Por onde Passei Rasto Deixei
Os hóspedes
Tristeza bateu em minha porta
Deixei-a entrar
Solidão pediu abrigo
Deixei meu coração ela habitar
Angustia sentiu-se rejeitada
Logo a chamei para conosco ficar.
Dias se passaram
Os hospedes trabalho algum deram
Mas sinto que meu intimo encontra-se reprimido
Com tanto sentimento habitando meu ser
Mas o que eu hei de fazer?
Contei a tristeza minhas lembranças
Dei meu silencio a solidão
Chorei minhas mágoas com a angústia
E elas nada fizeram para me ajudar.
Ficaram paradas, sem se manifestar.
Um dia ao ver o pôr-do-sol
A alegria em mim quis ficar
Mas a tristeza, a solidão e angustia com ciúme ficaram
E não a deixaram entrar.
Fiquei assustada porque não teria forças para lutar com meus hospedes,
Mas percebi que assim como os acolhi
Poderia os expulsar.
Deixei pequenas coisas de minha vida me dominar.
certo dia ao acordar com o canto dos pássaros
senti que meus hospedes foram embora
deixando em mim cicatrizes que sempre hei de lembrar.
Deixei meu nome escrito no céu pra você lembrar de mim.
Eu vou cuidar de você todo dia toda hora e a todo momento. Você jamais vai duvidar do meu sentimento.
O ano passou e eu deixei que as coisas ruins passassem com ele. Retirei as experiências e guardei num cantinho que irei visitar sempre que necessário para reaprender. Agradeço, todos os dias, por cada pessoa que apareceu na minha vida. Pelos abraços, apertos de mão. Pelas vivências e viagens. O ano que foi me dizendo que devo olhar mais para mim, sem esquecer o outro. O ano que me preparou tão bem para o novo ano.
Existem coisas que, talvez, eu deveria ter feito diferente. Palavras que deveriam ser ditas de outra forma.
Mas não me arrependo. Foi bom.
Foi essencial. Ano que vem eu também vou. De coração e braços abertos para toda a sorte que existe no mundo.
Foi numa dessas tardes de terça-feira que soltei a coleira do meu pensamento e deixei ele rever a saudade.
PARA SER SÓ TEU
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Já deixei de verdades pra sonhar contigo;
pra querer um momento, quem sabe uma vida,
ou não seja uma vida; um momento que valha
pelo tempo já findo e pelo que virá...
Que será que serei, ou que será de mim,
se no fim do sem fim que se tornou meu sonho,
descobrir que só foste um fantasma em meu sótão,
foste assombro causado por minha carência?
Por enquanto me deixo, não sei não fazê-lo,
sob o selo insitintivo da imensa paixão;
sem um chão que sustente as quimeras afoitas...
Já parei de parar nas estações do meio;
já não tenho mais freio e me atropelo em ti;
já deixei de mim mesmo para ser teu carma...
A verdade é que eu nunca enganei ninguém. Eu deixei as pessoas se enganarem. Elas nem se incomodavam em tentar descobrir o que e quem eu era. No lugar, elas inventavam um personagem de mim. Eu não discutiria com elas. Elas obviamente estavam amando alguém que não era eu.
Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir,
Não pretendo viver em vão
A Criança que Fui Chora na Estrada
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
Estou me sentindo um grande impostor porque deixei toda a minha vida para trás e ninguém sabe disso. É difícil sentar na minha cama e ler como eu sempre fiz.
Não vai embora, não agora que eu fiz o que você me pediu, deixei aquela pessoa fria, seca pra te dar todo amor que havia guardado, deixei você levar meu escudo, não consigo mais me fechar pra você, não consigo mais ser fria, então por favor, não vai agora, você é o único que viu o que demais bonito existe em mim, você é o único que me viu de verdade, você é o único que deixei entrar sem bater, sem nem ao menos pedir e agora está tudo do jeito que você queria, do jeito que você pediu, não deixe que isso seja jogado aos ventos, mas se realmente for, pelo menos devolve meu escudo, porque não quero ficar desprotegida de novo, não quero ficar em pedaços por amar tanto alguém como amo você
Não sou mais aquela menina, boba, ingênua... aprendi, mudei meu jeito. Deixei de tentar ser perfeita pra ser notável. E isso, sim, faz toda a diferença.
"Tantas oportunidades que deixei escapar.
Posso ter errado muitas vezes, mas errei tentando fazer certo."
Deixei a pressão, deixei a cobrança, deixei o carma, deixei a cara feia. Acordo e saio de casa mais cedo, não vivo mais a mando do relógio, não quero andar correndo, atrasada, pressionada. Não fico mais tentando equilibrar tudo e me sentindo culpada quando algo dá errado. Esse tempo já passou, hoje, conheço meus limites e só assumo aquilo que posso. Não tenho muitos apegos e tento construir minhas próprias verdades. Assisto menos Tv e leio mais livros e revistas. Não deixo mais que qualquer coisa tire a minha paz. Deixei de me preocupar com o que os outros acham, com a opinião que não me acrescenta. Resolvi dar uma chance pro mundo vai que ele fica mesmo doce... esse mesmo mundo que não é azul, tão pouco dark, ele que tem a cor que a gente pinta.
Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer. (Mário Quintana)
''Coração sem mestre, sonho sem lugar,
quem há que me empreste,
barco de embarcar?'' (Cecília Meireles)
Brota esta lagrima e cai.
Vêm de mim, mas não é minha.
Percebe-se que caminha, sem que se saiba aonde vai.
Parece angustia espremida de meu negro coração
pelos meus olhos fugida e quebrada em minha mão.
Mas é rio, mais profundo, sem nascimento e sem fim,
que, atravessando este mundo, passou por dentro de mim.
(Cecília Meireles)
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar
Pensa em mim que eu tô chegando agora
Não precisa mais chorar
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar..
Você não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que deixei o cabelo crescer, que livro estou lendo, com quem estou me envolvendo. Não sabe que ainda penso em nós dois de vez em quando e ainda me assusto com a maneira como você participa da minha vida. Você não sabe que passei no vestibular e, vez ou outra, ainda procuro saber de você (indiretamente, eu juro!). Não sabe que sua felicidade me faz feliz, mas me machuca muito. Você não sabe mais nada sobre mim e eu ainda te amo.
Eu não cresci, não pareço mais velha nem mais inteligente. Continuo acreditando que o amor é a solução e a justificativa para tudo. Meu cabelo continua tendo vida própria, meu sorriso ainda é inocente e minhas mãos permanecem suadas o tempo todo. Não me envolvi com pessoas fantásticas desde que você foi embora, não tomei coragem para terminar meu curso de inglês nem para começar o de francês. Não viajei o quanto queria, muito menos fiz tudo que eu dizia que ia fazer quando conseguisse passar para a faculdade. Eu continuo usando irregularmente os óculos, tendo enxaquecas constantes e insônias destruidoras. Não perdi a mania de descascar todo o esmalte das minhas unhas, de usar a minha mochila colorida que te assustava toda vez que me via, não deixei de comer um monte de besteiras, enquanto você é preocupado com a boa forma. Ainda tenho aquele velho hábito de só ir pra academia quando minhas calças apertam ou acordo mal humorada. Não deletei o blog que começou com a sua despedida, ainda chego antes quando marco com alguém, não consegui deixar de associar você com o shopping que frequentávamos todo domingo (quando vejo "Era do Gelo" então...). Não tomei coragem pra entrar na autoescola, ainda sou viciada em tecnologia, não largo meu celular nem por um segundo.
Eu continuo sendo louca por bis branco e aqueles filmes românticos que nós sempre sabemos o final, mas fingimos ser novidade. Não perdi a esperança de encontrar o amor da minha vida e ainda escondo de muita gente, o meu lado romântico. Ainda não sei cozinhar e reconheço seu cheiro no meio de um shopping lotado de gente passando rapidamente por mim. Você não sabe nada sobre mim e levou todo o meu melhor quando foi embora. Mas assim como você não sabe nada sobre mim, eu também não faço ideia de como você esteja. Não sei se ainda tem o mesmo cheiro de tomei-banho-para-sempre, se o seu sorriso ainda continua lindo e se a sua pontualidade ainda é seu ponto forte. Não faço ideia se continua sendo virginiano demais, lotado de manias e responsabilidades, fingindo ser o homem mais forte do mundo, enquanto morre de vontade de correr pro colo da mãe quando ninguém está olhando. Não sei se ainda pensa em mim quando escuta a nossa música ou come no Spoleto. Espero que não pense em ter filhos ou levar o seu novo amor a Paris. Eu não sei nada e sei tudo.
Abortei a missão. Deixei o barco afundar.
Nem me dei o trabalho de lançar a âncora. Deixei ele ir...
Não pense que não lutei... Lutei sim. Até mais do que devia. Fiz de tudo para o barco continuar ali. Perdi a conta de quantas vezes tentei evitar que isso acontecesse. Inúmeras tentativas! Mas o barco já tinha seu destino... Ele tinha que afundar mesmo. Por quê? Não sei ao certo. Mas é assim que tinha que ser.
Às vezes tenho a impressão de que fui junto com ele... Estou me afogando! A temperatura está muito baixa! Não consigo mais respirar! As águas me invadiram os pulmões! Mas não. Eu estou aqui, sequinha. Isso tudo não passa de um melodrama. Uma tentativa frustrada de atrair atenção. De ser ajudada, amparada. De ser tratada com um pouquinho de compaixão.
Mas a única coisa que realmente pode me ajudar agora é a aceitação de um fato: o barco permanece no fundo do mar. E eu estou aqui, em terra firme.
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