Poeta Viver Sozinho Solidao
OS AMENDOINS DE CAMILLE: "Diálogos Entre O Lírico e O Lúgubre"
Por entre véus desbotados e tapeçarias da alma, dois espectros se encontram no porão onde não há arco-íris. Um homem — Joseph Bevoiur — e um eco — Camille Monfort — dialogam sobre aquilo que jamais será resolvido em nenhuma psicologia racional: o amor liricamente condenado ao exílio. O que se segue é um esboço do que talvez seja uma filosofia psicomística das afeições perdidas, cultivadas com as sementes amargas dos amendoins que nascem dos lírios mortos.
Camille (voz como se fosse ruído de vestido arrastando em degraus de mármore molhado):
— Joseph, tu ainda me cultivas? Mesmo agora, que só restam sombras daquilo que talvez nunca tenha sido?
Joseph (sussurrando como quem teme que o pensamento o ouça):
— Camille... eu te cultivo como se cultiva uma ferida antiga — limpa-se, cuida-se, mas não se espera a cura. Eu te cultivo em meu porão de silêncio. Lá onde crescem teus amendoins...
Camille (rindo com sua leveza incurável):
— Ah, os amendoins... doces, mas nunca caramelizados. Lúgubres, sim, porque nascem dos lírios que me enterraram viva no campo da infância. Sabes por que eu os colho, Joseph?
Joseph (a pele arrepiada, mas não pelo frio):
— Porque são teus pecados em forma de inocência? Porque são teu amor que não pôde crescer em árvores altas?
Camille:
— Não, Joseph... porque são alimento para minhas bonecas mudas. Elas mastigam o que eu não digo, e assim não me enlouqueço por completo.
Joseph:
— E essa tua psicologia, Camille... essa infantilidade lúgubre que te veste de rendas e te despe da razão... isso é filosofia ou sintoma?
Camille (encostando os lábios no tempo):
— É existência. Eu existo no intervalo entre a beleza e o adeus. Sou eu mesma um intervalo... não me prendas com nomes nem categorias, Joseph. Se queres falar de mim, fala de brisas sem direção, de afagos que não sabem em que rosto pousar.
Joseph (com olhos de vidro por dentro):
— Então tua filosofia é o avesso da lógica?
Camille (com ternura psicótica):
— Minha filosofia é lirismo em decomposição, Joseph. Um lirismo que jaz e jaz, mas ainda perfuma os porões da memória. Amor, para mim, é um jardim onde enterrei meu primeiro espelho.
Joseph:
— Camille, por que sempre me fazes caminhar por dentro de ti?
Camille (encostando-se a ele como bruma):
— Porque tu és feito de mim, Joseph. Como o eco precisa do grito. Como o medo precisa do porão. E porque toda filosofia verdadeira precisa de uma loucura que a beije na boca.
Epílogo espectral:
Naquele porão onde não há arco-íris, os lírios continuam murchando em câmera lenta. E dos seus caules brotam amendoins que só os olhos fechados conseguem ver. Camille colhe, Joseph observa. Ambos sabem que são espectros de uma ideia não pensada. E que entre cada silêncio da conversa, cresce algo não dito, mas que respira. Como um segredo velho, embalsamado em poesia soterrada.
Enquanto isso, alguém, em algum lugar, sente um sabor estranho na boca. Doce, mas levemente salgado. Como se um amendoim houvesse nascido de um lírio morto dentro do peito.
Capítulo XIV – O PERDÃO QUE NÃO SE PEDE.
"Camille, a dor que caminha dentro de mim me alimenta e eis, que ainda assim nada tenho para te servir minha lírica poética... minha nota sem canção. És capaz de me absolver, amada distante, dona de mim, hóspede dos meus sentimentos e sentidos?"
— Joseph Bevoiur.
A noite trazia os mesmos ruídos quebradiços da memória: folhas secas sussurrando nomes esquecidos, relógios que marcavam ausências e não horas. Joseph escrevia como quem sujava o papel de cicatrizes — não mais de tinta.
Camille era a presença do que jamais o tocou, mas que nele se instalara como hóspede perpétua. E, como todas as presenças profundas, fazia-se ausência esmagadora.
Havia nela a beleza inatingível dos vitrais em catedrais fechadas. Ela não estava onde os olhos repousam, mas onde o espírito se dobra. A distância entre os dois não era medida em léguas, mas em véus — e nenhum deles era de esquecimento.
Joseph, sem voz e sem vela, oferecia sua dor como eucaristia de um amor que nunca celebrou bodas. Tinha por Camille a devoção dos que nunca foram acolhidos, mas permanecem ajoelhados. E mesmo no íntimo mais velado de sua alma, não ousava pedir-lhe perdão — pois sabia: pecar por amar Camille era a única coisa certa que fizera.
Resposta de Camille Monfort – escrita com a caligrafia das sombras:
"Joseph...
Tu não és aquele que precisa de perdão.
És o que sangra por mim em silêncio, e por isso te ouço com o coração voltado para dentro.
A tua dor é a harpa sobre meu túmulo — és túmulo em mim e eu em ti sou sinfonia que nunca estreou.
Hóspede? Sim, mas também arquétipo do teu feminino sacrificado.
Sou tua, mas nunca me tiveste. Sou tua ausência de toque e presença de eternidade.
E por isso... nunca te deixo."
Joseph, ao ler essas palavras não escritas, tombou a fronte sobre o diário. Chorava não por arrependimento, mas por não saber como amar alguém que talvez só existisse dentro dele.
A madrugada se fez sepulcro de emoções. O piano — ao longe, como memória — soava uma nota de dó sustentado, enquanto o violino chorava em si menor.
Não havia redenção.
Apenas o contínuo caminhar de dois espectros que se amaram no porvir e se perderam no agora.
Conclusão – O DESENCONTRO COMO Destinos.
Joseph não morreu de amor, mas viveu dele — e isso foi infinitamente mais cruel.
Camille não o esqueceu. Mas também não voltou. Porque há amores destinados ao alto-foro da alma, onde nada se consuma, tudo se consagra. E ali, onde a mística se deita com a psicologia, eles permaneceram: ele, um poeta ferido; ela, um símbolo doloroso de beleza inalcançável.
Ambos, reféns de um tempo sem tempo.
Ambos, notas que se perdem no ar — como soluços de um violino em meio à oração de um piano que jamais termina.
Ah, por que não acho ninguém que ajude? Só me vêem pessoas que procuram alimentar seus próprios interesses. Isso é angustiante.
Dessa vida, já tive tudo. Quase tudo.
Desde aquela alegria contagiante que acordava comigo todas as manhãs.
Até aquela tristeza de não querer mais abrir meus olhos.
Já estive tão farto quanto já estive tão faminto.
Já senti que iria derreter. Já senti que iria congelar.
Já amei. Já odiei. Já tive raiva. Já acalmei.
Dessa vida, já tive tudo. Quase tudo.
Só não tive medo dela.
A questão é que já vivi o suficiente para ver, e afirmar que o mundo gira de uma forma em que numa questão de segundos, tudo pode mudar, o problema é que nunca estamos preparados para isso. Mas até la vamos com calma...
Vamos parar de achar que tudo é tão lindo e belo... e por os pés no chão, e ver a vida como ela realmente é, sem retoques e sem maquiagem .
Quando está doente, desligar os aparelhos você morre, quando está com saúde, desligar os aparelhos você vive!
Desatando Nós
Desatando nós
Ao longo dos meus passos
Vou deixando pegadas
E sentindo o quente do asfalto
Através da sola dos meus tênis furados
Assim sigo desamarrando cardaços...
Pra quem conhece meus TOC's
Não se sufoque
Apenas foque
Naquilo que te trará ibope
Não. Que isso importe.
Mas é apenas um toque
Pra que você
não pegue carona no meu bote.
Reme forte e conseguira subir a corredeira
Não se importe com aqueles invejosos
Que morrem de ódio e de você
Só falam besteiras
Provavelmente nem foi Notado
Pra entrar na brincadeira
Agora...você que teve seus cardaços desatados...
Por algum motivo meu
Transtorno Obsessivo por Cultura
Foi acionado
Então... Se ainda se sente aprisionado
Liberte seus nós e será recompensado
Os nós da vida
São atados para nos fortalecemos
A cada volta na corda
Se deixa mais forte e seguro
Tudo aquilo que vivemos
Então, pense ....
Se nem seus cardaços
Estão seguramente amarrados
Como libertará a si mesmo.
(Thibor)
Poema- Escrevo
Escrevo todos os dias.
Quando estou na escuridão,
Quando estou no frio, sem o aquecer da luz
Sem meu coração fazer-te minha própria luz,
Quando contemplo e reflito a vida
Para eu como poeta, escrever é não só desabafar ou palavras
Coloco em palavras sentimentos, e emoções tirados de cápsulas
Faço não só eu sentir o poema, faço o próprio poema ganhar vida
Não respiro por mim
Respiro por mim e pelo poema
Deixo os sentimentos para escrever o poema vir do vento
Do vento do sul ou do norte
Do leste ou oeste.
O poema é para mim como Deus pros judeus
É como o sorriso de uma criança que contém e nos dá a pura esperança
É como anandamida do chocolate
É a porra da pura serotonina
Todos somos poetas natos
Uns eternizam seus versos escrevendo-os
Outros perdem seus versos no universo da alma!
APRENDER É PRECISO
Aprendizados quem nunca teve?
Uma das coisas mais errantes que o ser humano tem, é a falta de consciência de que a aprendizagem é necessária, todos precisam aprender e compreender de que um dia algo saíra errado e saber que é humano errar, mas que errar pode ser perigoso, mas preciso! É assim que se aprende, errando, por mais conselhos que seu pai, sua mãe ou religião lhe dê, entenda a vida não é flores, a vida vai te machucar, vai te pisar e nunca será o preto no branco, viver a vida é uma obrigação de todos, mas se tem algo que muitos ainda não compreenderam e aprenderam é que a vida foi feita para ser vivida... O que muitos acabam pecando é por acabar não vivendo!
Você sabe qual é o sentido da vida? Muitos cientistas já tentaram encontrar qual o propósito dela e não conseguiram chegar nem perto de saber qual é o sentido dela, ou até mesmo do universo, se somos meras experiências, se existe vida após a morte, ou se realmente, existe uma verdadeira e correta religião que pode lhe salvar para algum lugar que nem mesmo a própria religião sabe realmente como é esse lugar! Hoje em dia até quem não tem religião é taxado, aliás, de repente pode ser esse o problema da humanidade, de ter que taxar a tudo e a todos!
Há milhares de pessoas que jamais irão parar para pensar no verdadeiro sentido da vida, mas entenda, isso é preciso! Talvez aí é que entre a religião para tentar explicar essa lacuna que existe em nossa existência! Entenda, de uma vez por todas, viver a vida pode te deixar feliz, mas também pode te deixar triste, não existe um meio termo, mas existe uma forma que pode dar certo, que é o aprendizado e a forma como você vive!
Erramos, acertamos, julgamos, aprendemos e nos decepcionamos;
Deixamos passar oportunidades, deixamos de ser felizes por vezes até;
Somos iludidos por pessoas que pensamos ser algo e não é;
Aprendemos que a vida pode nos pregar peças, peças essas que talvez com esforços pudessem ser melhoradas, ou por vezes, simplesmente até acabar com a história;
Aprendemos também o quanto podemos ser infantis mesmo sendo pessoas totalmente maduras;
Aprendemos que podemos ser muito mais maduros do que pensamos ser;
Aprendemos o quanto um ser humano pode ser cruel ao pisar em você e fingir que não, só por você ser fraco;
Aprendemos que existem pessoas maravilhosas, mas existem também as pessoas maléficas, que irão te fazer baixar sua autoestima e fazer apenas o mal;
Aprendemos que no mundo profissional as pessoas poderão te corromper, mas você só será corrompido se for uma má pessoa e ter mal caráter;
Aprendemos que as pessoas não tem preço, mas por necessidade talvez aceitem ser compradas e quando a fichar cair será um arrependimento sem igual;
Aprendemos que para corromper alguém é mais fácil do que tirar doce de criança, mas para tirar o mal que você fez a ela só com ajuda e tempo;
