Ponto final
Tento por um ponto final sobre tudo isso que a entre nós, mas insisto colocar vírgula.
É um sinal de esperança por algo que jamais irá voltar, insisto mesmo sabendo que irei me machucar.
(Esperança é acreditar que alguma coisa muito desejada vai acontecer).
K.B
Conhecer você foi uma das coisas mais inesperadas da minha vida. Você é tão diferente de qualquer pessoa que eu já tenha conhecido, e até mesmo de mim. Foi tudo tão rápido, mesmo usando uma das cores que eu mais odeio, tendo a aparência do tipo de pessoa que eu mais desprezo eu senti a necessidade de falar com você, consegui isso da forma mais idiota possível. Não me orgulho nem um pouco. Quando a gente saiu pela primeira vez eu estava tão nervosa que não conseguia parar de rir, você com o seu jeito estupido e confuso de ser me fez gosta meio que instantaneamente. E depois não precisou passar muito tempo pra esse sentimento crescer. Porém a nossa “historia” teve que parar ali, a culpa foi minha eu sei. Por que como sempre fui muito estupida e acabei agindo por impulso. Usando a raiva pra tomar decisões. O tempo passou e meio que voltamos a ser como antes, amigos ou mais que isso, já nem sei. Você tem a capacidade de me deixar extremamente confusa. Eu amo você e odeio admitir isso, mas sabe, eu não suporto mais suas tentativas de manipular meus sentimentos. Sua mania de achar que eu não me importo com nada e que tanto faz quanto tanto fez o que se passa. Você não tem ideia das coisas que passam na minha cabeça, do que sinto. Dizer que vai ficar tudo bem e tentar tampar o sol com a peneira está me esgotando. Planos mirabolantes, vômitos de palavras ao ar já não me bastam. Não somos almas gêmeas, nunca fomos. Somos duas pessoas totalmente diferentes e que pelo visto não se completam em nada. No início até pensei que não iria suportar tomar essa decisão, mas sabe o que? Hoje eu vejo que a vida segue, e que é melhor assim. Porque se prender a um passado que não vai dar em nada no futuro? Tudo na vida precisa de um ponto final, o nosso é aqui, eu desisto! Não tenho mais porque pensar no que aconteceu ou deixou de acontecer, temos que seguir em frente. Viver de "maravilhosas" promessas não é aceitável. E afinal, depois de um tempo os dias voltam a ser bonitos e por mais que seja complicado apagar da memoria e do coração todo aquele sentimento de felicidade que um dia transbordou, não é impossível.
Tudo na vida tem um ponto final, mas é impressionante como nossa cabeça gira por entre as reticências.
Meus alunos, não me tenham como ameaça, este momento era o que eu chamava de meu futuro, meu ponto final, portanto é o seu presente. Pois também, não os tenho como ameaça, porque quando forem alguém na vida (se forem), eu já não serei mais nada ( se é que fui alguma coisa na vida).
É difícil acreditar que acabou,
aquilo que pra mim todo dia era novo.
É difícil acreditar que tudo que vivi, em ti nada ficou.
E que aquilo que transbordava, esvaziou.
Nenhuma reticência ou uma vírgula sequer. Em meio a tantas interrogações,
foi um seco ponto final e ponto, tudo acabou.
Tantos pontos em ti me fizeram exclamar,
E assim, fica ainda mais difícil eu acreditar,
Que um ponto final te fez tudo apagar.
Você foi e aqui deixou um vazio inundado em lágrimas, que até minha alma afogou.
Levou tudo que tinha em meu coração,
Sem ao menos deixar, uma leve esperança
de que levava consigo, uma pequena herança, a de um dia pensar em mim como uma boa lembrança.
É difícil acreditar que tanto amor acabou...
Como um grão de poeira.
Um ponto final
Não fomos feito para sermos vírgulas ou reticências, somos ponto final únicos e singulares e cada qual com sua essência.
Querem tanto colocar vírgulas em sua vida,mas esquecem-se de que você pode colocar um ponto final nessa história!
Antes de começarmos, vos digo que este texto é um trecho de um pequeno livro que estou escrevendo. Eu o escrevi a pouco tempo, e tudo que eu estava sentindo no momento, eu ocultei dentre estas palavras. Espero que possam entender, pois o que esse texto quer passar vai muito além das palavras.
[...]
Sabe...
Eu morri. Morri quando me entreguei, morri quando chorei, morri quando sofri, eu morri até quando ri. Morri, pois me aproveitei das minucias que fizeram questão de me oferecer. Como provas, carrego feridas em que apenas eu e os que me esfaquearam pode enxerga-las. Eu não sou louco, eu morri mesmo. No dia seguinte, me encontrei deitado em frente a uma porta em que jamais tinha visto; ela era diferente, pois na medida em que eu queria abrir, ela se afastava de mim. Linda era aquela porta.
E era assim todos os dias. Eu morria, e sem nenhuma razão, no crepúsculo eu acordava sempre em frente à mesma porta onde minhas tentativas de abri-la eram sempre falhas. Cansei! Que se dane essa porta.
Sabe...
Eu também tive a experiência de viver. Eu nunca gostei de viver, era agonizante. Minhas pálpebras sempre se beijam quando me lembro das circunstâncias em que esse tal de viver me fez passar.
Já está tarde, irei morrer. Dessa vez não haverá volta, não haverá um despertar e não haverá uma porta. Meu desejo final é saber o que essa porta ocultava de mim. Alguém descubra, por favor. Não se esqueça de levar consigo a chave; era isso o que me faltava, a chave.