Porque a Gaiola não é seu lugar
Abra a gaiola do pensamento, solte a imaginação e permita que a tua alma voe livre pelo céu da fantasia.
Engana-se quem pensa que pássaro na gaiola canta. O que você ouve nada mais é que um lamento pela ignorância do humano que o aprisionou dentro dela.
Não permita que o teu sorriso fique aprisionado na gaiola da tristeza. Dê-lhe asas, liberte-o para que voe e, como pássaro faça ninho no aconchego de outros risos.
Aquele que é capaz de aprisionar, uma pequena ave em uma gaiola, deveria receber a mesma pena, e louvar por isso.
Quando o pássaro canta na natureza, está louvando a Deus pelo dom de voar. Quando canta na gaiola, está rogando a Deus para perdoar seu carcereiro.
Quando o passarinho canta na gaiola, está pedindo a Deus para perdoar seu carcereiro que ainda não entendeu o valor da liberdade.
Abra a porta da gaiola e liberte os pássaros para que possam embelezar ainda mais a natureza e utilize a gaiola para aprisionar sua estupidez restabelecendo a harmonia.
Ouvi um pássaro cantando dentro de uma gaiola:
Há mais felicidade para esse que um homem livre que murmura.
PRESO NO PARAÍSO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O passarinho está livre na gaiola. Mas está preso... na gaiola. Está livre do gato e do gavião. Do sol... da chuva. Livre até de ser preso em outra gaiola. Livre da liberdade.
Tem alpiste, água e remédio. Tem um senhor... um senhor que lhe dá o alpiste, a água, o remédio e a garantia de que o gato, o gavião, a chuva e o sol não o pegarão... muito menos a liberdade o pegará.
E o passarinho canta. Canta para o seu dono e senhor, que além de prover suas necessidades, garantir o socorro e as libertações, ainda lhe dá o direito de olhar o mundo e sentir o ar, mesmo sem poder explorá-los... avançar os limites das permissões espremidas. Ele apenas olha, e sabe que deve agradecer por tudo, esse tudo-nada, para não ofender seu dono e senhor, que sempre sabe o que é bom.
Hoje, o passarinho entende que esse é seu livre arbítrio. Não é livre... nem é arbítrio. Mesmo assim é seu livre arbítrio, depois do medo que aprendeu a ter das consequências de não ter medo. De ser livre. Ter arbítrio. Correr os riscos de ser quem é por natureza ou pelo pecado original de haver nascido.
Essa é a sua casa. Seu mundo; seu habitat. Sua prisão no paraíso... longe do seu ninho. A gaiola é o templo... a igreja do passarinho.
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