Poeta
A tendência é exasperar frente às adversidades, mas elas, quase sempre, nos empurram para o nosso melhoramento.
Seja como o sol de primavera, mostre todo seu esplendor, para que as flores do jardim da sua existência possam desabrochar em encantos como brotos de uma vida nova!
Saúde pública?
Em conta-gotas anda a saúde pública?
Em conta-gotas d’água...
Em conta-gotas de sangue...
Em conta-gotas de lágrimas.
A (Minha) Flor de Cactus
Sim, ela é linda...
Ela sabe disso...
Mas cuidado...
Muito cuidado...
Ela tem a beleza e o perigo...
Se esconde do mundo atrás de seus espinhos...
Mas não adianta...
Ela é linda... Mesmo bravinha...
Acho que só o poeta louco ousa se aproximar...
Poeta louco... Que se encanta pela sua beleza...
Ele... Nem se importa com os espinhos que parecem cabelinhos nas ventas...
Arisco... O poeta arrisca...
Arisca... Ela se retrai...
Corajoso... O poeta se aproxima...
Selvagem... A flor franze a testa e fica brava...
Mas o poeta não se importa... Se aproxima, sente o seu delicioso perfume e se afasta...
Esta é a dança do poeta e a flor selvagem...
Ele se encanta por ela...
E ela fica brava com ele...
E assim o tempo passa...
A flor fica cada dia mais bela...
E o poeta... Cada dia mais louco...
FIM DO ESPETÁCULO
Não me encantam as rosas obtidas pelo excesso das possibilidades e muito menos as palavras colhidas sem o resultado da vida ida.
Não abarrote os vazios sutis da minha alma com a possibilidade “do vir a ser” e não escriture promessas sem o compromisso das realizações.
Preciso do agora e, ele, não é dirimível frente aos tantos apelos desatendidos.
Eu quero e sei estar querendo o irrealizável neste contexto sem nexo que revela a falta de sintonia dos tempos que vagueiam sem nós.
Avante, mas sei que alguns pedaços ficam e outros seguirão feridos.
Inteiro, talvez, jamais, mas não posso ficar sem mim.
Anseio um canto sem os cantos tristes desta sonoridade abrupta de acenos que desencantam o meu canto de mundo.
Quero o irrisório, mas preciso disto mesmo sabendo que o amor pretendido seja, para muitos, coisa banal.
Não me alimento de coisas superficiais e não me visto com as máscaras fétidas da hipocrisia, talvez, por isso, o palco tenha sido desfeito e o espetáculo findara.
Quando se dirigir à alguém para desejar um bom dia!... tenha o cuidado de olhar para os seus olhos.
Esta demonstração faz a diferença e significa que você é especial neste mundo tão robotizado.
Sabe quando você quer uma coisa mas só acontence outra? Então: É na involuntariedade do amor que nos perdemos!
BOM DIA
Sidney Santos
Bom dia com poesia
Bom dia com amizade
Bom dia com alegria
Bom dia de claridade
Poesia que encanta
Claridade que reluz
Alegria que levanta
Amizade que o amor conduz
Poeta Dos Sonhos
Santos, 18 de fevereiro de 2013 as 13:00h
Incoerência?
Tem gente que prefere a constância
Mais que a consistência.
Pra mim,
As coisas não valem pelas minúcias,
Mas, sim,
Pelas suas essências.
Você nunca vai desistir dos teus sonhos, quando descobrir que aquele que sonhou com você um dia nunca desistiu.
Eu sou o poeta do Corpo
Eu sou o poeta do Corpo
e sou o poeta da alma,
as delícias do céu
estão em mim
e os horrores do inferno
estão em mim
- o primeiro eu enxerto
e amplio ao meu redor,
o segundo eu traduzo
em nova língua.
Eu sou o poeta da mulher
tanto quanto o do homem
e digo que tanta grandeza existe
no ser mulher
quanta no ser homem,
e digo que não há nada maior
do que uma mãe de homens.
Canto o cântico da expansão e orgulho:
já temos tido o bastante
em esquivanças e súplicas,
eu mostro que tamanho
nada mais é do que desenvolvimento.
você já passou os outros,
já chegou a Presidente?
É pouco: até aí hão de chegar
e irão ainda mais longe.
Eu sou aquele que vai com a noite
tenra e crescente,
e invoco a terra e o mar
que a noite leva pela metade.
Aperte mais, noite de peito nu!
Aperte mais, noite nutriz magnética!
Noite dos ventos do sul,
noite das poucas estrelas grandes!
Noite silenciosa que me acena
- alucinada noite nua de verão!
Sorria, ó terra cheia de volúpia,
de hálito frio!
Terra das árvores líquidas e dormentes!
Terra em que o sol se põe longe,
terra dos montes cobertos de névoa!
Terra do vítreo gotejar da lua cheia
apenas tinta de azul!
Terra do brilho e sombrio encontro
nas enchentes do rio!
Terra do cinza límpido das nuvens,
por meu gosto mais claras e brilhantes!
Terra que faz a curva bem distante,
rica terra de macieiras em flor!
Sorria: o seu amante vem chegando!
Pródiga, amor você tem dado a mim:
o que eu dou a você, por tanto, é amor
- indizível e apaixonado amor!
O POETA
Un souvenir heureux est peut-être sur terre
Plus vrai que le bonheur.
A. DE MUSSET
Era uma noite: — eu dormia...
E nos meus sonhos revia
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti...
Meu Deus! por que não morri?
Por que no sono acordei?
No meu leito adormecida,
Palpitante e abatida,
A amante de meu amor,
Os cabelos recendendo
Nas minhas faces correndo,
Como o luar numa flor!
Senti-lhe o colo cheiroso
Arquejando sequioso
E nos lábios, que entreabria
Lânguida respiração,
Um sonho do coração
Que suspirando morria!
Não era um sonho mentido:
Meu coração iludido
O sentiu e não sonhou...
E sentiu que se perdia
Numa dor que não sabia...
Nem ao menos a beijou!
Soluçou o peito ardente,
Sentiu que a alma demente
Lhe desmaiava a tremer,
Embriagou-se de enleio,
No sono daquele seio
Pensou que ele ia morrer!
Que divino pensamento,
Que vida num só momento
Dentro do peito sentiu...
Não sei!... Dorme no passado
Meu pobre sonho doirado...
Esperança que mentiu...
Sabem as noites do céu
E as luas brancas sem véu
Os prantos que derramei!
Contem do vale as florinhas
Esse amor das noite minhas!
Elas sim... que eu não direi!
E se eu tremendo, senhora,
Viesse pálido agora
Lembrar-vos o sonho meu,
Com a fronte descorada
E com a voz sufocada
Dizer-vos baixo: — Sou eu!
Sou eu! que não esqueci
A noite que não dormi,
Que não foi uma ilusão!
Sou eu que sinto morrer
A esperança de viver...
Que o sinto no coração!
Riríeis das esperanças,
Das minhas loucas lembranças,
Que me desmaiam assim?
Ou então, de noite, a medo
Choraríeis em segredo
Uma lágrima por mim!
Poeta não é gente, é bicho coisa
Que da jaula ou gaiola vadiou
E anda pelo mundo às cambalhotas,
Recordadas do circo do circo que inventou.
Estende no chão a capa que o destapa,
Faz do peito tambor, e rufa, salta,
É urso bailarino, mono sábio
Ave torta de bico e pernalta.
Ao fim toca a charanga do poema,
Caixa, fagote, notas arranhadas,
E porque bicho é bicho, lá fica,
A cantar às estrelas apagadas.
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