Poetas Portugueses
Infeliz! Que arrogância,
Que imprudência, que fado ou que desdita
Te guia à negra estância
Aonde o tempo com a Morte habita?
Purificando co' um sorriso o dia,
Afáveis olhos para mim volvendo,
Me diz : «Não chores, ó mortal, não chores;»
Eis os sorrisos que, a Tristeza amarga
De vós banira com decreto horrendo
Ei-los de novo sobre vós, ó minhas
Pálidas faces!
Há uma depravação do intelecto não menos real do que a depravação do caráter, e é tão possível a uma estar associada às qualidades morais mais elevadas, como à outra coexistir com as capacidades intelectuais mais extraordinárias.
(Aforismos e afins)
A linguagem mais romântica da vida, incontida pelo tempo, cravada na suposta esperança de uma única cor.
A distância guarda os tempos, fique só; quando não me queira, por um instante; logo após... me tenha, para simplesmente preencher o vácuo dos ventos, depois não se detenha... pois se (quiser) venha.
Não canto pois pelo vanto, canto por encanto, e as nuvens superando nas belezas atmosféricas enCantando, ativando, regenerando, vou levando e o mal dissipando, pois quem canta...