Por onde Passei Rasto Deixei
Onde quer que nos encontramos todos nós precisamos de algum grau de caridade conosco e para com o próximo. Não tenho vergonha de admitir que preciso de ajuda, que precisei de ajuda e que se for preciso e do meu alcance eu ajudo. Gratidão sempre e corrente do bem inquebrantáveis.
A bondade e a misericórdia devem entrar nos caminhos mais estreitos da nossa alma e por onde houver caminhos estreitos. Viver como gente de verdade não é para qualquer um, nos requer auto heroísmo e coragem.
No mundo onde povos
usam as dores
de outros e as próprias
para forjar poder
as custas de outros povos,
Opto em ser o vento
que anuncia a tempestade
que arrasta as areias
do deserto da consciência,
Porque sou a persistência
de passos nômades
que não temem escuridão.
Não declino da rebeldia
diária às àlgidas horas,
as noites de agonia
e aos dias agridoces;
Te ter em poesia
salva a verve em linhas,
Não abrirei a mão
da jura da espera infinita.
Na vida onde muitos
passam sob os limites
dos outros para mimar
o ego em noite de Lua Nova,
O Universo em viração
tem dado constante prova,
E só não tem visto quem
quer viver de pura ilusão.
Eu como aquela que provoca
porque da intocável rosa
eis-me espinho de titânio,
do violino a corda
e da música a melodia
que nem mesmo o tempo
será capaz da memória apagar.
Onde há poesia
sempre haverá
sonho e alegria,
Este poema não
é qualquer poema;
É um poema cheio
de fé na vida,
Com galope e rima.
É uma dedicatória
aos poetas da cidade:
Porque sempre
que houver poetas
haverá liberdade.
"Xinjiang Uyghur"
Onde o presente tem
reinventado o capítulo
mais cruel do passado,
Todo e qualquer cuidado
é sempre muito pouco,
e ter esperança também;
Campos de concentração
em Xinjiang os pérfidos
fingem que nunca veem.
Querem cordilheiras além
das plantações cordiais
de algodão e de lavanda
para o seu próprio bem.
As cercas elétricas gritam
devastação cultural e étnica,
demoliram os sinais de fé
e incineraram toda a poética.
Querem aquilo que não
se pode ao autoritarismo dar:
o silêncio como palanque
para a voz da História se calar.
Onde a Lua, Júpiter
e a graça da Aurora
dançam no Universo,
De minha mão própria
eu confesso que quero
na vida só o teu amor;
E sem temer pestes,
guerras ou temporais
sem possuir nada,
sem data e hora marcadas,
No meu canto quieto
é que eu te espero,
até tolerando o intolerável;
Porque nós sabemos
que é questão de tempo,
a História e o mundo nossos.
No Universo onde
se reúnem a Lua,
Júpiter e Saturno,
e Marte a galope:
o desejo não some.
Na vida há quem
se precipite em
querer fazer parte
da nossa história
e da nossa poesia.
Querer nada a mais
do que distância
de quem no peito
jamais fará estância,
nunca será demais.
Não aceito que
se metam naquilo
que me mantém
distraída enquanto
o destino não vem.
De nós não divido
nenhum verso
ou dedo de rima,
a tua grã espera
faz parte da minha.
Não permito que
se metam naquilo
que nos mantém
acesa a chama
e a calma ilesa.
No inevitável tempo
de amor você vem,
com tudo o aquilo
o coração contém
e a paixão mantém.
No alvorecer
deste mundo
por onde uns
se vão com
vida mesmo
sem se despedir,
Sou o silêncio
que ensina a viver.
Atitudes sempre
nos mostram que
novos caminhos
hão de existir
sob todas as luas,
fortalezas e ruas,
Sou a leitura
decidida a elucidar.
Das minudências
para quem as lê
com tranquilidade
cedo ou tarde,
todas elas surgem;
e jamais devem
ser ignoradas,
Sou a opção que
fez todas apreciadas.
Para não perder
o elã com a vida
por causa de quem
diz que buscar
o refinamento da alma,
e não vale sequer
uma vogal balbuciada.
Se não for para ser amada,
sigo sob a luz do ditado:
"melhor sozinha do que mal acompanhada".
O amor é caminhar
no seu deserto,
E se alegrar com
o seu florescimento
no próprio tempo.
Onde nasce o Sol,
giram os astros
e se ergue a Lua;
O martírio não
pesa a quem ama.
Estar longe e perto
assim é o amor,
E por ele se vive
a entrega por dentro
sem medir o limite.
Onde nada foi dito
ali não é para ficar,
Porque quem ama
reconhece onde é
de fato o seu lugar.
Da Rota da Seda
dele é o aroma,
A astúcia do amor
brinca de mistério
e escapa em silêncio.
Fica a reflexão para esta Era onde todos querem ter visibilidade e abrir mão do bom senso tem sido um imperativo:
Numa democracia todos os lados podem fazer as suas 'festas' e têm o dever de respeitar as 'festas' de todos.
Onde a intransigência
faz morada caótica,
Planto gerbera poética
para ajudar a foragir.
A Lua Cheia ao alcance
das mãos se permitiu,
antes das conjunções
e você me seduziu.
Doce que encantou
e os lábios atraiu,
Nenhum outro herói
na vida me atraiu.
Que Lua Cheia nos traga
o romance intenso
com resposta bem clara
ao alcance nosso.
Porque no remanso
da vida seja feito
o sereno do encanto
nos abraços do encontro.
Onde dois possam tudo,
e bem longe do que nada
acrescenta rirem juntos
das incoerências do mundo.
O artista deve ser o crítico onde sempre falta a atuação de uma oposição política útil que faça uso da crítica de forma construtiva para melhorar o país e pacificar as Nações em conflito.
A pergunta que
não quer calar:
onde está
o Hugo Marino?
Não era nem preciso
perguntar isso,
Pois já era para
ter sido respondido.
O tenente continua
largado nu
como um louco,
era tempo de ter
já parado de colocar
tanta gente em sufoco.
E assim vou contando
a história de
um povo sofrido,
de um General que
foi preso injustamente,
e que nem
sabe que eu existo.
Olha, meu bem,
só uma coisa te digo:
- Não se meta nunca
mais com o Esequibo!
A única guerra
entre a Colômbia
e a Venezuela
que deveria
ser permitida
é uma batalha
de joropo na fronteira
fazendo os cantores
vencerem um
ao outro na canseira.
Me perdoa, me desculpa
e sinto muito,
mas alguém tem que
ter a amorosa franqueza
de tocar onde há aspereza.
Militares têm sido
expulsos e degradados,
escrevo para rogar
por eles e por um
General que foi
injustamente aprisionado.
A conta só aumenta,
e falta pouco para
alcançar a uma centena,
falta consciência.
Nem o heróico Tenente
não deveria ter sido
expulso por não
querer portar um
calabouço mental,
e denunciado
as torturas no sótão.
Lágrimas do Arco Minero
correndo pelo Orinoco,
derretimento amazônico,
e excede a ganância
pela nossa América do Sul
não quero e resisto
abandonar a esperança.
Dizem que há deserções,
que não estão unidos
e que estão submersos
em inconformações:
são sinais de que estão
faltando calma,
diálogo para tocar na alma
e ansiedade para a indomável
madrugada da reconciliação.
O nosso amor
sempre será
amor por onde for,
seja nas matas
verdes turmalinas
ou nos oceanos
verdes turmalinas,
O quê nos importa
é fazer da vida uma
festa todos os dias.
