Porta Janela
O Soldado à Espera de Seu Rei
A janela permanecia aberta, por sua fenda quadrada, ele continuava a observar o mundo lá fora.
“Muitos anos passaram, desde então, tolos fizeram suas falsas profecias, outros continuaram vivendo em seus próprios interesses, outros ainda, afogando-se no cálice de seus próprios pecados, rejeitaram o Rei”, o soldado pensava consigo mesmo.
O sol estava à levantar-se, os primeiros raios de luz beijavam o céu.
Ele continuava sem dormir, seus olhos pesavam como cargas de ferro.
“Eu não posso descansar nem por um instante, minha vigília deve continuar, um flash de momento perdido, e toda a minha vida perder-se-á, afinal, quem dorme se torna vulnerável aos inimigos”.
Abriu uma gaveta de um móvel simples de madeira, pegou um livro de capa velha, verde, abriu-o e começou a observar palavras, enquanto sua mão divagava em sua barba escura.
“Porque nos dias que antecederam ao Dilúvio, o povo levava a vida comendo e bebendo, casando-se e oferecendo-se em matrimônio, até o dia em que Noé entrou na arca, e as pessoas nem notaram, até que chegou o Dilúvio e levou a todos. Assim ocorrerá na vinda do Filho do Homem...”,ele fitava aqueles dizeres com temor profundo no coração.
Seus olhos voltaram-se a fenda da janela, todo o mundo continuava como sempre foi, lá fora, nada mudava, corações como montanhas prevaleciam, alguns de carne continuavam em busca de algo maior, algo transcendente.
“Eu não posso voltar a dormir, eu continuo em minha grande e profunda espera, não posso parar ou descansar, sem retroceder ou olhar para trás, senão nunca se agradarás de mim; mantenha os meus olhos despertos em você mesmo, meu Rei, eis aqui um de seus soldados, neste caído campo de batalha, em sua espera, sempre nela, toda a minha esperança está no seu retorno e reinado, no dia em que a sua mão enxugará a lágrima em minha face e a justiça e honra prevalecerão como duas colunas eternas...
Texto: A chave de tudo é o amor.
Hoje acordei e olhei pela janela o céu azul que se formava entre nuvens claras.
Mais um dia começava, mais uma semana e eu logo pensei nas minhas obrigações diárias, entre acordar, tomar banho, tomar café, trabalhar, terapia, academia…
E por um momento pensei em Deus e no sentido de tudo aquilo. Eu tinha um bom emprego com um salário razoável, tinha minhas amigas para os momentos bons e ruins, eu tinha minha família, que por mais que às vezes meu jeito e estilo fosse incompreendido sabia que ali era a maior fonte de amor, tinha conquistado muitas coisas boas e positivas na vida, estava sempre lutando para alcançar o que desejava e pensei nas dificuldades, frustrações, dor e sofrimento e comecei a pensar no “amor”.
Não no amor entre homem e mulher, ou no amor entre pessoas, amigos, família… simplesmente o amor da forma como é.
Eu vivia cercada de pessoas lindas, maravilhosas, amigas, guerreiras, pessoas sendo pai, mãe, profissionais excelentes, grandes amigos e em todas as pessoas conseguiram enxergar as mesmas dificuldades e frustrações, aquilo me fez pensar no sentido da vida, porque acordar todos os dias e viver as mesmas coisas? O que faltava para nós nos sentir pleno, completo, e cheio de vida.
Pensei que talvez fosse “um grande amor” um príncipe no cavalo branco nos amando loucamente e resolvendo todos os problemas das nossas vidas, em seguida pensei; qual sentido teria a vida, se sua meta era encontrar uma pessoa milagrosa para depositar tudo e ela simplesmente resolver, pensei também, como eu poderia entrar na vida de uma pessoa e simplesmente revolver todos os problemas dela como um passe de mágica só porque eu a amava.
A resposta não era essa, ninguém pode ser tudo para alguém, ninguém pode entrar na vida de uma pessoa e simplesmente fazer a mágica acontecer, pois, na vida não existe mágica, não existe esse milagre e nem somos tão competentes para resolver tudo na vida de uma pessoa.
Nossas frustrações são devidas as atitudes mal tomadas, nossas frustrações são devido a aceitar tudo a qualquer preço, aceitar o mínimo e achar que esse mínimo é o máximo no qual merecemos.
A vida é muito, além disso, Deus morreu na cruz por amor a nós e hoje estamos tão cegos sobrevivendo que simplesmente não temos tempo para pensar em como a vida seria se você simplesmente se amasse tanto ao ponto de não aceitar “qualquer coisa”, como a vida seria se você fosse uma pessoa tão determinada e entendida de si ao ponto de saber que você simplesmente não precisa aceitar qualquer coisa, pois, sabe de seu valor e o quanto merece mais.
