Poeta
A Cegueira
(Paulo Sales)
Vergonha de ser cego,
Por incapacidade a que ficou reduzido,
Pelo nutrir do ego.
Refocilando na vingança,
O homem deixou de prover o bem,
Para viver sem esperança.
Inércia de olhar,
Noite pávida da cegueira,
Ao deixarmos de ser filhos da luz,
Por andarmos nos caminhos das trevas,
Terra falsa, mas que seduz.
O universo continua irradiando,
Vida fecunda,
De beleza sem igual,
Basta despertar o coração.
Capela singela,
É só prestar atenção.
E do amor universal,
Que todos deserdamos,
Em ato de negação,
Dramática é a ingratidão.
Porém existe uma luz,
Uma aceitação maior,
A restaurar a visão,
Um sortimento de cores,
O amor,
Faça dele doação.
Paixão e pecado.
(Paulo Sales)
Insatisfeitos e voluntariosos,
Urge pelo afastamento do amor;
Banimento dos puros sentimentos,
Resignados pela desventura,
Mórbidos e preconceituosos.
Desilusões cruciantes,
Revoltas improfícuas,
Incrédulos e sem expressão,
Comodismo ou tradição.
Desejo! Pecado ou retidão?
O homem amotinado,
Contrário a existência,
Deve amar discricionariamente,
Com impulsos cego.
Abrasador cântico da Paixão.
Apenas um Menino
(Paulo Sales)
Vagando pelas ruas anda um menino.
De pé no chão, sem residência ou moradia,
Incapaz, impúbere,
Sonhos primitivos, distantes ou distraídos,
Hipnotizante, latente e penetrante.
Invisível para muita gente.
Desprezado e sem amor,
Compaixão ou fraternidade.
Com fome, frio e sede.
Pede pão, a quem só sabe dizer não.
Não ao social, não a cultura, não ao irmão.
Para saciar a sofreguidão,
A cola vem como ilusão,
O furto para suprir a penúria, à alimentação.
No enredo diário,
Cenário comum,
Sofrimento, que não chama atenção.
Morre, assim, o menino, nasce o ladrão.
A sociedade acorda,
Num simples olhar,
Que mancha a terra,
Retrata o choro,
Por ter se feito calar.
Desde tormento,
Concedido de bandeja pela corte,
Ao despertar, desconfiado,
De um estampido,
Ouve-se um tiro,
Morre o menino,
E o futuro da nação.
A maior explicação do tempo é a morte. Muitos falecem sem resposta de nada. Só adquire sabedoria quem busca o caminhar; esperar sempre é justificativa para o acaso. (Paulo Sales)
TRANSFORMAÇÃO
(PAULO SALES)
Folhas caídas, árvores despidas,
Como verso de bravura.
Desenraizar as inverdades que carrega consigo,
É preciso apontar.
Necessário que suas almas sejam enroupadas.
Fantasmas da desconstrução,
Consciências culpadas,
Fogos dos remorsos,
Faz necessário apagar.
Prepotentes, em lastimáveis ofícios,
Em assédio de espíritos assaltantes,
A exortar ao fracasso,
Prejuízo ao próximo,
Devaneio a si próprio.
Imensurável esforço,
Lutas árduas, incontáveis.
Obreiro sincero, humilde,
Estatuído de moral,
É o ensinamento do insigne mestre nazareno,
Para rechaçar o mal.
Vigiai,
A prece é o remédio,
A fé a cura.
Vida perfumada terás,
Risonha e eterna,
O amor persistirá,
Aspirando a própria natureza,
Ao som da fraternidade.
Solidão
Paulo Sales
Solidão.
Simples, sóbria e cálida.
De calma só a ilusão,
Inerte.
Generosidade do destino,
Inevitável enganar o coração,
Ou a tristeza em saudade,
Uma moldura em pedaços.
Sonhos meus,
Que não os conhecia,
Fortes são as cicatrizes.
Ao despir a memória.
Restaurar, pela última vez.
Se diluiria a dor, sem explicação.
Sopro único ou instinto.
Dividir o espaçoso lugar.
Repartir o silêncio,
A luz do luar,
Comungar de línguas infinitas,
Voltar a amar.
