Porque Foge de Mim
Você me bagunça e tumultua tudo em mim. Assimila, dissimula, afronta, apronta. Desapropria o rumo,o prumo. Nossa absolvição. (Projeto Teatro Mágico)
Eu só queria que todas aquelas palavras fossem ditas pra mim,eu queria receber aquelas mensagens de texto, receber o seu abraço o seu beijo. Eu só queria entender porque você me procura em outro corpo.
Mas realmente sou assim extremo...
Não consigo deixar que algo passe por mim sem que eu forme uma opinião mesmo que internalizada e não anunciada.
O morno, o mais ou menos, o talvez me mata.
Minha felicidade não está em outra pessoa e sim em mim.
Por que tolo é quem fica procurando felicidade nos outros!
As vezes deixo mim levar, agindo somente com emoção,entre nossas brigas quem será que tem razão, seus olhos são dois punhais ferindo meu coração...
Eu estava sendo arrastada por uma maré nostálgica, ondas furiosas vinham sobre mim querendo me afogar dentro de minhas próprias águas escuras, tentava a qualquer custo submergir-me de mim mesma, das margens que criei. Estava nadando contra a onda enorme de sentimentos sufocados que queriam engolir-me. Estava sendo indo cada vez mais fundo. Os braços já cansados, a vista já embaçada. Tentava alcançar a luz, e fugir dessa fúria que me pregava dores buscava insaciavelmente águas cristalinas e tranquilas. Tentava acalmar meus sentimentos, que assim como o mar estavam em fúria. Procurava fugir do desatino que me tornei. Deixei a maré me levar. Quis mergulhar e entregar-me aquelas ondas mortais que chamavam meu nome cada vez mais alto. As águas puras então lavaram minha alma, pegaram para si todas as minhas dores. Afogaram as minhas melancolias, levaram para o fundo do mar a solidão que me cercava. Comecei então a boiar de volta a terra firme. A leveza da brisa havia me carregado. Os ventos erraram de direção e me cochicharam coisas boas no ouvido, sussurrares rejuvenescedores que me trouxeram esperanças novinhas em folha. Essa brisa que o vento carrega me reacendeu o coração e levou consigo toda dor e desordem que me aplacavam, essa brisa boa me fez acreditar de novo. Submergi-me de meus medos e receios e do toda a escuridão que me agarrava às águas furiosas e me firmei em terra firme. Olho pro mar agora, e ele parece calmo, não, não digo o mar em si próprio, mas aquele que tenho dentro de mim. As ondas agora se formam em meu favor. A tempestade já não me faz tremer. Minhas lágrimas estão cravadas no fundo do mar. Ancoro-me na felicidade, e velejo em outras águas, águas que me levam ao meu melhor. Agora posso debruçar-me inteira no mar, porque não há raso, e se acaso eu me afogar, as águas iram me acolitar.
Eu ando me afogando nessa maré boa da poesia pra tentar fugir de mim, fugir do que anda me letargiando por dentro, desse obscuro total que se apossou do meu ser. Mas poesias rasgam, a maré baixa, e eu continuo com esse mundo monótono onde eu sou a protagonista, sem querer morrer no final. Ou não.
O amor pra mim sempre foi um talvez. Uma interrogação à parte, um mistério sem solução, sem nenhuma afirmação de dar certo.
Perguntaram-me o que carrego dento de mim. Minha vontade era responder amor, saudade boa, felicidade aos extremos. Mas fui sincera, disse que dentro de mim havia apenas uma oquidão, uma oquidão infinita de vazios.
Você é para mim como uma rede, onde eu posso cair com os olhos fechados, sem medo, como os trapezistas de circo.
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