A chave de tudo acredito que seja simplesmente o amor-próprio, pois, quando nós nos amamos não aceitamos aquele relacionamento meio “bosta”, não aceitamos aquele emprego que mais no adoece do que nos faz feliz, não aceitamos “meias amizades”, “meias verdades”, nem aceitamos “desculpas” para a vida.
A chave de tudo simplesmente é o amor na sua forma mais pura, o amor para identificar quem você é, e o quanto você merece mais, e fazer acontecer. Pois, o mundo se torna pequeno quando nos amamos ao ponto de entender e mudar o rumo de nossa história.
Sozinha em meio a penumbra, sinto o Toque suave do vento, a entrar pela janela.
Toda a Volúpia dos sentidos mais aguçados tomam meu corpo com o som constante da chuva caindo sobre a terra.
Pela Ânsia de tornar aquelas sensações reais, me vejo saindo ao relento turbulento, molhado e frio, deixando minha pele gélida.
Que Prazer inebriante a natureza nos faz, mesmo em seus momentos de caos e melancolia.
O frescor externo tráz agonia, porém as carícias das gotas proporcionam um Calor interno que me arrepia.
Meu corpo se move hipnotizado, dançando com o Êxtase desta hora tão regeitada por meros mortais fracos por regalia.
Contudo, eu expresso um Suspiro de satisfação e desejo, para que tudo fique, e entre em uma gostosa paralizia.
Evaporando a janela
Lá fora
La onde mora a minha solidão
Pelo chão
A lagrima evaporando
Nos meus olhos escorregando
Como uma fonte cristalina
A minha face ....sem medos
O brilho apagado
Decifro desafios imensos
Gelada estão a minhas lágrimas que correm direitas sem retorno
Gritos meus interiores intensos
Fantasmas que me apoquentam
Assim não me rendo
Pelo menos eu tento
Eles pelos menos tentam
Ligar a luz eu quero
Para deste sonho sair
Os lençóis levantar
Para eles partir.......
(Adonis silva)04-2019)®
Uma viagem
Pela janela do trem olho e penso em todas as pessoas, nos velhos prédios que abrigam pessoas novas, paredes desbotadas que passam rápido, quase tão rápida quanto a vida que se esvai. Sentada em um dos bancos há uma bela jovem que lê. Em seu livro um personagem descreve uma viagem de trem de alguém que lê um livro sobre uma outra viagem de trem. E pela janela, paredes cinzentas continuam a passar rápido, a porta se abre, é hora de descer.
"Passar pela vida olhando pela janela do trem não quer dizer que você viajou. Descer em cada estação torna a vida em uma viagem e a velhice em sapiência."
Quando olhamos para a janela embaçada dos nossos vizinhos, podemos ter a certeza de duas coisas, nossos óculos devem estar vencidos, ou nossas vidraças estão precisando de uma boa lavagem.
Quem será que sou eu?
Aquele que sai na janela
E olha o Sol e olha estrelas
Conversa com elas
Mas não as conhece
Pois não sabe os seus nomes
Talvez todos nós
Sejamos aqueles que não conhecem
Nem a nós mesmos
Pessoas comuns
Bons sorrisos à janela
E sabemos que não é preciso
Sabermos nem ao menos
Os nomes dos passantes
Apenas alguns
E mesmo que não sejam
Os homens que eram antes
Não faz mal
O ser humano é sempre igual
Na sua mais profunda essência
Apesar de terem se passado
Alguns milênios
Basta olhar pros lados
Resta saber o escrito no verso
Somos todos passantes
Pontos acima e abaixo e ao lado
E nos denominamos
Como alguém que questiona
Pela enésima vez
E pela enésima nona, talvez
Sem atentar para o fato
De não se ter atido à resposta
Mas gosta de estar à janela
E cumprimentar os passantes
Conversar com estrelas
E nem ao menos saber os seus nomes
Sem prestar atenção na vida
Vivemos
Tanto faz
Assim como era antes
Alguns ainda estão à venda
Desde que o mundo é mundo
E como tudo na vida
Outros não .
Edson Ricardo Paiva.