Ah, O Paraíso
Eu ainda não tive o privilégio de penetrar nessa dimensão, mas posso ter uma pequeníssima noção, quase imperdível de como seria o paraíso quando estou no silêncio de minha casa, no aconchego de meus pensamentos, afastado da floresta que uivar do lado de fora.
A realidade é sugestionada desde a infância, na família, na redes sociais, na mídias em geral, ao qual a nossa mente acata.
Um quadro vai ser a vida inteira apenas um simples quadro se você não submeter-lo a uma análise para descobrir a obra de arte que ali se esconde.
Rebele-se e descubra a obra de arte que é a sua vida.
A humildade é segura de si, independe de posição social, mostrando-se como o ser pleno que é, sem artificialidade sem competitividade, sem querer aparecer ou ser melhor.
Nas profundezas de nosso próprio ser encontram-se a maioria das respostas para as perguntas que fazemos todos
os dias para a vida. Aquele que se aventurar ao início dessa trajetória, deverá estar preparado para travar lutas diárias, mas que irão também te levar a conquistas significativas.
A vida pode ser comparada a uma balança onde há dois pesos, mas com medidas completamente diferentes.
O equilíbrio é essencial para que tudo ocorra em harmonia.
A falta de discernimento entre os dois opostos poderá levar a incompreensão entre ser um em detrimento do outro, o remédio benéfico que dosado inadequadamente se torna tóxico.
O medo de morrer nadando em águas rasas é porque desconhecemos o grande potencial que existe nas profundezas da nossa própria inteligência.
O APRISIONAMENTO DO HOMEM DENTRO DO PRÓPRIO HOMEM
O aprisionamento só cessa a partir do momento que você extrai os espinhos da maldade, poda os maus hábitos, cultiva os bons sentimentos para ir florescendo a vida por onde quer que passe, gerando frutos para que todos possam se contagiar com a nova pessoa que se tornaste e consequentemente produzidos outras sementes que irão geminar por outros lugares levando a todos a boa nova do renascimento dentro de suas próprias possibilidades de Ser.
Deus é perfeito e sempre vai nos colocar dentro de contextos para que possamos sempre alçar o objetivo de unir-nos a ele através da nossa mudança de postura em relação a vida e assim reajustamos o que ficou em débito em outra ocasião.
Nos perdemos de Deus devido a nossa falta de sensibilidade de perceber, de entender o que foi proposto para cada um de nós nessa escola vida.
ENSINAR E EDUCAR
Olhando sobre outro prisma, no que diz respeito a construção da personalidade humana, ENSINAR é conduzir o ser para que ele possa desenvolver em si as habilidades nele já existentes.
As diversas matérias, didaticamente falando, são meios de acionar as engrenagens dentro do ambiente cognitivo do próprio homem para que ele possa fruir dentro de suas próprias
capacidades.
Já a educação é um desafio, envolve o desenvolvimento dos mecanismo de compreensão, sensibilidade, percepção, empatia, resiliência, direitos e deveres para que tudo possa manter-se em equilíbrio em uma multidão de diversidades de seres humanos de pensamentos e comportamentos diferentes.
A DÁDIVA DA VIDA
Nada passa desapercebido, tudo é orquestrado milimetricamente pelo universo, com força magnética a favor de que tudo ocorra nas melhores circunstâncias, mesmo e apesar das escolhas, dos deslizes, dos equívocos, da dor e do sofrimento, tudo se ajusta para retomar o caminho de volta em direção ao que é bom e belo, que alimenta e enriquece a ALMA de júbilos.
Olhando nesse momento lá atrás, poxa! Não é que tudo deu certo, tudo ocorreu como deveria ser para que nós tivéssemos aqui nesse momento da vida.
A superação consiste em uma auto análise de todos os elementos que compõem o quadro de suas aflições, compostas de medos, desespero, angústias, perdas e solidão, para ir criando novos atalhos, fluindo pouco a pouco, livre no recomeço de um novo caminho.
É uma tarefa árdua, mas que todos precisam fazê-lo, construir em si um ambiente favorável para que os bons sentimentos possam fluir livremente de dentro de nós, emanando energias de amor e paz por onde quer que passe.
Mulher, sinônimo de amor
Teu brilho reflete por onde for
É aconchego em qualquer situação
Seu agir vem sempre do seu coração.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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