vezes para entrar
vai por qualquer fresta
entra e faz a festa
inundando emoção
o amor quando chega
torna tudo mais bonito
até um simples grito
é motivo para amar
o amor é para poucos
pois se engana os afoitos
que pedem para ele chegar
tem um detalhe que aflora
quando entra, nunca mais vai embora
não abandona a alma não
e se sozinho ficar
para sempre irá morar
nos confins do coração...
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