Olhar a vida pela janela do ônibus é uma experiência fascinante. Enxergo a diversidade nas pessoas. São tantas pessoas. Quantas histórias. Há de existir motivos para cada uma seguir, talvez, as pessoas ainda se arriscam a sonhar nesse mundo que diariamente tentam nos roubar de nós mesmas. É bom sentar na janela do ônibus, puxar o vidro até o fim, sentir o vento, a vida, essa vida que pulsa, e que resiste aos contratempos. Somos gente, ufa, caímos, levantamos, temos sonhos, resistimos, nos reinventamos. E seguimos. (...) Pela janela do ônibus percebo que, todos nós estamos em movimento. Ninguém nesse mundo caminha sozinho. Quantos lugares chegamos porque nos lançaram mãos, compartilharam força, ombro, sorrisos, afetos? Quantos lugares o outro poderia ir se nós compartilhassemos o que nos foi dado? Temos uma arma poderosa chamada amor e coletividade para transformar o hoje, o amanhã. Só nos falta coragem para juntas destruirmos o individualismo, a desigualdade, o desamor, a indiferença. Coragem, é preciso coragem para acreditarmos que ainda podemos encontrar/buscar uma felicidade coletiva, que não custe vidas de crianças, nem de jovens negros, de mulheres, nem de indígenas, de quilombolas, vidas de gente que nós insistimos ou fingimos não enxergar. Vidas que custam coisas. Vidas que são trocadas por coisas, vidas por coisas, por coisas, coisas... Vidas!
A janela semi aberta me mostrava que era dia, a noite voou rapidamente como música em sintonia com o toque de nossos corpos em total harmonia.
A lua hoje está bela
Esvoaçante prata em lampejo
Posso vê-la da janela
E alegria pulsa áquele ensejo
Foi um ensejo real e tão brando
Te conhecer assim do nada em noite de lua estrelas dançando
Soneto diuturno
Daquela janela o mesmo olhar, o mesmo Horizonte.
Aquela ansiedade prévia, tão redundante quanto a frase, quase como o café de sempre tomado
Lá fora, o mesmo som dos helicópteros que faziam daquele local uma rota aérea comercial
E para amanhã, o que teremos, a mesma rotina, a mesma esperança?
Vamos comer o mesmo pão de lamentações, ou será que haverá algo novo?
Bom, desta vez em anos, eu sei que sim, haverá
Futuramente o cenário será visto de outra janela, de outro horizonte
Ficará no córtex, o registro daqueles estímulos, ao hipocampo caberá coordenar estas cada vez mais vagas lembranças de ontem.
Deixará no canto da boca, aquele sorriso disfarçado de saudades, apesar de tudo
Será ele, o culpado por lembrar as sentenças já proferidas, transitadas em nossas mentes condenatória
Enfim, sejam novos céus e novas terras, deste universo laboral, que nos faz mirar o horizonte pela janela e anelar um novo amanhã
Viva a vida diurna, viva a esperança viva o trabalho, de onde quer que seja, desde que seja para perpetuar esta vital esperança.
"Não é um trabalho fácil abrir a janela da alma e deixar sentir por inteiro, mas ela não nasceu pra ser metade, meio termo, neutro...
Vai VI+VER
Vai SENT+IR
Vai SORR+IR
Vai FLOR+IR
Deixe IR
Deixe SER".
Hoje a poesia acordou,
abriu a janela e gritou alegremente,
escancarando a vontade
de rimar versos inteiros.
Hoje vi um beija flor assentado no batente de minha janela.
Ele riu para mim com suas asas a mil.
Pensei nas palavras de minha avó:
“Beija-flor é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá.
É mensageiro das notícias dos céus.
Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar
notícias para seus escolhidos.
Quando a gente dorme pra sempre, acorda beija-flor.”
dentro do apartamento
a janela sustenta a paisagem.
me aproximo, apóio
os braços: todo o mundo
desmedido
em minha frente.
mas nada
que eu possa segurar, reter.
nem mesmo o perfume
dessas tardes sem perfume, nem
um bibelô
para colecionar na estante
como fazem as avós
que não medem cuidados
com a porcelana
Duas pessoas viajam de trem e sentam-se em janelas opostas. A que se posicionou na janela da direita esta adorando a viajem, a da esquerda esta entediada e acha maçante e monótona.(Walter Sasso - Autor dos livros "Dobra Púrpura e "Sem Denise")
Passageiro
A janela daquele ônibus fez eu refletir
Pensar, meditar e até mesmo sorrir
"Por que disse aquilo? Poderia ser diferente"
"Será que o meu jeito que afastou a gente? "
Viajei muito mais naquela viagem
Parecia até que me juntei a paisagem
Naquela janela me enchi de emoção
Consegui enxergar com o coração
Uma simples janela me fez lembrar
Daquela promessa de não abandonar
O motorista me conhece bem
Sempre me perguntava se pensava em alguém
Eu mesmo não sabia no que pensava
Só olhava a paisagem e flutuava
Amanhã talvez seja a mesma situação
Eu viajando na janela do busão
Talvez eu pense nela pelo menos um momento
Acho que já não consigo esconder o sentimento
Quando lembro dela eu queria ser mais
Mas também lembro que não sou capaz
Talvez amanhã eu a veja
Talvez não como meu coração deseja
Quem sabe eu posso abraçá-la
Ou pelo menos observá-la
Só sei que nessa janela eu não vou chorar
Essa poesia vou terminar
E se um dia ela ler vai me notar
E que sabe o mesmo ônibus vamos pegar
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp