Por onde Passei Rasto Deixei
Das Águas de Flexal ao Brilho de Santarém
Nasci em Santarém, onde o rio é poesia,
Mas foi em Flexal que passei minha infância vadia.
Vilarejo pequeno, entre matas e marés,
Aprendi com a vida, firme sobre os pés.
Pesca e caça moldavam meu olhar,
E meus pais, com amor, me ensinaram a sonhar.
Aos oito anos, retorno a Santarém,
Berço de sonhos, onde o futuro nasceu.
Entre cadernos e panelas, me dediquei,
Na arte dos sabores, meu destino tracei.
Ciência e gastronomia, juntas em harmonia,
Formaram o Chef que hoje irradia.
Em Manaus, os rios são tão vastos e densos,
Como os sonhos que carrego, tão intensos.
Chef Coxinha, uma marca que tem valor,
Congelando histórias em cada sabor.
Das águas de Flexal ao palco da cidade,
Carrego em mim a força da simplicidade.
Pois sou Aden Brito, e posso dizer:
"Transformo minhas artes em sabores, pra viver."
Com os olhos fixos no lar onde vou morar.
Cristo é a Porta, segura e fiel,
o Cordeiro imolado, o Rei do Céu.
Por Ele atravesso os vales e dores,
até alcançar os eternos louvores.
“Sou músico nascido em solo simples, de onde poucos têm acesso, mas fui abençoado com muitas oportunidades. Na juventude, mergulhei na bateria — meu instrumento, minha alma — mas deixei para trás estudos que hoje vejo o quanto eram valiosos. Estou reencontrando a música de forma mais ampla: estudando claves, figuras, melodias. E percebo que entender a música por inteiro é se aproximar mais de Deus, da arte, de si mesmo. Nunca é tarde para recomeçar. Se você é jovem, estude agora. E se o tempo passou, abrace o hoje com coragem. Porque o verdadeiro músico não para de aprender — ele apenas muda de compasso.”
A ignorância não é apenas a ausência de luz, mas o solo fértil onde a alienação finca suas raízes e cresce, cega e obediente.
Você não precisa se moldar. Nem se esconder. Nem tentar caber em lugares onde o seu coração grita por liberdade. Porque sempre vai existir alguém... Alguém que vai enxergar a sua alma antes da sua aparência. Que vai sorrir só de ouvir a sua voz. Que vai achar seus detalhes os mais lindos do mundo. E vai te amar, não apesar de quem você é... mas exatamente por isso. Até lá, continue sendo você. Quem for de verdade, vai saber reconhecer.
Não encontro estrelas, encontro luzes.
Corro, mais para onde vou?
Estou rodeada de pessoas mas me sinto sozinha...
Amei e não fui amada, culpo o amor mas à culpa é minha!
Me pego nesta melancolia, agora, todos os dias.
Caminhar
.
Agora e antes,
Amanhã e depois,
como foi, e cada dia será...
Um só caminho
Onde eu possa te encontrar.
.
Se a vida é uma caminhada,
Seja ela longa
Onde eu possa te acompanhar...
.
O destino é o porto
Onde a vida nos levar,
Que nos deixe o tempo
Toda a vida caminhar.
.
Edney Valentim Araújo
Há tempos em que vivemos uma inversão de valores, onde uma massa corrompida determina os rumos do país rumo ao abismo.
Cicatrizes que sussurram
Estou em pé, mas não inteira, há frestas em mim onde a luz hesita, esquinas da alma onde o medo ainda mora, e a vergonha sussurra antigos nomes.
Carrego silêncios que pesam mais que gritos, feridas que não sangram, mas ardem baixinho.
Já quis fugir de mim,calar partes que doem só de existir.
Mas hoje aprendo a me sentar comigo,
a ouvir sem julgar, a tocar cada sombra com mãos de ternura, e chamar pelo nome o que antes eu escondia.
Porque há beleza também no imperfeito,
força no que um dia foi queda, e cura, talvez, em simplesmente não fugir mais.
escrever significa que existe um mundo inteiro de pensamentos dentro de nós , onde não há mais espaço pra ser guardado ...
Em busca do que sei. Digo, não sei mais quem sou... Sê venci! Me pergunto: Onde estará o prêmio tão vil? De valores sem sentido, inexprimível ao desejo de não ter vencido.
"Jesus disse para amarmos uns aos outros, mas vivemos num mundo, onde o distanciamento é ordem natural, saindo daquele ensinamento deixado por nosso Mestre"
Epiderme
Dentro de mim habita o verdadeiro terror,
Onde os monstros se escondem sob a pele,
Revelando a verdade que nos abate,
Não se iludam, aqueles que confiam em nós!
Não há cama que os oculte, pois não se escondem debaixo dela,
Mas por baixo dos lençóis e os seres, onde não há certezas,
Não creio em mim, com certeza, sou um monstro, não mártir, nem herói.
Mediocramente humano, foi minha vida, escravo do que nunca serei
A capacidade humana, essa sempre me aterrorizou mais que fantasmas.
Consagro a nós o desprezo, tudo isso seja o que for que sejas
Aqueles que confiam, não se enganem.
No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.
A beleza do imperfeito: onde o amor encontra espaço
Área cinzenta
Ninguém ama só pelas virtudes, nem desiste só pelos defeitos. O amor verdadeiro nasce no espaço entre os dois — um terreno cinzento onde beleza e falha coexistem, e onde o olhar acolhe o outro por inteiro, sem idealização nem negação.
Não é o amor das virtudes perfeitas que me atrai. Nem aquele que se dissolve diante dos defeitos.
O que eu busco — talvez sem saber como nomear — é essa terra estranha, imperfeita e honesta:
a área cinzenta.
Ali onde os olhos não brilham só pelo encanto, mas também pela coragem de enxergar o que dói.
Ali onde o outro não é um ideal a ser mantido, nem um erro a ser corrigido — mas um ser inteiro,feito de luz e sombra, que eu acolho com todo respeito e amor.
São Paulo, 5 de junho de 2025. 01:05 da manhã
Viemos ao mundo como uma folha em branco. Não sabemos de onde viemos e nem para onde vamos, mas sei que de onde viemos não voltaremos para lá da mesma forma, pois só conhecimento me proporcionará tamanha façanha.
No silêncio do umbral, onde as almas vagam em busca de luz, não há maldade, apenas espíritos em transformação. Que nossos corações compreendam que o umbral é apenas um caminho de cura, onde a compaixão e o amor são as chaves que guiam essas almas para a luz. Que possamos estender nossas mãos com ternura, vendo além das sombras, e reconhecendo a beleza da jornada de cada ser