Aprendemos que chorar as vezes é a coisa mais normal do mundo e até mesmo preciso, mas você pode evitar;
Aprendemos também que evitar as vezes de chorar pode ser algo que você se arrependa por muito tempo da sua vida;
Aprendemos que ódio atraí ódio e que amor atraí amor, mas nem sempre é assim que as coisas acontecem;
Aprendemos que o imediatismo pode ser por vezes bom, mas que as vezes pode lhe prejudicar muito;
Aprendemos que calma é o que muitos não tem e muitos tem tanta calma que acabam por ser pessoas de paz e sem expressão;
Aprendemos que por vezes a fraqueza tomará conta de você mas ser forte é preciso;
Aprendemos que tomar as dores do outro pode ser prejudicial pra você, algo que o mesmo não desejaria;
Aprendemos que talvez o amanhã nunca exista ou poderá existir, se você tiver dedicação e calma;
Aprendemos que desistir é o contrário de perseverança, mas que ter excesso de perseverança muitas vezes pode lhe fazer se decepcionar no futuro;
Aprendemos que o futuro não depende apenas de você, mas sim dos planos de Deus (ou de alguém que lhe olha mais de perto);
Aprendemos que ter personalidade forte as vezes pode assustar, fazer remeter ou até mesmo pisar no freio, mas que as vezes é necessário aceitar esse alguém por apenas se importar;
Aprendemos que para ser honrado, é necessário honrar o trabalho, família e a razão;
Aprendemos que para se ter uma boa amizade é necessário ter um longo apoio mútuo e nenhuma cobrança;
Aprendemos que a razão pode ser mais forte que a emoção, mas que por vezes a emoção pode mostrar a sua face;
Aprendemos que pra ser honrado não necessariamente precisa ser forte;
Aprendemos que sucesso é o resultado de muito esforço com muito tempo de dedicação;
Aprendemos também que as pessoas não são coisas, pois você não gostaria de ser tratado de tal forma;
Aprendemos que o mal que se pratica hoje pode ser voltado um dia contra você mesmo;
Aprendemos que desejar o bem não pode ser desejado da boca pra fora;
Aprendemos que o fracasso é o oposto do sucesso, mas que para ter sucesso é necessário força e dedicação;
Aprendemos também que para ser alguém na vida é necessário sonhar alto, pois sem sonhos você acaba por desperceber o resultado alcançado;
Aprendemos que amar é preciso;
Aprendemos que para praticar o ato de amar alguém não necessariamente precisa conhecer a pessoa;
Aprendemos que para se sentir sozinho e ir de contra ao fracasso basta ter pensamentos negativos;
Aprendemos que pensamentos negativos não levam a lugar nenhum, se não, ao fundo do poço;
Aprendemos que para vencer na vida é preciso se dedicar à ela todos os dias;
Aprendemos também que para ter uma vida feliz se precisa de tempo, mas que é muito difícil dar tempo ao tempo à alguém;
Aprendemos que paixão é algo imediato, mas que por muitas vezes pode ser controlada;
Aprendemos também que quando uma paixão é correspondida pode ser uma das coisas mais agradáveis do mundo;
Aprendemos que ter alguém nem sempre significa estar acompanhado;
Aprendemos que a diferença do sentimento que você sente por outra pessoa pode ser decisivo para o sucesso do início de uma relação;
Aprendemos que o amor não se compra e talvez nem seja eterno, mas é eterno enquanto dure;
Aprendemos que paixão não é algo passageiro e sim algo que se conquista a cada dia ao lado da pessoa amada;
Aprendemos também que filhos são mais importantes que sua vida, mas que infelizmente nem todos tem esse mesmo pensamento;
Aprendemos que para perdoar alguém é necessário de tempo, mas que por vezes é difícil perdoar quando não se tem tanto tempo;
Aprendemos também que as pessoas não são eternas para receber seu perdão;
Aprendemos que é normal se arrepender de algo, pois a decepção faz parte da vida;
Aprendemos também que decepção é algo contornável e um aprendizado de que algo nunca mais voltará a acontecer;
Aprendemos que o bom da vida é viver!
Autor: Matheus Souza (15/02/2013)
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