Poetas Franceses

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Sua bondade e sua caridade, sozinhas, lhe darão o direito de ser, no mundo, real?

O gênio não é mais do que a infância recuperada por vontade própria.

A posse é apenas circunstancial: hoje em minhas mãos, amanhã nas tuas, mais tarde ...Ninguém detém a aurora ou o poder. Os recursos passam, a vida transita.

Frequentemente, correr o risco é a opção mais interessante.

Mme. Magloire chamava o naturalmente de Vossa Alteza. Um dia, levantou-se da poltrona e foi à biblioteca procurar um livro que estava numa das prateleiras mais altas. Como o Bispo era de baixa estatura, não o alcançou. - Mme. Magloire - disse -, traga-me uma cadeira. Minha Alteza não chega àquela altura.

As Armadilhas do Passado - Estudemos as coisas que já não existem. É necessário conhecê-las, ainda que não seja senão para as evitar. As contrafações do passado tomam nomes falsos e gostam de chamar-se o futuro. Esta alma do outro mundo, o passado, é atreita a falsificar o seu passaporte. Precatemo-nos contra o laço, desconfiemos dela. O passado tem um rosto, que é a superstição, e uma máscara, que é a hipocrisia. Denunciemos-lhe o rosto e arranquemos-lhe a máscara.

Tudo o que era deixou de ser, tudo o que será não é ainda. Não busqueis fora daí o segredo dos nossos males.

⁠"Tanto no moral como no físico, sempre tive a sensação do abismo, não só do abismo do sono, mas do abismo da acção, do sonho, da lembrança, do desejo, do arrependimento, do remorso, do belo, do número. Cultivei a minha histeria com prazer e terror. Agora, continuo com a vertigem e hoje (...), sofri uma singular advertência : senti passar por cima de mim o vento da asa da imbecilidade"

Mil sonhos em mim fazem doces queimaduras.

Sabemos que o amor está por ser reinventado.

"O mais belo estratagema do Diabo é nos persuadir de que ele não existe."

A moral é a fraqueza do cérebro.

Contra a justiça
Armei-me

Homem, estrela, água, nuvem, todos obedecem a mesma lei da harmonia universal. Sem diferença entre um acontecimento e uma estação, entre a natureza e o destino, entre a realidade e a abstração, entre o transitório e o eterno. Diante do infinito, tudo é zero, na unidade da sombra. E nessa unidade está o bem.

Victor Hugo
Os Trabalhadores do Mar

CANÇÃO DO OUTONO

Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.

Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.

Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...

Paul Verlaine

Nota: Tradução: Alphonsus de Guimaraens

Engraçado como tudo no começo é puro e verdadeiro, são juras e promessas. Sem cobranças, tudo é perfeito.
Mas o tempo passa e novamente caímos na ilusão e esquecemos de viver o começo pra viver o momento. MOMENTO passa e hoje vejo que o começo também, só o que resta é o sentimento verdadeiro de que tudo nessa vida passa. E você tem que estar sempre preparado para o recomeço.

Os livros são amigos desapaixonados e fiéis.

Victor Hugo
HUGO, V., Os Miseráveis

Romance - Arthur Rimbaud (Versão do Livro "Angel", de Iago Silva")

Não somos sérios aos dezessete anos.
- Uma bela noite, cansado de cerveja e limonada,
Cafés barulhentos com suas lâmpadas brilhantes!
Andamos sob as tílias verdes da praça

As tílias cheiram bem nas boas noites de Junho!
Às vezes, o ar é tão fragrante que nós fechamos os olhos.
O vento carregado de sons – a cidade não é longe –
Tem o cheiro de vinhas e cerveja...

- Ali, você só é um pequeno trapo
Azul escuro, emoldurado por um galho,
Alfinetado por uma estrela malvada, que derrete
Em estremecimentos doces, pequena e muito branca...

Noite de Junho! Dezessete anos! – Nós somos dominados por tudo isso.
A seiva é champanhe que sobe à cabeça...
Nós falamos bastante e sentimos um beijo nos lábios
Tremendo ali, como um pequeno inseto...

Nosso coração selvagem vai Robinsonando pelos romances,
- Quando, na luz de uma lâmpada pálida da rua,
Uma menina passa, atraente e charmosa,
Sob a sombra da gola terrível de seu pai...

E à medida que ela te acha incrivelmente ingênuo,
Ao bater suas pequenas botas,
Vira abruptamente e de modo vívido...
- Então, cavatinas morrem em seus lábios...

Você está apaixonado. Ocupado até o mês de Agosto.
Você está apaixonado. – Seus sonetos a fazem rir.
Todos seus amigos somem, você é ridículo.
- Então, uma noite a garota que você venera condescende a lhe escrever...!

- Aquela noite... – você retorna aos cafés claros,
Você pede cerveja e limonada...
- Não somos sérios aos dezessete anos
E quando temos tílias verdes nas praças.

Desista de tudo menos de você.

Quando há duas criaturas a vida é possível. Havendo uma só, parece que nem se pode arrastá-la. Renuncia-se a ela.

Victor Hugo
HUGO, V., Os Trabalhadores do Mar