Poetas Gauchos
Não existem barreiras para a poesia, ela está dentro e fora de nós, poetas, que a absorvemos sem parar, sedentos como num deserto.
Poetas sempre falam de amor, mas o amor não se deixa seduzir pelos poetas, pois se deixasse seria um sentimento mais eficiente no ato de contaminar.
Não é nos poetas que as pessoas buscam sentimentos, emoções, crenças e valores com os quais se identificam, é na poesia. O poeta é apenas um meio de se chegar até eles.
Não sou escritora, tão pouco sei rimar como os poetas, sei apenas expor meus pensamentos como o de pensadores, pensamentos construtivos e de boa índole. Sendo assim, não sou de escrever em folhas de papel enfeitadas de adesivos e coloridas, tenho preferência por folhas velhas, amassadas e com borrões... Afinal são os velhos costumes que nos mantém próximos do nosso verdadeiro "eu", e que a beleza dos adesivos não demonstra a verdadeira qualidade do nosso interior. A essência interna transcende a externa.
Uma verdadeira musa,
a arte inspirada dos poetas,
o desejo dos amantes,
a deusa da arte liberal,
a bebida forte que embriaga
a imaginação do desejo
de um coração que habitas
o mundo da lua...
Permanência
Não peçam aos poetas um caminho.
O poeta não sabe nada de geografia celestial.
Anda aos encontrões da realidade
sem acertar o tempo com o espaço.
Os relógios e as fronteiras não tem
tradução na sua língua.
Falta-lhe o amor da convenção em que nas outras
as palavras fingem de certezas.
O poeta lê apenas os sinais da terra.
Seus passos cobrem
apenas distâncias de amor e de presença.
Sabe apenas inúteis palavras de consolo
e mágoa pelo inútil.
Conhece apenas do tempo o já perdido;
do amor
a câmara escura sem revelações;
do espaço
o silêncio de um vôo pairando
em toda a parte.
Cego entre as veredas obscuras é ninguém
e nada sabe— morto redivivo.
Tudo é simples para quem
adia sempre o momento
de olhar de frente a ameaça
de quanto não tem resposta.
Tudo é nada para quem
descreu de si e do mundo
e de olhos cegos vai dizendo:
Não há o que não entendo.
Muitos podem se tornar poetas, ou achar que o são. Mas, nem todos nascem com a poesia no coração, com o peito pulsando em ritmo de carnaval e a alma na maior festa.
Elas (Mulheres) são as inspirações dos poetas, as melodias dos passarinhos, as flores dos jardins, em tempos de conflitos, elas são as nossas heroínas, em tempos melancólicos, elas são os nossos sorrisos, em tempo de fraqueza, são a nossa fortaleza, encurtando, digo eu, elas são a base de tudo, o primeiro e o último passo da vida de um homem.
PALAVRAS INQUIETAS
Há palavras inquietas
A bailar na minha mente
É o sangue dos Poetas
Minha terra, minha gente.
Bailam versos nos meus dedos
Tempestade que me acalma
O que sinto é meu segredo
Bailam rimas na minh'Alma.
Eu não sei o que me prende
Ao desejo de te amar
A minh'Alma não entende
Se há-de rir, se há-de chorar.
E como baila a solidão
Há palavras inquietas!
Porque bailam sem razão
Nas Almas dos Poetas?!
Poetas não são manipuladores, nem mesmo se dão bem com seus próprios sentimentos, vivem em um mundo onde tudo é exorbitante e épico, e quando se dá o fim de um amor. Eles têm as palavras, as quais serão o seu consolo, sua arte!
A vida que floresce em poesia,
perfumando a alma de todos,
os poetas traduzem em harmonia,
a cada dia um verso novo
O menos pra mim é sempre mais..
O simples pra mim é sempre o mais bonito
Não quero poetas e poesias, o teu melhor poema eu não preciso ler... Eu sinto!
O que tu tens por dentro! Essa é sua mais bela poesia.
